Petrobras alegou temer punição dos EUA por atender embarcação sujeita a embargo
| Foto: Heuler Andrey / AFP / CP
O segundo navio iraniano MV Bavant, que ficou aguardando abastecimento no Porto de Paranaguá (PR), recebeu combustível e zarpou neste domingo em direção ao Porto de Bandar Imam Khomeini, no Irã. A embarcação, que leva 48 mil toneladas de milho, recebeu 1,3 mil toneladas de combustível.
Assim como o MV Termeh – que deixou o porto no sábado – o navio ficou cerca de 50 dias parado em Paranaguá porque a Petrobras vinha se negando a abastecer as embarcações. A estimativa é que, juntos, os dois navios levem cerca de 100 mil toneladas de milho, avaliadas em mais de R$ 100 milhões.
O governo iraniano está sob sanções aplicadas pelos Estados Unidos. A Petrobras alegou temer violar a legislação norte-americana devido ao embargo e, assim, sofrer prejuízos. No entanto, na última quarta-feira, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, determinou o abastecimento.
“A decisão do STF garantiu a conclusão de uma operação comercial de exportação de milho ao Irã por uma empresa brasileira não sujeita a sanções pelas autoridades americanas. O entendimento foi de que a Petrobras não poderia sofrer sanções por fornecer esse combustível aos dois navios, até porque está cumprindo uma decisão judicial”, afirmou Rodrigo Cotta, advogado do escritório Kincaid Mendes Vianna, que representa a empresa a Eleva, que fretou os navios para exportar milho.
Agência Brasil e Correio do Povo
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