Prefeito teme que reajuste previsto para ocorrer no começo de 2020 seja usado por pessoas interessadas em "baderna e bagunça" em ano eleitoral
Preocupado com o próximo reajuste da tarifa de ônibus, previsto para ocorrer entre janeiro e fevereiro, o prefeito Nelson Marchezan alertou nesta terça-feira (26) para a necessidade de o governo federal conceder algum tipo de subsídio para reduzir o impacto da elevação da tarifa no bolso dos usuários. Para o prefeito, a mudança pode acarretar "baderna e bagunça" em ano eleitoral:
— Eu acredito que para aqueles que querem alguma bagunça no país, este momento adequado vai ser janeiro e fevereiro, e se eu fosse alguma autoridade e tivesse responsabilidade sobre o meu país, eu tomaria alguma iniciativa para que isso não acontecesse, que é tomar alguma medida para a passagem não subir — analisou o prefeito, em entrevista ao Gaúcha Atualidade, citando os motivos iniciais das manifestações de 2013 e da recente onda de protestos no Chile.
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De acordo com Marchezan, a prefeitura de Porto Alegre chegou ao limite de tentativas para conter o aumento, após série de reuniões com governo federal. A ideia é sensibilizar sobre a necessidade de subsídios das passagens. A última tentativa será a apresentação de uma redação pronta para que o transporte coletivo tenha aporte do Tesouro por meio de uma medida provisória.
Em nível municipal, seguem as mudanças em andamento ou no horizonte da prefeitura para tentar estancar a tarifa: fim gratuidade da segunda passagem, novas faixas de ônibus para diminuir o tempo de viagem, revisão da obrigatoriedade da presença de cobradores e aumento da idade para isenção de idosos.
— Eu fui o prefeito que mais avançou para tentar baratear, mas chegamos ao limite. Vamos tomar medidas até o final do ano, que serão ousadas, em nível de Brasil, e vamos avançar na questão Porto Alegre e Região Metropolitana — promete o tucano.
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GaúchaZH
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