quinta-feira, 16 de abril de 2020

Apple apresenta iPhone mais econômico em lançamento discreto

Empresa reduziu o custo do aparelho ao deixar de fora funções como o reconhecimento facial

Modelo mais simples do iPhone SE custará 399 dólares, menos da metade do preço de seus aparelhos principais, e poderá ser encomendado a partir da próxima sexta-feira em mais de 40 mercados

A Apple apresentou nesta quarta-feira um novo iPhone, um modelo de entrada, em um lançamento discreto. O aparelho busca atender a consumidores que enfrentam um contexto econômico mais sombrio.
O modelo mais simples do iPhone SE custará 399 dólares, menos da metade do preço de seus aparelhos principais, e poderá ser encomendado a partir da próxima sexta-feira em mais de 40 mercados. O lançamento foi feito por meio de um comunicado, em vez dos grandes eventos tradicionais.
A tela do novo aparelho é menor, de 4,7 polegadas, porém maior que a da primeira geração do iPhone SE. Ainda assim, conta com gráficos de alta definição. A Apple reduziu o custo do aparelho ao deixar de fora funções como o reconhecimento facial. O iPhone SE inclui, em troca, leitor de digital e botão de início.
Embora o novo iPhone estivesse sendo desenvolvido há meses, seu lançamento acontece em meio à crise econômica produzida pela pandemia de coronavírus. "Este é exatamente o aparelho que uma grande porcentagem de pessoas irá querer. É difícil justificar um gasto de 1,2 mil dólares em um smartphone no cenário econômico atual, mas as pessoas ainda dependem muito de seus telefones, e muitos irão querer se atualizar", diz Bob O'Donnell, analista da Technalysis Research.
Segundo O'Donnell, o novo aparelho atende a quem busca um telefone menor, e se encaixa em países onde o consumidor não tem acesso a um iPhone por causa do preço elevado. Daniel Ives, analista da Wedbush, disse em nota a investidores que espera que a Apple venda de 20 a 25 milhões de iPhones SE até o fim do ano.
O lançamento acontece uma semana depois que a gigante sul-coreana Samsung apresentou novos aparelhos, entre eles um modelo desenvolvido para as novas redes 5G a um preço de menos de 500 dólares.
Um iPhone de entrada tem o potencial de atrair usuários mais interessados no rendimento da câmera, na tela e bateria, e menos atraídos por funções mais chamativas, que são tão valorizadas por outros usuários, mais inovadores, diz Carolina Milanesi, analista da Creative Strategies.
AFP e Correio do Povo



MANDETTA FALA A VEJA
"São sessenta dias nessa batalha. Isso cansa!" Assim Luiz Henrique Mandetta definiu a VEJA  o conturbado período em que coordenou a resposta do Ministério da Saúde à pandemia do coronavírus. O motivo do cansaço? "Você vai, conversa, parece que está tudo acertado e, em seguida, o camarada muda o discurso de novo. Já chega, né?" O camarada, claro, é Jair Bolsonaro. O presidente discorda da condução técnica do ainda titular da Saúde na crise – de apoio ao isolamento social e cautela em relação à cloroquina. Apesar do tom de despedida, Mandetta segue no cargo enquanto o Planalto busca um substituto. Alheia aos conflitos políticos, a Covid-19 continua avançando no Brasil.
 


SUBSTITUTO INDEFINIDO
Bolsonaro tem tido dificuldades para encontrar um nome de destaque que aceite ser o novo ministro da Saúde. Três opções, os médicos Claudio Lottenberg, Nise Yamaguchi e Ludhmila Abrahão Hajjar, já foram descartadas pelo governo. Outro nome cotado, o secretário João Gabbardo indicou na quarta-feira que sairá do ministério junto com Mandetta. Resta o deputado federal e ex-ministro da Cidadania Osmar Terra, que tem sido um militante ativo nas redes sociais contra a adoção do isolamento social. Aliado político do presidente, ele recebeu o importante apoio dos filhos do governante, mas é visto com desconfiança pela ala militar. E agora, Bolsonaro?


'ORÇAMENTO DE GUERRA'
Após longa negociação, o Senado aprovou a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do 'Orçamento de Guerra' em primeiro turno. O projeto, na prática, cria um caixa paralelo para organizar os recursos levantados de forma emergencial nas ações de mitigação dos efeitos da pandemia. O ponto principal da proposta envolve conceder poderes maiores ao Banco Central, dando a possibilidade de que a instituição compre títulos de empresas privadas para, indiretamente, financiar o Tesouro Nacional. Essa é mais uma tentativa dos parlamentares de organizar as finanças e os montantes para o combate à doença e a manutenção de empregos. Por se tratar de PEC, é necessária mais uma votação, marcada para sexta.


MESES DE INCERTEZA
O secretário estadual de Saúde de São Paulo, José Henrique Germann fez uma previsão preocupante. Segundo ele, com o atual grau de isolamento, o estado não terá mais leitos de UTI disponíveis já no mês de maio. As vagas que ainda serão entregues, como a dos hospitais de campanha em construção, devem lotar em julho. Região mais atingida pelo coronavírus, São Paulo tem 11.043 casos e 778 mortes. Até quarta-feira eram mais de 2.200 pacientes com Covid-19 internados, sendo 1.132 na terapia intensiva. No país, os números também sobem. Foram 204 novos óbitos e o recorde de 3.058 casos confirmados  na quarta-feira. O total no Brasil passou para 1.736 vítimas fatais e 29.320 infecções. 


O PLANO ALEMÃO
Quarto país com mais casos de coronavírus no mundo, com 134.000 diagnósticos positivos e 3.800 mortes, a Alemanha planeja flexibilizar as medidas de bloqueio . Com 10.000 leitos de UTI ainda disponíveis, o país deve reabrir lojas na próxima semana e as aulas devem voltar gradativamente a partir de 4 de maio. Festivais e eventos públicos, como torneios esportivos, entretanto, seguem suspensos até o fim de agosto e o distanciamento social será mantido. Do outro lado do mundo, bons exemplos: a primeira-ministra Nova Zelândia, Jacinda Ardern, decidiu cortar em 20% o próprio salário  como forma de mostrar solidariedade aos cidadãos. O país, que adotou cedo a quarentena, tem 1.401 casos e nove mortes.






Nenhum comentário:

Postar um comentário