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terça-feira, 31 de dezembro de 2019

Último dia do ano terá calor histórico no RS

Onda atinge o ápice nesta terça-feira, e máximas devem ultrapassar os 40°C em boa parte do Estado

Último dia do ano terá calor histórico no Estado

Último dia do ano terá calor histórico no Estado | Foto: Alina Souza / CP Memória

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A onda de calor que atinge o Rio Grande do Sul deve atingir seu ápice justamente nesta terça-feira, último dia de 2019. A expectativa é de previsão de máximas históricas no Estado. O calor extremo e a queda na pressão atmosférica poderão gerar temporais intensos, especialmente na metade Sul e no Oeste.

De acordo com a MetSul Meteorologia, também há risco de chuva e temporais nas demais localidades do Estado, mas de forma isolada e passageira. Assim, a metade Norte do Estado tem mais chance de tempo seco na virada.

Em Porto Alegre, sol aparece, mas há chance de chuva. Mínima deve ser de 23°C, e máxima chegará aos 40°C.

Mínimas e máximas no RS

Torres 22°C / 31°C
Erechim 23°C / 34°C
Alegrete 23°C / 39°C
Pelotas 23°C / 33°C
Santa Rosa 24°C / 34°C
Santa Maria 23°C / 39°C


MetSul Meteorologia e Correio do Povo

segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

Comércio e indústria estimam prejuízo bilionário com 11 feriados em 2020

Só na cidade do Rio de Janeiro, o varejo estima perdas de R$ 4,8 bilhões. Por outro lado, o turismo regional aumenta com as folgas durante o ano

Por Agência O Globo

Fábrica da Volvo, em Curitiba (PR)

Fábrica da Volvo em Curitiba: para as indústrias, os feriados têm impacto negativo (Marcelo Almeida/EXAME)

BRASÍLIA — O ano de 2020 terá mais feriados em dias de semana e também mais fins de semana prolongados do que 2019. O que é uma boa notícia para a maioria das pessoas preocupa a indústria e o comércio, de um lado, mas é comemorado pelos segmentos ligados ao turismo, de outro. O próximo ano terá 251 dias úteis, dois a menos que 2019, e o número de feriados em dias da semana será maior: serão 11 contra oito. Mais que isso, serão seis dias de folga que poderão ser emendados com sábado e domingo, contra dois em 2019.

Esse efeito calendário terá influência na atividade econômica. O brasileiro vai folgar mais e trabalhar menos no próximo ano. A retomada do crescimento mais forte da economia em 2020 é esperada pelo governo, analistas e bancos. Segundo o boletim Focus, do Banco Central, a economia brasileira poderá crescer 2,25% no ano que vem. O BC revisou a própria previsão de crescimento de 2020 de 1,8% para 2,2%. Com menos folgas, a expansão poderia ser maior.

Segundo o gerente de pesquisa industrial do IBGE, André Macedo, a maior ou a menor presença de dias úteis influencia a indústria.

— O maior número de feriados não atinge setores de produção contínua, como o siderúrgico e o de óleo e gás, mas afeta o de automóveis e o de eletrodomésticos.

Para ele, porém, o mais importante é se a economia estará ou não aquecida.

No varejo do Rio, o maior número de folgas representará prejuízo. O setor estima perdas de R$ 4,8 bilhões. Conforme o Centro de Estudos do Clube de Diretores Lojistas do município (CDL-Rio), cada dia parado representa perda média de R$ 405 milhões.

A entidade diz que terá mais de 20 dias de movimento prejudicado. Abril terá mais feriados: Paixão de Cristo (sexta-feira), Tiradentes (terça-feira) e São Jorge (quinta-feira), seguido de novembro com Finados (segunda-feira) e Consciência Negra (sexta-feira).

João Gomes, presidente da Fecomércio do Estado do Rio, afirma que feriados prolongados causam perda de até R$ 3 bilhões por dia no comércio de bens e serviços:

—Mais de 60% das lojas do estado estão em regiões não turísticas, e 80% se encontram em lojas de rua. Não contabilizamos estabelecimentos situados em shoppings.

O economista-chefe da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Flávio Castelo Branco, diz que há queda da produtividade: os trabalhadores folgam no feriado, mas recebem:

— Você produz menos, seu custo não cai e há impacto na contabilidade das empresas. O PIB (Produto Interno Bruto) pode não refletir as horas trabalhadas, mas registra o ritmo de produção e o faturamento.

