Páginas

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

Ministério se reúne com associação e pode confiscar máscaras

Secretário alerta associação de fabricantes para resolver impasse de fornecedores que estão preferindo exportar a vender ao ministério


Ministério ameaça acionar a Justiça para garantir o fornecimento e até confiscar os produtos das fábricas | Foto: Nelson Almeida / AFP / CP


O secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo dos Reis, convocou uma reunião nesta sexta-feira (28), em Brasília, com representantes da Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos e Odontológicos (Abimo), para alertá-los e resolver o impasse com fabricantes de máscaras contra o coronavírus. O ministério ameaça acionar a Justiça para garantir o fornecimento e até confiscar os produtos das fábricas, caso os fornecedores se recusem a vender para o governo federal.
“Há produtores que se mostraram desinteressados em vender para o Ministério da Saúde. Preferem exportar. Vamos alertar a Abimo. Nós não vamos contemporizar. Vamos impedir a exportação e determinar a apreensão dos produtos na própria fábrica, se necessário", afirmou Gabbardo nesta quinta-feira (27), durante coletiva do ministério.

Licitação

Em janeiro, o Ministério da Saúde abriu uma licitação de R$ 140 milhões para a aquisição de equipamentos de proteção individual (EPIs), como máscaras, luvas, gorros, capotes, álcool e protetor facial.
Segundo Gabbardo, dos 21 itens de EPIs licitados, 16 estão em uma negociação "confortável". Mas as máscaras são o item que mais preocupa, porque os fornecedores desistiram de participar da licitação. A licitação prevê 24 milhões de máscaras cirúrgicas.
Fabricantes têm exportado a maior parte para países como a China, e muitos venderam a produção, ou seja, tudo aquilo que podem produzir nos próximos 60 dias. Algumas dessas empresas entraram na licitação, mas agora se mostraram desinteressadas em vender para o governo.
“Vamos agir com bastante rigor. Pode haver penalidades: são passíveis de [bloqueio] na participação em licitações públicas e multas. A Lei 13.979, aprovada pelo Congresso, nos permite isso", disse. "Esperamos que nessa reunião possamos avançar e não tenhamos que usar desses instrumentos para fazer aquisição."
O ministério afirma que não vai admitir que esses produtos fundamentais para proteção das equipes e das pessoas doentes faltem e possam prejudicá-las. "O Brasil precisa deste produto, se nós precisarmos disso e não houver disponibilidade para vendar para o Ministério da Saúde, vamos utilizar tudo que o ministério [tem nas mãos]. Estamos numa situação de emergência em saúde pública."

R7 e Correio do Povo


MERCADOS

 Sexta do medo confirma pior semana para bolsas desde 2008

 Índice Vix está em alta de 70%; no Brasil, Ibovespa voltou a patamar de julho de 2019 e caiu 13% desde o começo do ano

ECONOMIA

 Dados mostram se incerteza e desemprego foram abalados com coronavírus

 Divulgações do Índice da Incerteza da Economia, da FGV, e PNAD contínua, no IBGE, estão na agenda do dia. Dados podem ter sido afetados por crise global

MUNDO

 Joe Biden enfrenta votação decisiva nas primárias democratas

 Eleições primárias na Carolina do Sul, neste sábado, serão fundamentais para testar a candidatura do ex-vice de Barack Obama

VIDA E ARTE

 Quatro dicas culturais para o fim de semana

 Confira as dicas de EXAME VIP para aproveitar os momentos de folga no fim de semana

MUNDO

 Com Bolsonaro e sem Fernández, Lacalle Pou assume Uruguai domingo

 Desde a campanha Lacalle Pou e seus aliados defendem reformas em programas sociais e uma maior abertura à iniciativa privada para impulsionar o crescimento

VIDA E ARTE

 Anitta, a sensação deste Carnaval, desfilará em seu bloco no centro do Rio

 Show acontecerá neste sábado; em resposta a fã sobre seu figurino, cantora deu aula de marketing

BRASIL

 Curtas – uma seleção do mais importante no Brasil e no mundo

 Petroleiras podem perder US$ 40 bi; Fed: coronavírus pode levar a recessão; Maple Bear na Nasdaq?

REVISTA EXAME

 Um marco legal para as startups

 Caso a legislação das startups seja aprovada, investidores e empreendedores esperam salto de investimentos e até mesmo de qualidade das empresas brasileiras






Nenhum comentário:

Postar um comentário