No começo do mês, o Estadão perguntou a Eduardo Bolsonaro se ele achava possível o PT apresentar um pedido de impeachment de Jair Bolsonaro em janeiro.
Ele respondeu:
“Eu não duvido. Quantos impeachments o PT propôs contra FHC? Pelo menos uma dúzia. Com ou sem fundamento, vai ser a conduta deles. Então, com esse tipo de oposição, no qual se enquadram, principalmente o PT, o PCdoB e o PSOL, não existe espaço para dialogar. Como eu vou dialogar com o MST invadindo terras? Não tem como. Agora, com assentado de reforma agrária que quer produzir tem como conversar. E com todos os demais – PSDB, MDB, PP – não tem problema, não.”
Previsivelmente, o documento final do congresso que reelegeu Gleisi Hoffmann presidente do PT, diz o seguinte:
“A partir da evolução das condições sociais e percepção pública sobre o caráter do governo e da correlação de forças, a direção nacional do partido, atualizando a tática para enfrentar o projeto do governo Bolsonaro, poderá exigir a sua saída.”
A “evolução das condições sociais e percepção pública sobre o caráter do governo e da correlação de forças” significa:
— anular as condenações de Lula;
— promover a baderna, com a ajuda da sua massa de manobra estudantil e sindical, por meio de manifestações de rua (de preferência violentas) e greves ilegais, como a prometida pelos petroleiros, a fim de impedir que Paulo Guedes consiga implementar o seu plano econômico na integralidade;
— forçar Bolsonaro a radicalizar ainda mais o seu discurso, alimentando a percepção de que ele é antidemocrático;
— aliciar parlamentares para o lado do PT, prometendo mundos e fundos no caso de o partido voltar ao poder. Os fundos dos pagadores de impostos, claro.
A receita é antiga.
O Antagonista
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