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quinta-feira, 2 de abril de 2020

Bélgica supera 1 mil mortes provocadas pelo coronavírus

Aumento desde segunda-feira foi provocado pelo atraso na contagem de óbitos em casas de repouso

Bélgica registrou mais de mil mortes por conta da Covid-19
Bélgica registrou mais de mil mortes por conta da Covid-19 
Mais de mil pessoas morreram em consequência do novo coronavírus na Bélgica, um balanço que dobrou em três dias neste país europeu de 11,4 milhões de habitantes, anunciaram nesta quinta-feira as autoridades de saúde.
A Bélgica registra 1.011 óbitos desde o início da pandemia, com 15.348 casos de contágio. O aumento desde segunda-feira foi provocado pelo atraso na contagem de mortes em casas de repouso, afirmaram as autoridades.
"No total, 93% dos falecimentos são de pessoas com mais de 65 anos", afirmou o médico Emmanuel André, um dos porta-vozes do ministério da Saúde, que também anunciou a ocupação de 54% dos 2.300 leitos de UTI no país.
A Bélgica prolongou na semana passada o confinamento até 19 de abril, mas a primeira-ministra do país, Sophie Wilmès, alertou que pode ampliar a medida até 3 de maio, de acordo com a evolução do cenário.

Como prevenir o contágio do novo coronavírus 

De acordo com recomendações do Ministério da Saúde, há pelo menos cinco medidas que ajudam na prevenção do contágio do novo coronavírus:
• lavar as mãos com água e sabão ou então usar álcool gel.
• cobrir o nariz e a boca ao espirrar ou tossir.
• evitar aglomerações se estiver doente.
• manter os ambientes bem ventilados.
• não compartilhar objetos pessoais.


AFP e Correio do Povo


VEJA TRAZ AS PRINCIPAIS INFORMAÇÕES SOBRE O IMPACTO DA PANDEMIA NO BRASIL E NO MUNDO

O ASSOPRA-E-MORDE DE BOLSONARO
Depois de pronunciamento em que adotou um tom ameno e pediu união entre autoridades para o combate ao coronavírus, Jair Bolsonaro voltou a atacar governadores e prefeitos nas redes sociais. O presidente publicou um vídeo que mostrava um suposto desabastecimento de alimentos em uma unidade da Ceasa, em Minas Gerais, para criticar o isolamento social, método recomendado para tentar frear a curva de contágio da Covid-19. O vídeo foi apagado após a unidade de abastecimento informar a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, que a informação era falsa. Mas o estrago estava feito. O governador de São Paulo, João Doria, comentou o caso em coletiva de imprensa e pediu "coerência" a Bolsonaro. Após mais um tumulto causado pelo presidente em meio à crise sanitária, resta saber qual será sua postura nos próximos dias.


'CORONAVOUCHER' E OUTROS AUXÍLIOS
Bolsonaro sancionou o auxílio de 600 reais a trabalhadores informais, apelidado pelos parlamentares de 'coronavoucher', com alguns vetos. Segundo o governo, a medida deverá beneficiar 54 milhões de pessoas e o custo aproximado será de 98 bilhões de reais. Os trechos vetados foram: ampliação do BPC, reavaliação dos critérios e restrição à conta bancária. Bolsonaro anunciou ainda outras três medidas provisórias : de subsídio a salários de trabalhadores que tiverem jornada de trabalho reduzida, financiamento de folha salarial a pequenas e médias empresas e liberação de recursos para os estados. O pacote emergencial deve liberar 200 bilhões de reais. Além disso, a Receita Federal atendeu a pedidos de alguns setores da sociedade e ampliou o prazo de entrega da declaração do Imposto de Renda de 2020 por 60 dias, até 30 de junho.


A PANDEMIA AVANÇA
País mais atingido pela Covid-19 até o momento, os Estados Unidos estimam, no cenário mais otimista, que vão morrer entre 100 mil e 250 mil americanos pela doença. No momento, mais de 216 mil pessoas estão com o novo coronavírus nos EUA e cerca de 5 mil morreram. Na Europa, a Espanha teve o seu pior dia desde o início da pandemia e ultrapassou 100 mil casos e 9 mil mortes. A nação com mais vítimas fatais segue sendo a Itália: aproximadamente 13 mil. No Brasil, os números oficiais mostram que 241 pessoas morreram e outras 6.836 foram diagnosticadas com a doença. A curva da Covid-19 segue em alta e a marca de 1 milhão de infectados no mundo deve ser ultrapassada nesta quinta-feira, 2.


DISPUTA GLOBAL
Com o aumento de casos da doença pelo mundo, a busca por equipamentos de proteção individual e outros suprimentos médicos aumentou e já causa preocupação. No Brasil, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, informou que diversas compras de produtos como máscaras e luvas não foram concluídas após os Estados Unidos adquirirem grandes quantidades da China, a principal produtora do material. O mesmo foi sentido na França. O presidente Emmanuel Macron pediu que a produção na França e na Europa aumentasse diante da falta de suprimentos vindos da China. Mandetta também ressaltou que países com maior poder aquisitivo conseguem finalizar a compra com propostas financeiramente mais atraentes. O ministro avalia ainda a reutilização de máscaras em centros de saúde e a recomendação de proteções caseiras enquanto o problema não é solucionado.


A ESPERANÇA DOS PEQUENOS
Em meio à crise do coronavírus, os estrangeiros retiraram mais de 45 bilhões de reais do mercado acionário brasileiro, de acordo com relatório da Ibovespa, principal indicador de desempenho das ações de empresas listadas na B3. Em março, a bolsa caiu quase 30%. O momento, porém, é visto como uma oportunidade para os pequenos investidores . Os individuais, do tipo pessoa física, estão sendo os responsáveis por manter o volume negociado no pregão. Ainda no mercado financeiro, a Bolsa de Valores de São Paulo fechou em queda de 2,81% na quarta-feira 1. Já o câmbio subiu 1,29% e atingiu 5,26 reais , novo recorde nominal, com a estimativa de mortos pela Covid-19 nos EUA. Após as medidas anunciadas pelo governo para combater o vírus, a expectativa é de que a bolsa se estabilize nesta quinta.






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