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terça-feira, 31 de março de 2020

Justiça concede liberdade a José Maria Marin em função da Covid-19

Ex-presidente da CBF, de 87 anos, foi condenado a quatro anos de prisão em agosto de 2018 por sua participação em um esquema de corrupção

Marín está no grupo de risco do coronavírus
Marín está no grupo de risco do coronavírus 
O ex-presidente da CBF, José Maria Marin, ganhou a liberdade em meio à pandemia de coronavírus . O ex-dirigente brasileiro estava detido em uma prisão federal dos Estados Unidos, mas recebeu nesta segunda-feira uma sentença favorável, ou a liberdade da cadeia antes de cumprir o período total de sua pena.
Marin foi condenado a quatro anos de prisão em agosto de 2018 por sua participação em um esquema de corrupção, sem direito a receber subornos em acordos pela negociação de direitos de transmissão e marketing de torneios de futebol.
Pamela K. Chen anunciou sua decisão um dia depois de os advogados de Marin entrarem com uma ação de emergência, solicitando uma redução da sentença do ex-presidente da CBF, que completa 88 anos em 6 de maio.
Chen citou "sua idade avançada, saúde deteriorada, risco de graves consequências para a saúde devido ao atual estado de Covid-19, status de crime não violento e cumprimento de 80% de sua sentença original" entre os motivos de sua decisão.

R7 e Correio do Povo

 
VEJA TRAZ AS PRINCIPAIS INFORMAÇÕES SOBRE O IMPACTO DA PANDEMIA NO BRASIL E NO MUNDO

Jair Bolsonaro pressionado pela oposição e na contramão do Ministério da Saúde, brasileiros resgatados de Quito, Senado aprova auxílio de 600 reais a trabalhadores informais, cidade chinesa onde surgiu o novo coronavírus reabre o comércio e o aumento de casos e mortes no Brasil e no mundo. Esses são os cinco principais assuntos para você começar o seu dia bem-informado.

BOLSONARO SOB PRESSÃO
Em meio à crise causada pelo novo coronavírus, líderes da oposição como Fernando Haddad (PT), Ciro Gomes (PDT) e Guilherme Boulos (PSOL) pediram a renúncia de Bolsonaro em carta assinada ainda por um governador e ex-governadores. Os políticos alegam que o presidente "comete crimes, frauda informações, mente e incentiva o caos". Pressionado, Bolsonaro se defendeu na conversa com apoiadores e jornalistas na saída do Palácio da Alvorada, disse que "o problema não é do presidente", mas "de todos" e questionou: "Trocar o presidente resolve tudo?". Após o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta , voltar a defender o isolamento social, medida criticada por Bolsonaro, fica a expectativa de qual será a reação do presidente e se ele continuará tentando diminuir a quarentena recomendada por autoridades médicas do Brasil e do mundo. Para auxiliar o Ministério da Saúde, o ministro da Justiça, Sergio Moro, autorizou o uso da Força Nacional de Segurança no combate à pandemia até 28 de maio.
 


RESGATE DE BRASILEIROS
O Ministério das Relações Exteriores enviou um avião para resgatar 160 brasileiros que estavam no Equador, país que fechou suas fronteiras para combater o coronavírus. Entre os nacionais resgatados está uma equipe paralímpica de natação que treinava em Quito para disputar as qualificatórias da Paraolimpíada de Tóquio — adiada para 2021. A expectativa é de que avião pouse no Aeroporto Internacional de Guarulhos nesta terça.
 


FALTA A SANÇÃO
O projeto que prevê o pagamento de 600 reais para auxiliar trabalhadores informais durante a crise do coronavírus foi aprovado pelo Senado de forma unânime. Os pagamentos serão feitos pelo Banco do Brasil, Caixa e Correios, mas antes o texto precisa ser sancionado por Jair Bolsonaro. Pelas redes sociais, o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), que está afastado por causa da Covid-19, pediu pressa ao presidente, que ainda não se manifestou. Saiba aqui quem pode receber a ajuda.
 


VIDA PÓS-QUARENTENA
Os comércios foram reabertos em Wuhan, capital da província de Hubei, na China, onde o novo coronavírus surgiu, em dezembro de 2019. Poucas pessoas, porém, se arriscaram a sair de suas casas. Nas lojas os funcionários usavam máscaras e pediam uma "distância segura". As novas medidas foram adotadas dias após a volta do transporte público na cidade, que ficou totalmente isolada por dois meses. Apesar das diversas medidas restritivas, como medir a temperatura de clientes, limitação do número de pessoas, Wuhan mostra que há vida após o coronavírus e dá esperança para outras cidades do mundo que vivem atualmente o pico da pandemia.
 


COVID-19 NO MUNDO
Diferentemente da China, onde os casos se estabilizaram e o número de recuperados é maior do que o de infectados no momento, outras metrópoles sofrem com o aumento de diagnósticos e mortes. No Brasil, os óbitos subiram para 159 e os pacientes com a Covid-19 saltaram para 4.579. O ministro da Saúde alertou que os casos vão aumentar nos próximos dias, já que cerca de 10 milhões de testes chegarão e serão distribuídos pelo país.

Nos Estados Unidos, epicentro da pandemia, os casos já passam dos 164 mil, com pouco mais de 3,1 mil mortos. Para ajudar no combate ao vírus, a China enviou 80 toneladas de materiais médicos aos EUA. Diante do aumento de casos na capital Washington, prefeita e governadores da região decidiram impor uma quarentena . País mais atingido na Europa, a Itália ultrapassou a marca de 100 mil casos e contabiliza mais de 11,5 mil óbitos. Na Espanha, terceira nação mais atingida pela Covid-19, ao menos 87 mil pessoas foram infectadas e outras 7,7 mil morreram. Apesar das fortes medidas adotadas nos países mais afetados pela crise sanitária, os números seguem em alta e o futuro da curva da doença ainda é incerto.





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