Líder da oposição foi libertada há um mês, com base em novas evidências apresentadas pela promotoria
Keiko Fujimori foi libertada em 29 de novembro, depois de quase 13 meses em prisão preventiva | Foto: Cristobal Bouroncle / AFP / CP
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Um tribunal peruano iniciou, neste sábado (28), a primeira de três audiências para determinar se volta a ordenar prisão preventiva para a líder da oposição Keiko Fujimori, que foi libertada há um mês, com base em novas evidências apresentadas pela promotoria no escândalo Odebrecht. O juiz Víctor Zúñiga ordenou na quinta-feira que o caso de prisão preventiva de Fujimori solicitado pelo promotor José Domingo Pérez seja avaliado em três audiências: 28 de dezembro, 31 de dezembro e 2 de janeiro de 2020.
No início da audiência, Pérez justificou seu pedido de 36 meses de prisão preventiva, indicando que "existe o risco de vazamento e obstrução da justiça por Fujimori, após novas evidências surgidas nas últimas semanas". Ele explicou que Fujimori é acusada de receber dinheiro sujo da construtora Odebrecht e de outras fontes para financiar suas campanhas eleitorais de 2011 e 2016. Além disso, disse que "Keiko Fujimori fez parte de uma organização de mais de três pessoas para obter bens ilegais". "Ela é acusado de, na campanha de 2011, pedir 1 milhão de dólares à Odebrecht", afirmou.
À acusação de lavagem de dinheiro, Pérez acrescentou obstrução da justiça, associação ilegal, falsidade genérica, fraude processual e organização criminosa. O Ministério Público obteve recentemente no Brasil uma declaração de um ex-executivo da Odebrecht, Luiz Eduardo da Rocha Soares, que teria confirmado aos promotores peruanos a contribuição de US$ 1 milhão da empresa para a campanha da líder do partido Força Popular em 2011.
A primogênita do ex-presidente Alberto Fujimori (1990-2000) foi libertada em 29 de novembro, depois de quase 13 meses em prisão preventiva. O Tribunal Constitucional aceitou um habeas corpus a seu favor, que anulou sua prisão. A opositora havia sido enviada para a prisão em 31 de outubro de 2018 por supostamente interferir nas investigações.
AFP e Correio do Povo
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