Relatório divulgado pela OMS aponta que maioria dos pacientes desenvolve forma leve da doença Covid-19
AFP e Correio do Povo
O balanço da epidemia provocada pelo novo coronavírus, divulgado nesta quarta-feira (horário local) chegou a dois mil mortos na China continental, depois que as autoridades da província de Hubei (centro), epicentro da crise, anunciaram outros 132 óbitos. Em sua atualização diária, a comissão provincial de saúde também reportou 1.693 novos casos de contágio, o número mais baixo da semana. Com o novo balanço em Hubei, o número de infecções na China continental chegou a pelo menos 74 mil.
Fora da China continental foram registrados cerca de 900 casos de contágio e cinco mortos em trinta países. Citando um estudo realizado pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças da China, com uma amostra de 72 mil pessoas, o diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou na segunda que mais de 80% dos pacientes sofrem uma forma muito leve da doença. Segundo este estudo, até os 39 anos, a taxa de mortalidade do Covid-19 permanece muito baixa, de 0,2%, e aumenta gradualmente com a idade.
Autoridades chinesas e a OMS tentaram acalmar os ânimos. "Este é um surto muito sério e tem o potencial de crescer, mas precisamos colocá-lo em sua justa medida com o número de pessoas infectadas", disse Michael Ryan, encarregado do departamento de emergência médica da OMS. "Proporcionalmente, fora de Hubei esta epidemia está afetando muito pouca gente". O estudo, divulgado pelo Centro Chinês de Prevenção e Controle de Doenças mostra que o índice de mortalidade é de 2,3% e cai abaixo de 1% na faixa etária de 30 a 40 anos. Zhong Nanshan, proeminente especialista da Comissão Nacional de Saúde Chinesa, disse à imprensa que 85% dos pacientes podem melhorar "se contarem com bom suporte (médico), tratamento e permanecerem bem alimentados".
AFP e Correio do Povo
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