Segundo o Ministério do Turismo, no ano passado, feriados prolongados resultaram em 13,9 milhões de viagens domésticas, injeção de R$ 28,84 bilhões na economia.

Os feriados de maio movimentaram R$ 9 bilhões e 4,5 milhões de viagens. Em 12 de outubro (Dia de Nossa Senhora Aparecida) foram 3,24 milhões de viagens, com impacto de R$ 6,7 bilhões nos destinos nacionais visitados.

— Para o turismo, qualquer feriado nacional é ótimo. Movimenta o turismo interno, que também está sendo ajudado pelo dólar alto — diz Alexandre Sampaio, presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação.

A Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav Nacional) calcula alta entre 8% e 14% no movimento em anos com muitos feriados. As pessoas tendem a fazer mais viagens ao longo do ano, mesmo que sejam curtas e para destinos próximos de casa. A demanda não fica concentrada nas grandes temporadas.


Exame

Como a alta informalidade no Brasil freia a produtividade das empresas

Informalidade no Brasil é o dobro dos países desenvolvidos - e isso está travando o crescimento e a competitividade das empresas que atuam dentro da lei

Por Carol Oliveira

Hot dog Brasil: Informalidade e desemprego no mercado de trabalho brasileiro. Outubro de 2016. Diego Herculano/NurPhoto via Getty Images)

Vendedor ambulante no Brasil: cerca de 40% dos trabalhadores estão informais (Diego Herculano/NurPhoto/Getty Images)

Em evento na semana passada, o secretário de política econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, afirmou que, embora em 2019 o país tenha melhorado economicamente, em sua visão, e feito um ajuste nas contas públicas, um dos principais desafios brasileiros segue em pé para 2020: melhorar a produtividade.

Entra ano e sai ano, a baixa produtividade é citada por uma série de empresários e governantes como um ponto a ser atacado. O Brasil está entre os países mais improdutivos do mundo. Fica atrás mesmo de vizinhos como Argentina, Chile e Uruguai e de países de renda parecida, como Rússia, África do Sul e México, segundo dados de 2019 da organização americana The Conference Board, que compila números sobre produtividade desde a década de 1950.

Neste cenário, um novo estudo da consultoria McKinsey, encomendado pelo Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), aponta que, no varejo e em outros setores da indústria, parte da culpa para esses baixos índices de produção recai sobre a alta informalidade no Brasil.

Um trabalhador ou empresa é considerado informal pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) quando trabalha sem carteira assinada ou sem outros tipos de regularização — pequenos empresários, prestadores de serviço ou empregados podem se formalizar, por exemplo, ao se registrar como MEI (Microempreendedor Individual) ou no Simples Nacional.

Mas, no Brasil, cerca de 41% dos trabalhadores ainda trabalha sem qualquer desses registros, segundo o instituto, ou mais de 38 milhões de brasileiros. Isto é, a cada dez trabalhadores, quatro trabalha informalmente. É o dobro da média de cerca de 18% nos países desenvolvidos.

O prejuízo está ficando alto para os brasileiros. Países com alta produtividade são, no geral, os com maior PIB per capita (o Produto Interno Bruto dividido pelo número de habitantes), mostra o estudo da McKinsey. “O que a informalidade faz é limitar a produtividade e, portanto, limita o crescimento econômico”, afirma a consultora Tracy Francis, uma das responsáveis pela pesquisa.

Por que o Brasil “parou de melhorar”

Por muito tempo, o Brasil foi um paraíso da informalidade. Em 1992, o trabalho informal atingia 57% da população trabalhadora. Em 2002, continuava em 55%. O cenário começou a melhorar na sequência: em 2012, o Brasil havia dado um bom salto, chegando a “apenas” 40% de informalidade, uma melhora de quase 20 pontos percentuais. Esse percentual fez o Brasil sair de um patamar de informalidade típico de países pobres na década de 1990 e começo dos anos 2000 e saltar para um patamar de países de “renda média”, aponta a McKinsey.

O problema é que parou por aí. Em 2018 e 2019, a informalidade segue na casa dos 40%. Francis, da McKinsey, aponta que por si só já é uma boa notícia o fato de o índice não ter piorado desde 2012, em um cenário de crise econômica no Brasil nos últimos anos.

O mesmo movimento de estagnação pode ser visto na produtividade brasileira. Em 1992, cada trabalhador brasileiro gerava, por hora trabalhada, o equivalente a 13 dólares paridade de compra (uma unidade de medida criada para evitar distorções no câmbio na comparação entre diferentes países). Até 2012, o número saltou para 19 dólares por hora trabalhada, segundo a The Conference Board. Em 2019, sete anos depois, a produtividade segue em 19 dólares por hora, a mesma taxa de 2012.

