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quinta-feira, 28 de novembro de 2019

Mesmo fora da lista de inadimplentes, 35% dos consumidores pagam dívida: entenda

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Após 5 anos, dívida não pode ser cobrada na Justiça e nome do consumidor é retirado da lista de inadimplentes; mesmo assim, muitos fazem o pagamento   

Para o brasileiro, a frase “tudo que temos é o nosso nome ” ainda faz muito sentido na observação da head de cobranças da empresa de recuperação de crédito Recovery, Marcela Martins Gaiato.

Segundo dados da Recovery, de janeiro a outubro de 2019, entre os inadimplentes que viram a dívida prescrever depois de cinco anos , pelo menos um em cada três  (35%) fizeram um acordo com a empresa e pagaram o débito.

Para a executiva, a “honra” e o desejo "de não ficar devendo e dormir com a consciência tranquila ” moveu boa parte desses clientes. Ela se baseia na carteira administra pela Recovery, que hoje é responsável pela cobrança de 35% de todas as dívidas com atraso de mais de 90 dias no País.

“São pessoas que a dívida já ultrapassou cinco anos. Depois desse prazo, o nome não pode mais constar nas listas de proteção de crédito e nem cobrada na Justiça” , explica Marcela.

“Mesmo assim, mais de 30% delas negocia com a Recovery para não ficar devendo”, acrescenta. Ela salienta que a dívida não deixa de existir depois de cinco anos, mas o consumidor pode voltar a ter crédito, já que deixa de constar nas listas de “negativados”.
Nos 12 meses de 2018, a porcentagem de consumidores com dívidas prescritas que fecharam um acordo com a empresa chegou a 38%.

“Até o fim de 2019 devemos repetir ou até melhorar o resultado do ano passado porque nos dois últimos meses temos um aumento no fechamento de negociações . Isso acontece por causa do décimo terceiro e outros valores recebidos no fim do ano”, explica Marcela.

Entre as pessoas inadimplentes há menos de cinco anos , 43% negociaram suas dívidas com a empresa em 2018. Nos dez primeiros meses de 2019, a porcentagem foi de 34%.

A Recovery administra uma montante de R$ 80 bilhões em dívidas de cerca de 25 milhões de consumidores no Brasil.

Feirão tem negociação recorde No último Feirão Limpa Nome do Serasa Experian o desejo de “limpar o nome” também foi comprovado. Realizado na primeira quinzena de novembro, em duas semanas foram realizados mais de 1 milhão de negociações.
O número representa a quebra de um recorde e crescimento de cerca de 259% nos acordos fechados em relação ao evento anterior realizado em março de 2019. 

Segundo a Serasa, as negociações geraram mais de R$ 2 bilhões em descontos para os consumidores. No  site da Serasa ou pelo seu aplicativo, o feirão continua até o primeiro dia de dezembro.

Fonte: economia.ig - 27/11/2019 e SOS Consumidor

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