Médico alerta sobre os efeitos que substância pode provocar no organismo
| Foto: Africa Studio Shutterstock / Divulgação / CP
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Especialistas alertam sobre os efeitos nocivos do açúcar no organismo e as disfunções provocadas por essa substância. Quem está acostumado a adicionar qualquer tipo de açúcar no café, suco ou em outro alimento, precisa refletir profundamente sobre esse hábito. De acordo com o médico e diretor-presidente da Associação Brasileira LowCarb (ABLC), José Carlos Souto, todos os tipos de açúcar são ruins. O que varia é apenas o grau de impureza, explica. “O açúcar branco é mais refinado, enquanto o açúcar mascavo e o demerara contêm algumas das impurezas oriundas da cana, que lhes dão cor e sabor característico, mas ambos são açúcar na sua maior proporção e acarretam os mesmos males.”
Com o objetivo de combater e tratar as doenças relacionadas à má alimentação, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o consumo de até 18,2 kg de açúcar por pessoa ao ano, o equivalente a 12 colheres ou 50 gramas do produto por dia. O brasileiro, no entanto, está bem longe de atingir esta meta. Segundo o Ministério da Saúde, a média de consumo anual de quem habita o país é de 30 quilos, ou seja, cerca de 80 g ou 18 colheres de açúcar por dia. São números bem acima dos estipulados, o que vem gerando muita preocupação, haja vista o potencial nocivo do açúcar.
Conforme Souto, o consumo do açúcar está associado ao prazer e à sua retirada abrupta pode gerar sintomas de abstinência, principalmente de origem psicológica. Essa reação também ocorre com a retirada abrupta de outras drogas, como álcool ou nicotina. “Como qualquer mudança de comportamento, no que diz respeito a hábitos saudáveis requer que a pessoa abandone sua zona de conforto. É importante que tenha conhecimento do impacto positivo dessas mudanças, mas também do impacto negativo de não ter essas novas atitudes”, ressalta. Segundo ele, saber que é possível evitar e em alguns casos reverter o diabetes tipo 2, de que é possível reverter a síndrome metabólica e a questão da insulina e, portanto, reduzir o risco de doenças como diabetes, doenças cardiovasculares, câncer e demência, é um dos principais motores por trás da mudança.
Os adoçantes podem ser uma alternativa. Adoçantes não calóricos de alta intensidade naturais, como a estévia, ou artificiais, como sacarina, ciclamato, sucralose e acessulfame K podem ser utilizados e não têm impacto na glicose (na glicemia). Xilitol, mas também eritritol, isomalte ou sorbitol, são polióis que podem ser usados sem ter impacto significativo na glicemia. “Apenas devemos ter cuidado com o maltitol, um poliol que tem 75% do impacto do índice glicêmico do açúcar de mesa (sacarose)”, observa.
Outra proposta seria um estilo low carb, ou seja, que vai desde uma restrição severa de carboidratos, como em uma dieta cetogênica até uma dieta low carb moderada, na qual se permite consumo de frutas e raízes. “Em pacientes que requerem uma restrição mais severa de carboidratos, por exemplo, diabéticos e portadores de síndrome metabólica, pode ser necessário restringir as frutas doces. Dito isso, não há nenhuma deficiência nutricional se a pessoa consumir frutas de baixo índice glicêmico, tais como abacate, coco ou frutas vermelhas, como morango, mirtilo, framboesa e amora. Também é importante lembrar que muito do que consideramos salada são, na realidade, frutas, por exemplo: abobrinha, chuchu, pepino, pimentão, berinjela, etc.”
Em relação à frutose, a maioria da quantidade de frutose consumida pelas pessoas hoje vem do açúcar (a sacarose, o açúcar de mesa, é composto de 50% de frutose e 50% de glicose). Frutas contêm um pouco de açúcar. Algumas contém mais e outras menos.
Acompanhamento
Sempre é interessante ter acompanhamento profissional para a condução de qualquer intervenção dietética. De acordo com o médico, a síndrome metabólica, por exemplo, é um conjunto de sinais e sintomas que ocorrem em pessoas que têm resistência à insulina. À medida que elas ganham peso - especialmente se esse peso está concentrado na região abdominal, ou seja, gordura visceral ao redor dos órgãos - vão desenvolvendo resistência à insulina. Souto salienta que o que causa as maiores elevações da insulina são justamente alimentos digeridos em glicose, ou seja, os carboidratos (açúcar e amido). Os sinais e sintomas da síndrome metabólica são aumento dos triglicérides (triglicerídeos), diminuição do HDL, o chamado colesterol bom, aumento da circunferência abdominal, pressão alta e glicose acima de 100. “A pessoa não precisa ter todos esses, basta ter três”.
À medida que a pessoa ganha peso e acumula gordura abdominal, o corpo vai precisando de níveis cada vez maiores de insulina para controlar a glicose. E essa insulina elevada provoca um série de alterações que leva o nome de síndrome metabólica.
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