Na China, no mesmo período entre 1992 e 2019, a produtividade por hora saltou de 2 dólares em 1992 para 16 dólares em 2019. Embora tenha a segunda maior economia do mundo, o país, que só recentemente vem conseguindo fazer a transição de país em desenvolvimento para superpotência mundial, sofre problemas de alta informalidade parecidos com o Brasil. A taxa de informais chineses é de cerca de 50% dos trabalhadores.

agricutura Agricultura: campeã de informalidade / Cristiano Mariz/ EXAME

Agricultura: campeã de informalidade / Cristiano Mariz/ EXAME (Cristiano Mariz/EXAME)

No Brasil, os campeões de informalidade são agricultura (77% dos trabalhadores eram informais, segundo dados de 2018 do IBGE compilados pela McKinsey), construção (57%) e comércio (35%). Todos reduziram seus níveis de informalidade nos últimos dez anos, mas os índices seguem altos e sem melhorias recentes.

“É natural que a informalidade tenha diminuído no Brasil nos primeiros anos desta década, com a economia indo bem e mais empresas contratando. O fato de não ter voltado a piorar com a crise é quase um milagre. O desafio agora é voltar a melhorar esses índices”, diz Francis.

Defensores da reforma trabalhista aprovada pelo governo do ex-presidente Michel Temer em 2017 e aperfeiçoada com a “minirreforma trabalhista” do ministro Paulo Guedes neste ano apontam que, com regras mais atualizadas para contratações, o nível de informalidade e desemprego diminuiria. Na prática, a reforma ainda não se provou capaz de gerar mais empregos formais — tanto com carteira assinada como via “pejotização”, com trabalhadores registrados como prestadores de serviços e, tendo, portanto, alguns direitos junto ao INSS.

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Novos modelos de prestação de serviço, como os alavancados recentemente pelos aplicativos de economia compartilhada, também vêm ganhando adeptos. Essa massa de trabalhadores já passa de 5,5 milhões de pessoas, segundo estudo do Instituto Locomotiva publicado por EXAME em abril.

Um entregador ou motorista de aplicativo pode ser considerada formal ou informal a depender do caso. Empresas como iFood, 99, Uber, Rappi e Loggi pagam impostos ao governo brasileiro e atuam dentro da legalidade, movimentando a economia. Mas o ideal seria que todos os parceiros dessas empresas se registrassem como MEI ou no Simples Nacional, para que gozem de benefícios como prestadores de serviço regularizados, dizem os especialistas. É um cenário que ainda deve avançar nos próximos anos. Neste ano, a função de entregador foi uma das que mais rendeu registros como MEI em São Paulo — um bom sinal para a formalização.

comércio Shopping em Brasília: o setor de vestuário está entre os que mais sofre com itens pirateados

Shopping em Brasília: o setor de vestuário está entre os que mais sofre com itens pirateados (Valter Campanato/Agência Brasil)

Rombo bilionário

O estudo da McKinsey define como informalidade todas as “atividades lícitas realizadas ilicitamente”. Assim, a informalidade afeta o crescimento econômico do Brasil não só ao gerar empregos irregulares, mas ao aumentar o terreno para uma infinidade de ações de contrabando e produtos piratas.

Só em produtos piratas, o Brasil perdeu em 2018 mais de 193 bilhões de reais, com sonegação de impostos no varejo ou comercialização de forma ilegal, segundo levantamento do Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP). O setor mais afetado é o de vestuário, com mais de 50 bilhões de reais, seguido de longe pelo cigarro, com mais de 14 bilhões. Em seguida vêm medicamentos, defensivos agrícolas, óculos e softwares.

Esse tipo de prática irregular é incentivada quando acontece uma combinação de até três fatores: os custos para cumprimento da lei são altos, os riscos de detecção das irregularidades são baixos ou as eventuais sanções são brandas.

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Houve alguns avanços recentes, como a instituição do Simples Nacional, modelo que simplificou a carga tributária para pequenas empresas, a Nota Fiscal Paulista, que aumentou a exigência da sociedade com nota fiscal, segundo a McKinsey, ou a onda de digitalização de pagamentos, que facilita a fiscalização. Mas há muitos “incentivos” para ser irregular no Brasil, diz o relatório da McKinsey.

