sexta-feira, 1 de novembro de 2019

CPI que investiga atos da prefeitura de Porto Alegre define depoimentos

O secretário municipal do Desenvolvimento Econômico, Eduardo Cidade, e seu antecessor, Leandro Lemos, serão os primeiros depoentes

Por Luiz Sérgio Dibe

CPI começará a ouvir depoentes na próxima quinta

CPI começará a ouvir depoentes na próxima quinta | Foto: Leonardo Cardoso/CMPA /Divulgação

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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI ) da Câmara de Vereadores de Porto Alegre definiu, na reunião da manhã dessa quinta-feira, que o atual secretário municipal do Desenvolvimento Econômico, Eduardo Cidade, e seu antecessor, Leandro Lemos, serão os primeiros depoentes a serem ouvidos pelo colegiado. A expectativa é de que os dois esclareçam questões relacionadas ao aluguel das instalações onde atualmente funciona o setor de governo, no 17º andar prédio localizado na avenida Júlio de Castilhos, 505.

Ainda sobre este tema, os vereadores que compõem a CPI também definiram que farão visitas às antigas e às atuais instalações para verificar a real necessidade do aluguel, já que a Prefeitura deixou de ocupar prédio próprio para abrigar sua secretaria em salas comerciais no Centro Histórico da Capital.
Nas quintas-feiras das duas semanas seguintes, a CPI deverá analisar a contratação de servidores com cargo comissionado através do setor batizado pelo governo de "banco de talentos". Os vereadores investigam se as escolhas atenderam a critérios estritamente técnicos sobre recrutamento de recursos humanos ou se as contratações foram pautadas por determinações políticas em atenção a interesses da base do Executivo. O primeiro depoente sobre o banco de talentos será o secretário de Assuntos Institucionais da Prefeitura Christian Lemos. Posteriormente, serão ouvidas as servidoras Sirlei Carvalho, Simone Lisboa e Simone Furini.

Segundo o presidente da comissão, Roberto Robaina (PSol), além destes dois temas, ocorreram avanços na investigação sobre a relação do empresário Michel Costa com a Administração. Costa seria sócio de uma empresa fornecedora de produtos de tecnologia da informação em período concomitante ao qual trabalhou como dirigente nas empresas públicas Carris e Procempa, onde parte dos produtos teriam sido implementados sob encomenda da Prefeitura. "São novos documentos, que serão apresentados formalmente nas próximas reuniões e que trazem indícios de que pode ter havido tráfico de influências para favorecer negociações entre a empresa de Costa e o município", afirmou Robaina.
Para o vereador Mauro Pinheiro (Rede), integrante da CPI e líder do governo na Câmara, os encaminhamentos, aprovados por componentes da base do Executivo, demonstram que há boa disposição em prestar esclarecimentos. "O interesse do governo é debater com a maior transparência. Acho que agora não seremos mais acusados de tentarmos obstruir qualquer investigação, embora continuemos achando que há um fundo de interesse político-eleitoral por trás desta CPI", apontou Pinheiro.


Correio do Povo

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