Maduro declarou "alerta laranja" por suposta ameaça do país vizinho; governo colombiano nega hipótese de conflito
Por Da Redação
Exército venezuelano realiza manobras militares na fronteira com a Colômbia (Carlos Eduardo Ramirez/Reuters)
A Venezuela iniciou, nesta terça-feira exercícios militares na fronteira com a Colômbia, atendendo à ordem dada pelo presidente do país, Nicolás Maduro, na última semana.
Em meio à escalada de tensão com o governo do país vizinho, a Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) não disparou um único tiro nos exercícios realizados até aqui. Nas manobras desta terça, o governo chavista só movimentou tropas e veículos para a região da fronteira.
Fontes ligadas à FANB disseram aos jornalistas que há 150 mil soldados e policiais na região da fronteira. No entanto, não há informações se todos eles participarão dos exercícios, vistos como uma provocação pela Colômbia.
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O chefe do Comando Estratégico Operacional da FANB, Remigio Ceballos, comandou o primeiro dia de exercícios e afirmou que a Venezuela tem “amigos no mundo tudo”, uma resposta à oposição, que denuncia a presença de soldados russos e cubanos entre os militares do país.
Em discurso, Maduro disse que o Exército está pronto para as manobras militares e anunciou que manterá o “alerta laranja” na fronteira, decretado após o líder chavista afirmar, sem apresentar qualquer tipo de evidência, que o governo da Colômbia planeja invadir a Venezuela.
“É para deixar tudo pronto, para defender nosso território. Não ameaçamos ninguém, mas estamos prontos para nos defendermos se necessário”, afirmou Maduro.
Para o líder da oposição, Juan Guaidó, reconhecido como presidente interino da Venezuela por mais de 50 governos, entre eles o do Brasil, os exercícios militares são uma estratégia de Maduro para distrair a população da crise econômica que abala o país nos últimos anos.
Do lado colombiano, o discurso do governo é de que o país não cairá nas provocações de Maduro. Essa mensagem foi repassada hoje pela vice-presidente, Marta Lúcia Ramírez, que negou qualquer hipótese de confronto militar com a Venezuela.
(Com EFE)
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