A alta carga tributária para empresas no país faz com que pequenos ou médios empresários tenham medo de deixar o Simples, o que vai exigir um grande investimento em advogados que entendam as complexas leis tributárias para empresas maiores, por exemplo. “Dessa forma, quem contrata de forma informal ou tem uma empresa com produtos irregulares torna-se mais competitiva e consegue sobreviver, porque acaba tendo menos gastos”, diz Francis.

Loja da H&M na Alemanha: União Europeia perde 5 bilhões de euros com informalidade no comércio eletrônico

Loja da H&M na Alemanha: União Europeia perde 5 bilhões de euros com informalidade no comércio eletrônico (Annegret Hilse/Reuters)

O desafio da internet

Se o Brasil sempre foi um país informal no mundo real, a tendência é que esse comportamento seja replicado na internet. Com 200 milhões de telefones celulares no Brasil e o crescimento do mercado de comércio eletrônico (que deve responder por mais de 10% do varejo em 2023), novos problemas deverão se impor à regulação da informalidade.

Um dos desafios, para as varejistas e para o governo, é fiscalizar a venda de produtos de terceiros nos sites de grandes varejistas, o chamado marketplace. Como a venda é de responsabilidade do lojista terceiro, alguns desses produtos podem ser vendidos sem nota fiscal ou sem pagamento adequado de impostos sem que a varejista que hospedou a venda perceba.

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As vendas via marketplace já contabilizam mais de 70 bilhões de reais no Brasil, uma alta de mais de 20% desde 2015. A tendência é que sigam crescendo — em algumas varejistas, as vendas de terceiros em seus sites já responde por mais de um terço ou metade dos produtos.

Não existe, por enquanto, nenhum tipo de regulação para marketplace no Brasil. Países da União Europeia, os Estados Unidos e até mesmo a China — considerada um paraíso dos produtos piratas — vêm começando a implementar leis para melhor regular as vendas online. No geral, a responsabilidade ante essas novas regras recai sobre as varejistas, que devem garantir que os vendedores que comercializam em suas plataformas, ainda que terceiros, paguem corretamente os impostos e que os produtos vendidos são regulares.

Na União Europeia, mais de 5 bilhões de euros são perdidos em informalidade online. No Brasil, não há ainda um estudo que quantifique esses valores. “Não dá para precisar quanto dinheiro é perdido, mas o que se sabe é que esse ambiente dificulta qualquer tipo de fiscalização”, diz Francis, da McKinsey. “Então, o mundo está começando a olhar para essa questão e tentando regular.”


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Presidente relacionou crescimento de registro de armas à diminuição do número de mortes

Presidente relacionou crescimento de registro de armas à diminuição do número de mortes | Foto: Antonio Cruz / Agência Brasil / CP

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O presidente Jair Bolsonaro pediu, neste domingo, que o Congresso Nacional aprove a ampliação da posse e do porte de armas no país. Em postagem na rede social Twitter, ele relacionou o crescimento no registro de armas de fogo à diminuição do número de mortes. "Registro de armas de fogo cresceu 50% no corrente ano, levando-se em conta o mesmo período de 2018. Segundo 'especialistas', o número de mortes deveria aumentar no Brasil, mas na prática caiu 22%. Dependo do Parlamento para ampliar o direito à posse/porte para mais cidadãos", escreveu o presidente.

O presidente da República está na Base Naval de Aratu, unidade da Marinha em São Tomé de Paripe, subúrbio de Salvador. Bolsonaro deixou Brasília na tarde de sexta-feira para passar o recesso de fim de ano na capital baiana. Ele afirmou que a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, não viajou com ele porque deve passar por uma pequena cirurgia nos próximos dias.

Jair M. Bolsonaro

@jairbolsonaro

- Registro de armas de fogo cresceu 50% no corrente ano, levando-se em conta o mesmo período de 2018. Segundo "especialistas", o número de mortes deveria aumentar no Brasil, MAS na prática caiu 22%.
- Dependo do Parlamento para ampliar o direito a posse/porte para mais cidadãos.

