Sem dúvida a grande mudança havida na política brasileira com a posse do Presidente Jair Bolsonaro, em 1º de janeiro de 2019, foi a de destrinchar o “cadáver” da corrupção que corroía o Estado Brasileiro, desde 1985,mais fortemente na “Era PT/MDB”,de 2003 a 2018,onde se estima uma “roubalheira” no erário em montante superior ao PIB brasileiro, e que estaria em torno de 10 trilhões de reais.
E só para se ter uma ideia ,uma dimensão comparativa desse valor, a quantia que o governo estima economizar com a “reforma da previdência” ,recém aprovada, sacrificando as futuras gerações de aposentados, significa em torno de menos de 10% do que o PT/MDB ,e seus comparsas, roubaram do erário durante os seus governos.
Os dados meramente parciais que foram levantados até agora por diversas operações da Polícia e do Ministério Público Federais, destinados a identificar toda a roubalheira do “passado”, apresentam números estarrecedores, demonstrando uma corrupção em montante que não encontra paralelo no mundo.
Luiz Carlos Bresser Pereira,economista,cientista político e social, administrador de empresas, advogado, professor da Fundação Getúlio Vargas ,e Ministro no Governo FHC, conseguiu definir com rara maestria ,no livro “Desenvolvimento e Crise no Brasil”,o perfil do Servidor Público brasileiro que, segundo o autor, seria de caráter “parasitário”. E a palavra “parasita” fala por si mesma , dispensando qualquer explicação adicional.
Mas a grande admiração que eu sempre tive pelo ilustrado professor caiu por terra desde o momento em ele começou a “flertar” e andar de “mãozinhas dadas” com o pessoal do PT,Lula,”et caterva”,momento em que percebi com clareza que toda a sua “teoria” não correspondia à prática das “alianças” políticas espúrias pelas quais optou.
Mas o aprendizado que tive com o professor valeu. Aprendi que jamais o desenvolvimento econômico de um país, ou seja, o seu progresso, pode ser entregue ao comando de servidores públicos, ou políticos, o que dá no mesmo, porque essa seria a política do atraso de um país,a entrega dos seus destinos a “parasitas”.
Mas o que vemos hoje no Brasil é um país sendo governado ,regido por leis,e “julgado” nos tribunais exclusivamente por servidores públicos ,políticos com mandatos eletivos , e outros agentes políticos (juízes e tribunais),que além de não produzirem absolutamente nada na atividade econômica,”consomem” quase toda a riqueza produzida pela sociedade civil,em vista das suas milionárias remunerações e mordomias de toda espécie, mediante a atividade exclusiva dos trabalhadores e dos empresários ,que a tudo sustentam com os “salgados” impostos que têm que pagar.
Esse é o caráter não só “parasitário” a que se refere Bresser Pereira, porém,mais do que isso, o que me permito acrescentar,verdadeiramente “predatório” da sociedade civil, do país inteiro. Os produtores da atividade privada - trabalhadores e empresários- se tornam dessa maneira verdadeiros escravos dos “parasitas” acampados nos Três Poderes Constitucionais, que nada produzem ,e muito consomem, mais que todos os “outros”. Resumindo: uns só produzem ,e outros só consomem. Essa é a maldita roda-vida que leva o povo brasileiro de arrasto.
Finalizando,cumpre indagar: o que podem esperar os brasileiros da entrega dos seus destinos exclusivamente a servidores públicos, políticos e tribunais ? Não estariam os brasileiros “viciados” em políticos? Que mais sabem discursar e “enganar”?
Na verdade as melhores governanças que teve o Brasil até hoje foi na época em que,excepcionalente ,o país não foi dirigido por políticos, através de “eleições” . Foi de 1964 a 1985,no chamado “Regime Militar”. No aspecto de “honestidade”, por exemplo, não dá nem para comparar. Basta verificar que alguns dos últimos governantes do país encheram os seus “rabos” com tanto dinheiro sujo que chegaram a se tornar “bilionários”, até com fortunas “escondidas” em todos os cantos dos paraísos fiscais.
Mas para que não se gere interpretações equivocadas ,sobre o caso específico do Presidente Bolsonaro, esclareço considero-o muito mais político do que o militar que “foi” ,uma vez que abandonou a caserna, entrando para a política, como deputado federal, há cerca de 28 anos.
Mas enquanto alguns se tornaram bilionários “governando”,nos momentos em que abriram as ”sucessões” por morte dos 5 (cinco) ex-Presidentes do Regime Militar ,as “fortunas” deixadas por eles para os seus sucessores ,nos respectivos inventários, foram totalmente compatíveis com as suas modestas aposentadorias. Nenhum herdeiro ficou rico. Todos os generais morreram como viveram: modesta e honestamente. E essas “fortunas” deixadas de herança, SOMADAS,não chegam talvez nem a 1/50 do que um só ex-Presidente “civil” acumulou roubando.
Mas peço licença ao Presidente Bolsonaro para alertá-lo no sentido de ficar de “olho” aberto no perigo que se aproxima com a privatização em grande escala de empresas estatatais. Sua Excelência deve ficar muito atento ,porque nos Governos de FHC a roubalheira com as privatizações foi muito grande, não ficando muito para trás da roubalheira do PT/MDB, de 2003 a 2018. O “golpe”, que sempre dá margem à generosas propinas , reside na “subavaliação” dos bens a serem privatizados. Fica tudo “legalzinho”, dentro das aparências e da lei das licitações. E não pegaram ninguém pela roubalheira na “privataria” dos Governos de FHC. Foram muito mais espertos e “profissionais” que o pessoal do PT/MDB.
Sérgio Alves de Oliveira
Advogado e Sociólogo
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