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terça-feira, 3 de setembro de 2019

PT apresenta teses para ações políticas no Rio Grande do Sul

Ato ocorreu na noite desta segunda-feira, na sede do Cpers

Por Luiz Sérgio Dibe

Reunião ocorreu na noite desta segunda-feira, no Cpers

Reunião ocorreu na noite desta segunda-feira, no Cpers | Foto: Ana Paula Ribeiro / Divulgação / CP

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Sete representações que compõem as tendências internas do Partido dos Trabalhadores (PT) apresentaram suas teses para guiar as ações políticas no próximo biênio, em ato ocorrido na noite desta segunda-feira, na sede do Cpers, na Capital. A votação nas teses também estabelecerá a proporcionalidade, entre os grupos, de acordo com as mais votadas, para definir o tamanho da participação de cada uma das tendências no novo diretório estadual da sigla.

A formação do diretório e eleição para escolha da executiva petistas ocorrem durante o Congresso Estadual do partido, nos dias 19 e 20 de outubro, em Porto Alegre. Neste domingo, serão definidos os diretórios municipais do partido no RS. O Congresso Nacional do PT ocorrerá em São Paulo, nos dias 22, 23 e 24 de novembro.

Uma das chapas inscritas representa a tendência Resistência Socialista, que argumentou pela defesa da democracia e pela construção de um projeto de esquerda para o Brasil, de luta pela liberdade do ex-presidente Lula, de aprofundamento à oposição ao governo Bolsonaro e com uma série de propostas sobre transparência e renovação no partido. Integram esta tendência o deputado federal Paulo Pimenta, o estadual Luiz Fernando Mainardi e o ex-deputado estadual e ex-prefeito de Novo Hamburgo Tarcísio Zimmermann.

A chapa Diálogo e Ação Petista propõe a recuperação de direitos pelos trabalhadores, resistência contra a desregulamentação do trabalho, liberdade para Lula e responsabilização de atos irregulares que teriam ocorrido em processos da Lava Jato, oposição a Bolsonaro. Integra esta tendência o sindicalista Marcelo Carlini.

A tendência Articulação de Esquerda sustentou que o partido deve adotar um projeto socialista, de defesa contra a exploração do capital sobre o trabalho. Numa linguagem bastante incisiva, fala de guerra de empresários contra trabalhadores, do agronegócio contra os camponeses, indígenas e quilombolas. Guerra de latifundiários urbanos contra o povo sem teto, de especuladores contra aposentados, entre outras temáticas. Esta chapa tem entre suas lideranças os deputados federal Dionilso Marcon e estadual Edegar Pretto.

A chapa da tendência Esquerda Democrática carregou o lema "resistir para avançar", que abordou a necessidade de recuperação da capacidade de diálogo com a maioria da sociedade pelo partido, de ampliação da participação coletiva e de atualização programática pela sigla. Fazem parte desta tendência o deputado federal Henrique Fontana e a ex-deputada estadual e ex-prefeita de Alvorada Stella Farias.

A tendência avante divulgou sua plataforma: "Lula Livre. Fora Bolsonaro", apontando como metas defesa do Ministério da Educação e sua função estrutural, bem como de universidades e instituições de ensino. Também sustentou a necessidade de impulsionamento de uma frente política e social de esquerda, de caráter permanente e com programa e ação comuns. Fazem parte deste grupo a deputada federal Maria do Rosário e o vereador da Capital Aldacir Oliboni.

O grupo que reúne as tendências Democracia Socialista e Polo defendeu a proteção dos interesses nacionais, do patrimônio público e dos interesses dos trabalhadores, citando a reversão das reformas trabalhista e previdenciária, além do descontingenciamento de recursos públicos. Destacou a necessidade de organização de uma frente a "ser construída pelo PT, PSOL, PCdoB e por setores do PDT e PSB, e também por partidos como PCB, PCO, PRC". Integram esta tendência o ex-vice-governador Miguel Rossetto, o ex-prefeito de Porto Alegre Raul Pont e o atual presidente do PT gaúcho, deputado estadual Pepe Vargas.

Por fim, ao grupo que congrega as tendências CNB e Articulação Petista concentrou sua apresentação em argumentos como a determinação construir alianças que fortaleçam as esquerdas e um campo de oposição democrática, comprometido com a defesa dos direitos, da justiça social e da soberania do país. O grupo pregou a formação de candidaturas e alianças de centro-esquerda para constituir, desde as eleições do ano que vem, palanques fortes e estratégicos para a disputa nacional de 2022. A tendência tem como alguns de seus líderes o ex-deputado estadual Adão Villaverde e o sindicalista Claudir Nespolo.


Correio do Povo

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