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9:52 AM - Dec 29, 2019

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Venezuelanos passam horas nas filas para comprar com a criptomoeda

Petro foi usada pelo presidente Nicolás Maduro para conceder um bônus de Natal a funcionários públicos e aposentados



Maduro prometeu meio petro a todos os aposentados e funcionários públicos no Natal

Maduro prometeu meio petro a todos os aposentados e funcionários públicos no Natal | Foto: Yuri Cortez / AFP / CP

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Leonor Díaz passou cinco horas numa fila diante de uma loja de Caracas na esperança de poder pagar suas compras com petros, a criptomoeda venezuelana usada pelo presidente Nicolás Maduro para conceder um bônus de Natal a funcionários públicos e aposentados. Na Venezuela, filas não são um fenômeno incomum. Entre 2014 e 2018, a grave escassez de alimentos que afetava o país com enormes reservas de petróleo obrigou os venezuelanos a ter muita paciência para conseguir alguns suprimentos. Desde o início do ano, ovos, frutas e carne estão disponíveis novamente nas lojas. Mas agora é nos postos de gasolina que as filas são formadas devido à falta de combustível e também em frente às lojas que aceitam pagamentos em petro, uma criptomoeda lançada em fevereiro de 2018 pelo governo socialista.

Maduro prometeu meio petro a todos os aposentados e funcionários públicos no Natal. Esse "bônus" equivale a 30 dólares, uma quantia "razoável" em um país onde a inflação em bolívares (200.000% este ano, segundo o FMI) é duplicada por causa dos preços em dólares. Mas pagar em petro é muito complicado. Segundo dados oficiais, apenas 4.800 empresas em toda a Venezuela têm os terminais necessários para esta moeda.

Daí as filas em frente a essas lojas e a irritação de Leonor Diaz, uma aposentada de 70 anos que decidiu fazer compras em um supermercado de Caracas. "É uma humilhação. O governo zomba das pessoas e principalmente de nós, os idosos. Não podemos ficar na fila por cinco, seis, sete horas", reclama.

Maravilha ou fraude?

Ao anunciar a criação do petro no final de 2017, Nicolás Maduro pretendia que fosse a "primeira criptomoeda soberana do mundo". Os economistas a veem, acima de tudo, como uma tentativa de contornar as sanções econômicas impostas pelos Estados Unidos contra Caracas. Para pagar em petro, existem duas soluções: um sistema biométrico que funciona com impressões digitais ou um aplicativo móvel.

Em uma loja de departamentos em Caracas, Doris Lozada, uma funcionária pública de 55 anos, espera comprar calças e comida com o petro, mas acha o "aplicativo complicado". E no supermercado onde Leonor Diaz espera na fila, o sistema de pagamento biométrico teve problemas. Mas isso não parece irritar Rafael Espinoza, um aposentado de 66 anos, que também está na fila. "O petro é bom. Agradeço ao nosso presidente", diz ele. Publicidade no Twitter, outdoors nas estradas... o governo não está poupando elogios aos benefícios do petro. "O Petro é uma maravilha, um milagre. É uma experiência única e extraordinária", escreveu Nicolás Maduro no Twitter novamente no sábado.

El Petro es una maravilla y un milagro que llega a nuestros trabajadores, trabajadoras, pensionados y pensionadas del país, para que hagan sus compras. Es una nueva experiencia única y extraordinaria de nuestra economía. ¡Somos Ejemplo para el Mundo! pic.twitter.com/05R381t69Y

— Nicolás Maduro (@NicolasMaduro) December 28, 2019

Os economistas são mais céticos. Asdrubal Oliveros, da empresa Ecoanalitica, considera que o petro não é uma criptomoeda real, mas "um monstrengo". O governo pretende impor o petro "à força" em um contexto de hiperinflação, onde a confiança na economia e nas finanças "é zero", afirma. "O resultado é que a maioria dos venezuelanos não quer o petro e aposentados e funcionários públicos sofrem as consequências", afirmou. E o futuro internacional do petro parece comprometido.

Washington proibiu transações com esta criptomoeda e, ao contrário do bitcoin e outras, não está disponível nas plataformas de compra. Alguns sites de avaliação, como o Icoindex.com, até a qualificam como "uma fraude".


AFP e Correio do Povo


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Acidente ocorreu na rua Ramiro Barcelos, em frente ao Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Leia mais notícias ► http://correiodopovo.com.br/ Facebook ► https://www.facebook.com/correiodopovo Twitter ► https://twitter.com/correio_dopovo Instagram ► https://instagram.com/correiodopovo/

RS segue com calor acima dos 40°C mesmo após episódios de chuva forte

Semana começa marcada por altas temperaturas e refresco só deve chegar em 2020

Litoral Norte deve registrar máximas acima dos 30°C

Litoral Norte deve registrar máximas acima dos 30°C | Foto: Alina Souza

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A onda de calor que há dias tem castigado o Rio Grande do Sul favorece mais um dia de sol e altos índices de radiação ultravioleta em grande parte das regiões. Vendavais e episódios de chuva forte atingiram o Estado, já neste domingo, mas a onda de calor ainda irá atingir seu pico. Um esperado refresco só deverá chegar nos primeiros dias de 2020.

