Ela foi uma das citadas nos diálogos vazados que mostraram membros do MPF ironizando a morte de Marisa Letícia, mulher de Lula, em 2017
Por Da Redação
A procuradora Jerusa Viecili, da Força-Tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba (Reprodução/Twitter/Reprodução)
A procuradora Jerusa Viecili, integrante da força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba, publicou na noite desta terça-feira, 27, na rede social Twitter, um pedido de desculpas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Ela trocou mensagens no aplicativo Telegram com outros procuradores da força-tarefa que tratava a morte de Marisa Letícia, mulher do ex-presidente Lula, e o luto do petista com falecimentos de irmão e neto com ironia e tom conspiratório.
No Twitter, Jerusa escreveu: “Errei. E minha consciência me leva a fazer o correto: pedir desculpas à pessoa diretamente afetada, o ex-presidente Lula”.
Errei.
— Jerusa B. Viecili (@jerusabv) August 28, 2019
E minha consciência me leva a fazer o correto: pedir desculpas à pessoa diretamente afetada, o ex-presidente Lula.
Jerusa Viecili aparece nos diálogos vazados em dois momentos. No primeiro deles, ela respondeu de maneira jocosa a notícia da morte de Marisa Letícia ao escrever “Querem que eu fique pro enterro?”
Depois, ela compartilhou a notícia da morte do neto de Lula, Arthur, seguida da mensagem: “Preparem para nova novela ida ao velório.” Quando os procuradores comentavam sobre a ligação que Gilmar Mendes fez ao petista, durante o velório do menino Arthur, e que teria deixado Lula em prantos, Jerusa acrescentou: “GM (Gilmar Mendes) não dá ponto sem nó”.
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Em resposta ao tuíte, alguns internautas elogiaram a postura da procuradora e lembraram que a iniciativa confirma que as mensagens divulgadas pelo site The Intercept Brasil são verdadeiras. Isso contraria a estratégia que a Lava Jato mantém desde o começo da divulgação dos diálogos, de questionar a autenticidade dessas conversas vazadas.
Jerusa Vieceli também comentou esse assunto e disse que os procuradores da Lava Jato nunca negaram a existência de mensagens verdadeiras no material divulgado pela imprensa.
· 19h
Lembrar de uma mensagem não autentica todo o conjunto. A existência de mensagens verdadeiras não afasta o fato de que as mensagens são fruto de crime e têm sido descontextualizadas ou deturpadas para fazer falsas acusações.
Os procuradores da Lava Jato nunca negaram que há mensagens verdadeiras, exatamente porque foram efetivamente hackeados. Contudo, não é possível saber exatamente o quanto está correto, porque é impossível recordar de detalhes de 1 milhão de mensagens em 5 anos intensos.
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O perfil da procuradora não possui o selo de autenticidade do Twitter, que assegura que a conta foi verificada. Mas publicações da conta de Jerusa Viecili já foram compartilhadas por Deltan Dallagnol, o coordenador da força-tarefa da Lava Jato no Paraná.
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