por MARTHA IMENES
Pesquisa dá dicas para usuários de internet não serem vítimas de notícias falsas. Aposentados do INSS recebem corrente via WhatsApp para fazer prova de vida
O tema é a proliferação de fake news via internet e WhatsApp. Os números são alarmantes: 62% dos brasileiros não sabem identificar ou não têm certeza se conseguem diferenciar se uma notícia na internet é falsa ou verdadeira. Esta é uma das conclusões do estudo Iceberg Digital feito pela Kaspersky, companhia de cibersegurança, em parceria com a empresa de pesquisa Corpa. E um dos alvos prediletos de cibercriminosos são os aposentados e pensionistas do INSS, que todo ano recebem mensagens com a mesma isca: fazer a prova de vida anual.
Uma corrente que circula por aplicativos de mensagem diz que aposentados e beneficiários do INSS precisam comprovar que estão vivos até o dia 28 de fevereiro para não terem o pagamento suspenso ou bloqueado. Segundo a mensagem falsa que circula pelo WhatsApp, teria havido uma mudança de regra no início do ano, que não foi informada pelos bancos nem pelo INSS.
O instituto informou que a corrente é falsa e que as regras não foram alteradas pelo governo. O aposentado ou pensionista só precisa ir pessoalmente ao banco onde recebe o pagamento - seja via conta-corrente, conta-poupança ou cartão magnético - e fazer a prova de vida uma vez por ano. Ou seja, a cada 12 meses, depois da última atualização de dados.
"Existem bancos que usam a data do aniversário da pessoa, assim como há os que convocam o beneficiário no mês anterior ao vencimento da fé de vida", explicou o INSS. Cabe ao banco informar ao segurado, seja no caixa eletrônico, por site ou carta, que chegou sua hora de fazer a prova de vida.
O processo é simples: basta apresentar um documento oficial com foto (identidade, carteira de motorista) no banco que recebe o pagamento. Há instituições que fazem o reconhecimento por meio de biometria em caixas eletrônicos.
Estudo alerta sobre riscos
O estudo Iceberg Digital visa alertar os usuários sobre os perigos de sites, aplicativos, links ou imagens que, à primeira vista, parecem inofensivos, mas escondem perigos grandes ou desconhecidos.
"Assim como os icebergs, nem tudo o que vemos na internet é o que parece ser. Nas profundezas do mar, é possível esconder uma enorme massa de gelo capaz de afundar um navio de uma só vez, se acreditarmos apenas no que se vê na superfície", diz Fabio Assolini, pesquisador sênior de segurança da Kaspersky no Brasil. E acrescenta: "Podemos utilizar este exemplo para explicar as fake news, e-mails com links maliciosos, ofertas fraudulentas via SMS e até mesmo imagens que compartilhamos com colegas de trabalho".
"Ações aparentemente inofensivas, podem gerar enormes danos pessoais e profissionais", acrescenta o especialista.
"Além de destruir reputações e gerar caos, as fake news também são usadas pelos cibercriminosos para atrair usuários desatentos para links maliciosos e, assim, roubar dados pessoais e dinheiro", alerta.
Como evitar propagação de notícias falsas
• Tenha cuidado ao buscar informações sobre notícias muito recentes e sempre verifique fontes oficiais de notícias.
• Anúncios em redes sociais que parecem ser bons demais para ser verdade, provavelmente não são. Não clique em links de fontes desconhecidas e com reputação desconhecida. Se você clicar nesses anúncios, não revele informações pessoais, financeiras ou confidenciais.
• Seja cauteloso e responsável ao compartilhar conteúdo duvidoso em redes sociais, aplicativos de mensagens instantâneas ou e-mails.
• Verifique se o seu computador está atualizado com as versões mais recentes dos softwares (navegadores, plug-ins, correções de segurança).
• Anúncios em redes sociais que parecem ser bons demais para ser verdade, provavelmente não são. Não clique em links de fontes desconhecidas e com reputação desconhecida. Se você clicar nesses anúncios, não revele informações pessoais, financeiras ou confidenciais.
• Seja cauteloso e responsável ao compartilhar conteúdo duvidoso em redes sociais, aplicativos de mensagens instantâneas ou e-mails.
• Verifique se o seu computador está atualizado com as versões mais recentes dos softwares (navegadores, plug-ins, correções de segurança).
Fonte: O Dia Online - 23/02/2020 e SOS Consumidor
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