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terça-feira, 29 de outubro de 2019

Choques entre opositores e partidários do governo deixam 30 feridos na Bolívia

Embates violentos se dão por conta da reeleição de Evo Morales após uma apuração sob suspeita

Um dos manifestantes carrega um cartaz pedindo a

Um dos manifestantes carrega um cartaz pedindo a "anulação da eleição" | Foto: AIZAR RALDES / AFP / CP

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Ao menos 30 pessoas ficaram feridas nesta segunda-feira em confrontos entre partidários e opositores de Evo Morales, na cidade de Santa Cruz, em meio à polêmica sobre a reeleição do presidente boliviano. "Temos cerca de trinta feridos, há gente em estado grave no hospital que está sendo operada, um ferido a bala e outro, por objeto contundente", informou o secretário da Saúde de Santa Cruz, Oscar Urenda.

Também ocorreram confrontos em La Paz e Cochabamba (centro), com o registro de feridos, segundo a imprensa local.

O bairro de 'Plano Três Mil', em Santa Cruz, a cidade mais próspera da Bolívia e base da oposição, foi o epicentro de violentos choques - com paus e pedras - devido a um piquete contra a reeleição de Morales para um quarto mandato obtido após uma apuração sob suspeita.

Em Cochabamba, que também está em greve e há piquetes, os incidentes deixaram quatro feridos, segundo o jornal Opinión.

Em La Paz, onde ruas foram bloqueadas, ocorreram choques entre opositores e mineiros ligados ao governo, que detonaram bananas de dinamite, causando temor entre a população. Um opositor ficou ferido ao ser agredido por partidários de Morales, segundo imagens da TV local.

Em outras cidades, como em Potosí (sudoeste), Sucre (sudeste), Tarija (sul) e Trinidad (nordeste), também ocorreram bloqueios de ruas e estradas.

Morales afirma que a violência social é uma tentativa de golpe de Estado contra ele. No poder desde 2006, Morales ganhou no primeiro turno das eleições de 20 de outubro, com 47,08% dos votos, contra 36,51 para Carlos Mesa, devido à vantagem de 10 pontos.


AFP e Correio do Povo


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