Mercado Público de Porto Alegre estava lotado na manhã deste sábado
Quem comprava bacalhau, recebia algumas receitas, como de escondidinho, bolinho e grelhado, bem como dicas de dessalgada e preparo | Foto: Ricardo Giusti
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A carne suína disputava com o bacalhau a preferência dos consumidores que lotaram na manhã deste sábado o Mercado Público de Porto Alegre. Outros ingredientes para a ceia do Ano Novo também estavam sendo bem vendidos, como lentilha, farofa, fios de ovos, cerejas e abacaxis em compota ou in natura, além de gelatinas como sobremesa refrescante. Na Banca 38, o vendedor Daniel Souza, da Banca 38, constatou que “o pessoal está curtindo” o bacalhau, sobretudo os mais jovens. “É um prato sofisticado e diferenciado. Ele traz a ideia de riqueza e prosperidade. É um peixe que também vai para a frente”, lembrou. O desfiado é mais recomendado para os “iniciantes” enquanto as postas e peças inteiras são preferidas pelos “entendidos”. Quem comprava algum recebia algumas receitas, como de escondidinho, bolinho e grelhado, bem como dicas de dessalgada e preparo. “Cada quilo rende muito”, assegurou.
Já na Banca 43, o vendedor Cristiano Fontoura também percebeu um aumento nos últimos anos da tradição do bacalhau no Reveillon. Observando que é “um prato bonito” na mesa, ele acredita que a preferência cada vez mais seja devido ao “sabor e qualidade do produto”. Maria Cássia, 62 anos, foi uma das compradoras. “Sempre levo bacalhau. Sou filha de português. A gente não abre mão das nossas tradições. É uma coisa deliciosa. A gente come no Natal e repete no Ano Novo”, afirmou. “No Natal foi à moda portuguesa. Agora é torta de bacalhau”, revelou.
Na San Remo Carnes, os clientes tiravam fichas para serem atendidos. A carne suína foi a mais comercializada. Paulo Alcedir Mendes de Oliveira, 40 anos, comprou um lombinho e uma costelinha. “A tradição sempre é um porquinho com uma saladinha”, explicou. Para o almoço do dia 1º, porém, o churrasco vai levar vantagem. “Vai ser carne de gado. Fiz uma pesquisa de preço e já tenho local certo para comprar. Vai dar para garantir o churrasco”, declarou. Por sua vez, José Roberto de Paula Barros, 56 anos, levou cerca de cinco quilos de lombo e costela suína para a ceia de Ano Novo. “E mais um quilo de coraçãozinho”, acrescentou. Para o dia 1º, adiantou ele, o almoço “vai ser porco de novo” devido ao preço da carne de gado. “Está muito cara. Vai ser o churrasco do porco”, disse.
O movimento também está intenso nas redes de supermercados e nos açougues de bairros da Capital. Muitas pessoas fizeram as compras antes de viajarem para outras cidades. Outras preferiram antecipá-las, mas existem aqueles que vão aguardar a segunda ou terça-feira em busca de uma eventual queda nos preços.
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