O calor será muito intenso com marcas que podem ficar ao redor e passar de 40°C em vários municípios. O aquecimento poderá estimular a formação de nuvens de desenvolvimento vertical com risco de temporais isolados com risco de vendavais, raios e granizo. Pode chover forte de forma pontual.

As mínimas rondam os 18°C em São José dos Ausentes e os 20°C no Chuí. As máximas, por sua vez, pode alcançar 40°C em Santa Maria e 41°C em Santa Rosa. No Litoral Norte, os termômetros variam entre 21°C e 31°C. Em Porto Alegre, a temperatura se alterna entre 23°C e 39°C.

Neste domingo o Rio Grande do Sul chegou ao quarto dia consecutivo com marcas de temperatura acima de 40°C. Na quinta-feira, dia 26/12, a temperatura máxima no Estado foi de 40,4°C em Teutônia, no dia 27, sexta, fez 41,4°C em Teutônia. Já no sábado a máxima foi de 41,4°C em Santa Cruz do Sul e no domingo chegou a 40,7°C também em Santa Cruz.

O município de Bagé teve a marca histórica de 40,9°C, a maior dos últimos 76 anos, na sexta e no sábado. O calor favoreceu a formação de núcleos isolados de chuva e temporais que provocaram vendavais e granizo em cidades do Noroeste e centro do Estado.

Em Arroio do Tigre choveu 50 mm. Em Guarani das Missões o vendável derrubou árvores e destelhou uma escola. A onda de calor ainda irá atingir seu pico, sobretudo, em cidades da faixa Central do Estado e em pontos do Norte com máximas que poderão ser históricas, inclusive na Capital. Alerta-se para o risco deste calor extremo que além de desconforto, poderá deflagrar temporais severos com potencial para vendavais, chuva forte a torrencial de forma pontual além do risco de queda isolada de granizo.

O tão esperado refresco deverá chegar apenas no primeiro dia útil de 2020. Nesta transição do calor sufocante para a temperatura amena vendavais intensos poderão afetar o Rio Grande do Sul.


MetSul e Correio do Povo


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Alcolumbre também é contrário à medida | Foto: Luis Macedo / Agência Câmara / Divulgação CP

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A proposta do governo para criar  Contrato de Trabalho Verde e Amarelo sofrerá alterações no Congresso Nacional. Uma delas será a mudança na taxação do seguro-desemprego que, definida na medida provisória (MP) como obrigatória, deverá passar a opcional, segundo o relator da MP, deputado federal Christino Áureo (PP-RJ). "Nós temos a possibilidade de transformar essa contribuição em opcional. Isso deve ser o que constará no relatório. É um ponto que deve ser aprovado, acredito que tenha mais chances", disse o deputado.

Para ele, outras fontes devem ser buscadas para financiar os incentivos que motivarão o empregador a aderir ao programa, que estimula a contratação de jovens de 18 a 29 anos. "Nós acreditamos que esse é um ponto que tem muita dificuldade de ser aceito. Estamos trabalhando para buscar outras fontes orçamentárias para cobrir o incentivo ao primeiro emprego que não seja taxando o desempregado", afirmou. A questão também já foi tida como de difícil aceitação pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre, em declaração recente.

A MP traz outras polêmicas, como o fim do registro profissional de várias categorias, como jornalista, publicitário e radialista. Essas questões levaram a medida a receber o maior número de emendas da história do Parlamento, segundo o relator. Foram quase duas mil emendas. "O próprio governo e as entidades que temos conversando, tanto patronais quanto de empregados, entendem que a MP é bastante polêmica, tanto que é a recordista de emendas na história do Congresso, com mais de 1.930 emendas. Estamos trabalhando esta semana e na primeira semana de janeiro nesse material, para ter uma atuação mais firme em fevereiro.

"O fim do registro profissional de algumas categorias também deverá ser revisto. O relator entende que o Ministério da Economia quis dar mais autonomia às categorias ao abolir o registro, mas vê dificuldade para que isso ocorra em todos os casos. Ele citou os jornalistas como um dos exemplos. "Uma categoria que já sofreu uma dificuldade maior por ter sido abolida a necessidade de uma formação universitária específica, a ausência do registro pode deixar a profissão num limbo que talvez não seja adequado. Esse é um ponto que vai ser, provavelmente, objeto de modificações na discussão da medida.


Agência Brasil e Correio do Povo


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