sexta-feira, 3 de janeiro de 2020

Prefeito de São Paulo sugere aliança com esquerda para reeleição

Bruno Covas criticou Bolsonaro e atribuiu ao governo federal aumento de moradores em situação de rua na Capital

Bruno Covas criticou Bolsonaro e atribuiu ao governo federal aumento de moradores em situação de rua na Capital

Bruno Covas criticou Bolsonaro e atribuiu ao governo federal aumento de moradores em situação de rua na Capital | Foto: Prefeitura de São Paulo / Divulgação / CP

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O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), disse que espera ter apoio até de partidos de esquerda para sua candidatura à reeleição. Em entrevista à rádio CBN, afirmou que deseja ter uma aliança com a maior quantidade possível de legendas. "Falei que ia discutir isso (reeleição) em 2020 e já é 2020", brincou o tucano na entrevista. A postura de Covas difere daquela adotada pelo seu antecessor na prefeitura, o governador João Doria (PSDB).

Nas duas últimas campanhas, o tucano se elegeu com discursos contra a esquerda e o PT. Covas está passando por tratamento contra um câncer que atinge seu sistema digestivo. A doença foi descoberta no fim de outubro e, desde então, o prefeito se submete a quimioterapia. O tucano afirmou que não se licenciará da Prefeitura para disputar as eleições: "Não vou me licenciar porque não tenho vice", afirmou. Covas admitiu até formar alianças com o ex-governador de São Paulo, Márcio França (PSB), candidato derrotado por Doria em 2018. "Se ele não for candidato, por que não procurar ele?", disse. Ele também afirmou considerar parcerias com partidos que considera estarem à esquerda, como Cidadania e Rede, além do PSB. O prefeito comentou ainda a possibilidade de chamar a deputada federal Joice Hasselmann (PSL) para integrar sua chapa como vice, conforme já sugerido por Doria. "Ainda não está em discussão. A primeira etapa é formar um arco de aliança. A segunda etapa é colocar um nome para vice", afirmou. "Não há imposição do Doria pois ainda não é o momento para discutir isso."

Durante a entrevista, Covas criticou o presidente Jair Bolsonaro. Ele lamentou que a reforma da Previdência não tenha sido usada para atrair mais investimentos estrangeiros. Para o prefeito, a crise econômica influenciou no aumento de moradores de rua na cidade. Segundo ele, houve alta de até 60% no número de pessoas em situação de rua desde 2016.


Agência Estado e Correio do Povo


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