sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

Advogado alega "foro íntimo" e deixa defesa de Queiroz

Paulo Klein recusou dar detalhes sobre sua saída, após ex-assessor de Flávio Bolsonaro ser alvo de buscas e apreensões

Flávio Bolsonaro entrou com pedido de habeas corpus para suspender investigação

Flávio Bolsonaro entrou com pedido de habeas corpus para suspender investigação | Foto: Facebook / Reprodução CP

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O advogado Paulo Klein, que representava Fabrício Queiroz, deixou o caso nesta quinta-feira, um dia depois do ex-assessor parlamentar ser alvo de buscas e apreensões no inquérito que apura suposto esquema de "rachadinhas" no gabinete do então deputado estadual e hoje senador Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Ele alegou "questões de foro íntimo" para abandonar a causa.

Ao jornal O Estado de S. Paulo, Klein repetiu o motivo da saída e não quis dar detalhes. O advogado assumiu a defesa da família Queiroz no dia 18 de dezembro do ano passado, 12 dias após a revelação da investigação. Mais cedo, Klein afirmou que o Ministério Público "distorce" os repasses de R$ 2 milhões registrados na conta de Queiroz.

Segundo a Promotoria, o ex-assessor teria recebido R$ 2.062.360,52 por meio de 483 depósitos feitos por assessores subordinados ou indicados por Flávio Bolsonaro.
"Se contextualizarmos os fatos, os referidos valores foram recebidos ao longo de 10 anos, repita-se, 10 anos, sendo que na sua quase totalidade fruto dos rendimentos da própria família que, como dito, centralizava seus pagamentos na conta do senhor Fabrício", diz a nota enviada pela manhã pelo advogado.

Queiroz foi um dos alvos de operação de busca e apreensão decretada pelo juiz Flávio Itabaiana de Oliveira Nicolau no inquérito. Segundo a Promotoria, Queiroz recebia parcelas do salário de servidores indicados pelo deputado por meio de depósitos bancários. Em seguida, realizava saques para repassar os valores.

A família Queiroz integra o grupo de 12 servidores que teria recebido cerca de R$ 6,1 milhões da Assembleia Legislativa do Rio e repassado ao menos R$ 1,8 milhões para a conta do ex-assessor de Flávio e sacado cerca de R$ 2,9 milhões em espécie para entrega em mãos, apontou o Ministério Público.


Estadão Conteúdo e Correio do Povo

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