Steven Mnuchin defendeu o aumento do déficit como a chave para reativar a economia
AFP e Correio do Povo
O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, insistiu neste domingo que a economia do país vai se recuperar, desafiando os alertas de outro assessor da Casa Branca sobre o efeito a longo prazo do impacto sem precedentes da pandemia de coronavírus.
A avaliação otimista de Mnuchin ocorreu em meio aos números crescentes de desemprego e a previsões de uma profunda contração da atividade econômica neste ano.
Em entrevista ao "Fox News Sunday", Mnuchin defendeu o aumento do déficit como a chave para reativar a economia.
"Acho que quando começarmos a reabrir a economia em maio e junho, veremos como ela se recuperará em julho, agosto e setembro", disse.
O Congresso aprovou nesta semana um novo projeto de lei de ajuda econômica de 483 bilhões de dólares, que se soma ao enorme pacote de emergência de 2,2 trilhões aprovado em meados de março.
No entanto, o assessor econômico da Casa Blanca Kevin Hassett alertou no programa "This Week", da rede ABC, que o impacto da pandemia é tão sério que pode ter efeitos a longo prazo.
Cerca de 26 milhões de pessoas solicitaram auxílio-desemprego nos EUA até o momento. "Vamos observar um crescimento negativo do PIB no segundo trimestre que provavelmente ficará em torno de 15%, 20%", disse. "É o maior choque negativo que vemos desde a Segunda Guerra Mundial (...) A boa noticia é que temos essa ação bipartidária, essa construção de uma ponte para o outro lado, mas muitos outros problemas ainda surgirão", acrescentou.
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