Mesmo sem definição oficial, encontrou indicou a contratação de servidores por empresas privadas
Por Eduardo Amaral
Reunião para debater futuro de servidores do Imesf foi realizada nesta quarta-feira | Foto: Fabiano do Amaral
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A reunião entre a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Porto Alegre e sindicatos sobre o futuro do Instituto Municipal de Estratégia de Saúde da Família (Imesf) terminou com os sindicalistas frustrados e o governo aparentando tranquilidade. O encontro aconteceu na tarde desta quarta-feira na sede da SMS e contou com a presença do secretário da saúde, Pablo Stürmer, e representantes de cinco sindicatos, e apesar de não ter tido uma definição oficial, apontou o caminho da contratação via empresas privadas de novos médicos e funcionários para garantir o atendimento à população.
Stürmer descartou qualquer possibilidade de transformar o Imesf em um órgão público, e disse que a ação mais imediata deve ser a contratação emergencial através de empresas privadas para suprir a necessidade de médicos e demais profissionais. “A ideia é que a gente firme uma contratação emergencial com parceiros de Porto Alegre antes de fazer o movimento maior de desligamento, até para poder garantir a continuidade do serviço e permitir aos profissionais que tem mostrado seu valor dedicando atendimento à população que sejam reconhecidos por esses parceiros.” O secretário afirmou que os profissionais que já atuam no Imesf podem ser contratados pelas novas empresas. “Esse é o caminho natural dada a experiência, dedicação, conhecimento da comunidade. As pessoas que têm buscado manter os serviços abertos devem ter seu reconhecimento", acrescentou.
Questionado se estava fechando as portas para os grevistas, Stürmer tergiversou e disse que a decisão não passa pelo poder público. “Isso não posso afirmar, posso falar pelo contrário, aqueles que têm seu histórico de dedicação e atendimento à população têm certamente possibilidade de contratação pelos parceiros.”
Pouco produtiva
O presidente do Sindisaúde-RS, Julio Jesien, demonstrou pouca empolgação com a reunião com o secretário, e afirmou que preferiu não levar algumas pautas para o encontro por já conhecer a postura do governo. “No nosso ponto de vista, a reunião foi pouco produtiva, e dos assuntos que trouxemos neste momento, que é a preocupação com o adoecimento dos trabalhadores, dentre outros temas, não houve a compressão do gestor.” Jesien diz que a expectativa é um resultado melhor na reunião agendada para a manhã desta quinta no Tribunal Regional do Trabalho (TRT).
O encontro terá a presença de representantes de quatro Ministérios Públicos (MP): Contas (MPC/RS); federal (MPF); MP/RS e do trabalho (MPT). “No TRT acreditamos que possa ter outra compreensão sobre os temas diferentes do que foi hoje (ontem)”, afirma Jesien. O encontro está marcado para às 9h na sede do TRT em Porto Alegre. A entrega da gestão da saúde à iniciativa privada tem sido bem avaliada pelo governo, e a política deve ser a mesma no futuro do Imesf. “É o modelo que tem funcionado em diversas instâncias, temos bons resultados com parceiros que atuam sob bons contratos diante da fiscalização da secretaria”, afirma Stürmer.
Correio do Povo
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