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terça-feira, 31 de março de 2020

Prefeituras do Sul do Estado do Rio Grande do Sul decidem manter decretos de prevenção

Documentos sugerem o isolamento social no combate ao coronavírus, com o funcionamento apenas de serviços essenciais

Prefeitos também aguardam a chegada de EPIs que serão disponibilizados pelo Estado
Prefeitos também aguardam a chegada de EPIs que serão disponibilizados pelo Estado 

Prefeitos de 23 municípios da Zona Sul do Estado participaram nesta segunda-feira de reunião por videoconferência para tratar de assuntos relacionados ao enfrentamento do coronavírus na região. Por unanimidade, eles decidiram manter os decretos em vigor, que sugerem isolamento social para a população, com o funcionamento somente de serviços considerados essenciais.
Os prefeitos também aguardam a chegada de equipamentos de proteção individual que serão disponibilizados pelo Estado. Deve ser verificada ainda a possibilidade de apoio do Exército, caso haja necessidade da construção de um hospital de campanha em Pelotas. Conforme a assessoria da Associação dos Municípios da Zona Sul (Azonasul), em Pelotas, há cinco leitos reservados para atendimento a pacientes com coronavírus, mas há a expectativa por mais 20 para esse fim. Já Rio Grande conta com 55 leitos e o município busca a instalação de mais dez. Os prefeitos também devem fazer em breve a compra de testes rápidos para Covid-19 pelo Consórcio Público do Extremo Sul. Nova reunião de prefeitos está marcada para a próxima sexta-feira.
Antes do encontro, a prefeita de Pelotas, Paula Mascarenhas, falou em vídeo no Facebook sobre a manutenção do decreto municipal e criticou a atitude de pessoas que lotaram a praia do Laranjal e a avenida Dom Joaquim no domingo. “Queremos impedir o avanço do vírus na cidade. Não queremos o que ocorreu em países como Itália e Espanha, que pagam um preço alto. Estamos ouvindo a ciência e a forma mais eficaz é o isolamento social”, disse. Ela solicitou que os moradores voltem a ter a mesma atitude de isolamento da última semana. “Ainda não se tem um medicamento, por isso é necessário ficar em casa. Precisamos nos unir. Vamos fazer o que precisa ser feito para o mais cedo possível voltar a vida normal”, afirmou. 

Correio do Povo

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