Presidente da estatal projeta que empresa terá 34 prédios no país até o fim do ano. Atualmente, são 38
Bruno Rosa
Fachada da sede da Petrobras, no Rio de Janeiro Foto: Guito Moreto/6-11-2018 / Agência O Globo
RIO — De olho nos custos, aPetrobras está reduzindo o número de prédios e escritórios no Brasil e no exterior. Segundo Roberto Castello Branco, presidente da estatal, a companhia vai chegar ao fim deste ano com cinco espaços fora do Brasil. No ano passado, eram 18 unidades. Atualmente, estão em processo de encerramento espaços na Argentina, Colômbia, Uruguai, Nigéria e Irã. Já estão desativados os de Nova York, Tanzânia, Líbia, Turquia entre outros.
Ficarão em operação escritórios na Bolívia, Cingapura, Houston, Holanda e Inglaterra. O corte atinge também as unidades do Brasil, destacou o executivo. O prédio em São Paulo, por exemplo, será desativado e os funcionários vão trabalhar em escritório de co-working.
Petróleo: Castello Branco diz que cessão onerosa é 'monstrengo' criado no Brasil
— Em 2015, a Petrobras tinha 72 prédios no Brasil. Hoje são 38 e vamos para 34 no fim do ano. O custo passou de R$ 2 bilhões para R$ 1,3 bilhão neste ano.
Castello Branco citou o caso do espaço em Salvador, projeto que ele classificou de “verdadeiro templo da corrupção”:
— Foi construído um prédio com 22 elevadores , é o maior estacionamento das cidade de Salvador (2.634 vagas). Um fundo de pensão construiu. Temos um contrato de locação até 2046 pagando um aluguel. Mal conseguimos ocupar cinco andares (são sete) — disse o executivo. — Infelizmente, um juiz de Salvador deu uma liminar proibindo de transferir funcionários do local. Mas vamos lutar e vamos conseguir sair. A multa para sair desse prédio é R$ 2,136 bilhões. Um prédio em Salvador, por mais que a gente goste de Salvador, ninguém paga R$ 2,087 bilhões por um prédio em Salvador. Isso se chama desperdício de recursos.
O Globo
Nenhum comentário:
Postar um comentário