Macri se rendeu à máfia sindical argentina, formada por uma cambada que se reelegem indefinidamente, que administram fundos milionários e ditam os rumos do país, colocando uma faca no pescoço de quem ocupa a Casa Rosada.
Se rendeu às corporações empresariais, que resistem abrir o país sob o falacioso manto sagrado da "proteção à indústria nacional".
Jamais esqueço da minha última passagem pela Argentina. Havia uma faixa de desculpas no aeroporto Ezeiza pela lentidão no atendimento. Dizia a faixa: "Disculpas, estamos cambiando los sistemas informáticos. SISTEMAS hechos por ARGENTINOS".
"Sistemas feitos por argentinos". E daí? Essa frase ilustra a mentalidade predominante no nosso vizinho, que respira um nacionalismo tacanho, que os impedem de fazer o óbvio: abertura comercial, desobstrução e desburocratização do ambiente de negócios e do mercado de trabalho, além do desmonte da ilusão do Estado de bem-estar social, que mantém pessoas na pobreza.
É incrível que, em pleno 2019, existam pessoas que acreditam que riqueza se cria por vontade política. Ou, ainda, que tudo se resume a uma questão de distribuição, isto é, basta tirar de quem mais tem e entregar para quem não tem. E defendem isso de forma despudorada, esquecendo-se que isso é uma perversão moral, pois nada mais é do que subtrair algo do seu dono sem o seu consentimento.
Esmagado pela predominante lógica argentina, Macri se rendeu à mesma agenda populista peronista e administrou os mesmos fracassados remédios: controle cambial, congelamento de preços e aumento de impostos. E num mix de ignorância, burrice e mau-caratismo, há quem diga que o liberalismo falhou no país vizinho. Santa paciência.
Pontocritico.com
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