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sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

Justiça condena mais três denunciados pela Lava Jato

Vaccari: sete anos de prisão
Vaccari: sete anos de prisão (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O juiz Luiz Antonio Bonat, da 13ª Vara Federal de Curitiba condenou, na quarta-feira, mais três réus denunciados pela operação Lava Jato do Ministério Público Federal no Paraná. A lista inclui o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, o ex-diretor da Petrobras, Renado Duque e o operador financeiro do estaleiro Jurong, Guilherme Esteve de Jesus, condenados pela prática de crimes de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Vaccari Neto foi condenado por crime de corrupção passiva decorrente dos contratos celebrados entre a Petrobras, Sete Brasil e Jurong. O juiz considerou que ele atuou como intermediador dos interesses do PT nos contratos celebrados com a Sete Brasil, sendo um dos principais responsáveis pelo acerto de divisão de propina nos contratos com a Jurong de um terço para agentes da Sete Brasil e da Petobras e dois terços para o partido, segundo o MPF. De acordo com a denúncia, as ações eram realizadas no contexto do esquema de corrupção da Petrobras e em troca dde apoio político para manutenção de João Ferraz no cargo de diretor presidente da Sete Brasil, quando haveria intenção da então presidente da Petrobras, Graça Foster de retirá-lo do cargo. A pena para Vaccari é de sete anos e seis meses de prisão no regime semiaberto.
Já Renato Duque foi condenado a seis anos, seis meses e dez dias de reclusão no regime semiaberto por supostamente receber propinas para favorecer o grupo Jurong na obtenção de contratos de sondas com a Petrobras. Duque também teve decretado o confisco de suas contas Satiras e Drenos mantidas no exterior.
Contas - Guilherme Esteves de Jesus foi condenado a 19 anos e 4 meses de reclusão no regime fechado por suposta atuação criminosa em prol do grupo Jurong ao pagar propinas a Renato Duque e executivos do alto escalão da Sete Brasil – empresa privada criada para exploração do pré-sal – para obtenção de contratos de afretamentos de sondas da Petrobras. Essa pena inclui a condenação de Esteves pelos crimes de corrupção ativa, organização criminosa e de lavagem de dinheiro, que seria realizada com o pagamento de propinas em contas no exterior em prol de Duque, Pedro Barusco, Eduardo Musa e João Ferraz, dirigentes da Sete Brasil no período.
O juiz ainda decretou o confisco sobre todos os valores já bloqueados das contas de Esteves no Brasil, cerca de R$ 592.000,00 e também de metade do valor do imóvel dado em fiança devido sua prisão em 2015. A sentença ainda prevê o confisco de US$ 2.909.386,64, nas contas em nome das empresas offshores. O juiz ainda condenou os três a reparação mínima solidária dos danos no total de US$ 10,3 milhões.
Bem Paraná

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