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quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

Brasil tem sistema de saúde forte para enfrentar novo coronavírus, diz OMS

Entidade avalia próximos passos do combate à doença junto com autoridades do país


Representantes da OMS citaram esforços para combater zika e febre amarela | Foto: Jack Guez / AFP / CP Memória

A Organização Mundial da Saúde (OMS) garantiu que o Brasil tem um sistema de saúde bem preparado para lidar com epidemias como a do coronavírus, cujo primeiro caso foi registrado em solo brasileiro na terça-feira passada. Em entrevista coletiva em Genebra, na Suíça, representantes da entidade citaram o trabalho do país no combate à febre amarela e à zika. A entidade revelou que está trabalhando com autoridades brasileiras para avaliar os próximos passos, como forma de evitar uma disseminação generalizada da doença.
Nesta quinta, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, alertou para a possibilidade de o avanço do coronavírus se tornar uma pandemia, mas ponderou que o surto ainda pode ser contido. "Estamos em um ponto decisivo", definiu durante entrevista coletiva.

Foco saiu da China

Segundo dados mais recentes da entidade, 78.630 casos da doença foram registrados na China, com 2.747 mortes. Mas, de acordo com Tedros, o principal foco de preocupação se deslocou para fora do país asiático. "Nos últimos dois dias, o número de novos casos de coronavírus no resto do mundo superou o número de novos casos na China", destacou.
Ainda de acordo com a OMS, além do gigante asiático, 44 países relataram 3.474 diagnósticos do vírus, com 54 mortes. "Minha mensagem para cada um desses países é a seguinte: esta é sua janela de oportunidade. Se agirem agressivamente agora, podem conter o coronavírus e salvar vidas", disse Tedros.
A Organização explicou que a maior parte dos países que já registraram a doença está em fase de importação do vírus, mas que há casos de redes de transmissões próprias. "As epidemias no Irã, na Itália e na Coreia do Sul demonstram o que o coronavírus é capaz", lembrou o diretor-geral.
O médico etíope citou a África como região que requer maior atenção, por ter sistemas de saúde mais frágeis, mas disse que todos os países do mundo têm comunidades vulneráveis. Para ele, o surto está em uma fase "delicada" e pode ir para qualquer lugar.


AFP e Correio do Povo




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