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terça-feira, 31 de março de 2020

CONFLITO ÉTICO


Depois de assistir, no último final de semana, um vídeo no qual o competente psiquiatra Frederico Porto discorre, de forma muito didática, sobre o eterno conflito -ÉTICO- que existe entre UTILITARISMO e UNIVERSALISMO, entendi como oportuno ampliar o debate sobre este importante tema.
TOMADA DE DECISÕES
Antes de tudo faz-se necessário esclarecer que a maioria dos líderes são eleitos e/ou reconhecidos pelos seus liderados como pessoas dotadas de efetiva capacidade para tomar decisões. Como tal, nas decisões que precisam ser tomadas, tanto por chefes de países, estados, municípios, quanto por dirigentes de times de futebol, de empresas, etc., o velho dilema que envolve o UTILITARISMO e o UNIVERSALISMO estará presente.
UTILITARISMO
A visão UTILITARISTA, na qual me enquadro sem restrição de cunho -ético-, cuida de sacrificar uma minoria em benefício da preservação da maioria. Mais: não me acovardo, mesmo que a minha PELE ESTEJA EM JOGO (Skin in the Game).
Detalhe: nem sempre o que está em jogo é coisa de VIDA ou MORTE. Entretanto, na maioria das vezes, como é o caso desta inquestionável guerra, o UTILITARISTA se vê diante da necessidade de adotar uma estratégia que pode ser considerada -arriscada-, visando a obtenção de um melhor resultado para todos.
UNIVERSALISMO
Já a visão UNIVERSALISTA, por sua vez, é aquela que não admite tentativa de salvamento parcial. Os adeptos desta visão acreditam piamente que -NO FINAL TUDO ACABARÁ BEM-. Mesmo respeitando o ponto de vista dos UNIVERSALISTAS, até porque este debate é eterno, o fato é que há momentos considerados -cruciais- do tipo que exigem decisões bem calculadas baseadas no MAL MENOR.
PARADOXO
Como estamos diante de uma doença nova, cujo tratamento é desconhecido e a vacina está num horizonte longínquo, o ponto crucial do conflito que existe entre UTILITARISTAS e UNIVERSALISTAS está centrado no ISOLAMENTO TOTAL OU PARCIAL das pessoas.
UTILITARISTA CONSCIENTE
Pois, como UTILITARISTA CONSCIENTE, do tipo que observa com clareza quem realmente está colocado na linha de maior risco, entendo que o ISOLAMENTO deve ser reservado apenas para IDOSOS. Dotados de risco baixo, como já está comprovado, os jovens saudáveis devem seguir suas vidas tratando de produzir e/ou vender bens e serviços. Só assim teremos um número menor de pessoas sacrificadas pelo fechamento de empresas, que resultarão, queiram ou não, em enorme desemprego.

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