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quinta-feira, 30 de abril de 2020

Adiamento dos Jogos custará "centenas de milhões de dólares" ao COI, diz Bach

Jogos de Tóquio devem ser disputados entre 23 de julho e 8 de agosto de 2021

COI dispõe de cerca de um bilhão de dólares em reservas para lidar com um eventual cancelamento

O adiamento em um ano dos Jogos Olímpicos de Tóquio, reagendados para 2021 devido ao coronavírus, representará para o Comitê Olímpicos Internacional (COI) gastos suplementares de "várias centenas de milhões de dólares", analisou nesta quarta-feira o presidente da entidade, o alemão Thomas Bach.
"Já sabemos que teremos que encarar várias centenas de milhões de dólares em gastos suplementários devido ao adiamento", revelou Bach em carta enviada ao movimento olímpico. "É por isso que é igualmente necessário examinar e revisar todos os serviços que fornecemos para estes Jogos adiados", continuou.
O COI "continuará assumindo sua parte da carga operacional e dos custos para estes Jogos adiados, de acordo com os termos do contrato existente para 2020, que concluímos com nossos parceiros e amigos japoneses", garantiu Bach. O COI, que dispõe de cerca de um bilhão de dólares em reservas para lidar com um eventual cancelamento dos Jogos, tomou em final de março a decisão histórica de adiar o evento, programado originalmente para começar em 24 de julho de 2020.
Os Jogos de Tóquio devem agora ser disputados entre 23 de julho e 8 de agosto de 2021. Se a pandemia do coronavírus não estiver controlada daqui a um ano, os Jogos não poderão ser adiados novamente e terão que ser cancelados, alertou na terça-feira o presidente do Comitê de organização (Cojo), Yoshiro Mori.
O grupo de trabalho que reúne o COI e as diferentes partes envolvidas na organização dos Jogos, incluindo o Cojo, estabeleceu "as prioridades e as estratégias de gestão para garantir a disputa e êxito destes Jogos Olímpicos adiados", afirmou Bach.
Estas prioridades englobam "primeiro a criação de um meio-ambiente seguro a nível sanitário para o conjunto dos participantes", completou, explicando que o COI continua se baseando "nos conselhos da Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre eventuais adaptações a realizar em relação a aglomerações em massa".
Num momento em que "ninguém sabe como será a realidade do mundo depois do coronavírus", Bach também anunciou que o COI, que emprega cerca de 600 pessoas, "está revisando o orçamento e as prioridades".
O mandatário do movimento olímpico pediu também uma "reflexão" sobre o que o distanciamento social pode significar "para nossas relações com os E-Sports", as competições virtuais.
Respeitando a "linha vermelha" quando se trata de valores olímpicos, Bach incentivou "a todas as partes de nosso âmbito a examinar como governar as competições virtuais e eletrônicas de seus esportes e estudar as possibilidades oferecidas com os desenvolvedores de jogos", completou.

AFP e Correio do Povo

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