terça-feira, 7 de abril de 2020

Alteração no calendário preocupa dirigentes em relação a contratos de jogadores

Importantes atletas de Grêmio e Inter têm os vínculos encerrando no final do ano e terão que ampliar, caso as competições se estendam até 2021

Diego Souza, do Grêmio, e D'Alessandro, do Inter, são dois jogadores que precisarão ampliar vínculo caso competições sejam concluídas em 2021

Não bastasse o rombo nas finanças por conta da pandemia do novo coronavírus, a dupla GreNal se encontra diante de vários outros desafios no futuro breve. Muitos deles envolvendo os grupos de jogadores. Um deles é que a paralisação das competições deve empurrar o calendário até o início de 2021. Porém, vários jogadores importantes da Dupla Gre-Nal, como D’Alessandro, no Inter, e Diego Souza, no Grêmio, têm contratos somente até 31 de dezembro deste ano.
O calendário do futebol brasileiro estará completamente defasado quando as competições tiverem o aval das autoridades sanitárias para serem retomadas. E com tantos jogos a disputar por Estaduais, Brasileirão, Copa do Brasil e Libertadores, a possibilidade de as partidas “invadirem” 2021 é analisada como uma das principais alternativas no momento. O fato de os jogadores estarem em férias neste momento, não precisando de um novo período de recesso em janeiro, reforça essa possibilidade.
Romildo Bolzan Júnior, presidente do Grêmio, é favorável à manutenção do calendário. Ou seja, sem mudanças de fórmula das competições. O dirigente também já declarou sua preferência pelo término do Gauchão dentro de campo. Uma reunião amanhã, entre CBF e os clubes, discutirá possíveis soluções para o calendário. “Se for necessário poderemos ir até janeiro de 2021”, destacou Bolzan Júnior.
Mas aí o problema dos contratos por vencer se impõe. O Tricolor tem seis jogadores nessa situação. Dois deles titulares no momento em que o futebol foi paralisado: o atacante Diego Souza e o lateral Caio Henrique. Os outros nomes são o lateral-direito Luis Orejuela, o goleiro Júlio César, o lateral Marcelo Oliveira e o meia Thiago Neves. A diretoria terá de negociar com esses atletas uma possível prorrogação dos contratos caso os campeonatos terminem apenas em 2021.
Na semana passada, a Fifa sugeriu que nesses casos os contratos possam ser renovados automaticamente. Porém, a informação ainda não chegou nos clubes.
No Inter, a situação é ainda mais complicada. A lista dos jogadores com contrato se encerrando no final de 2020 é grande e inclui várias peças importantes da engrenagem montada por Eduardo Coudet. A relação começa com o histórico D’Alessandro, que renovou o seu contrato no final do ano passado. Se as competições ingressarem em 2021, cumprindo a tendência, ele terá que prorrogar o vínculo.
Mas há outros mais: o titular Musto, que é o representante de Coudet dentro de campo, o recém-chegado Renzo Sarávia, o novo titular Thiago Galhardo e até o lesionado Rodrigo Dourado, que não joga desde junho do ano passado.
“Ainda não sabemos quando as competições serão retomadas. Quando tivermos uma data, vamos analisar o calendário”, resume o presidente do Inter, Marcelo Medeiros. Abreviar as competições é hipótese quase descartada porque teria como consequência a diminuição das cotas pagas pela TV.

Correio do Povo

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