Carga avaliada em mais de R$ 100 milhões seria embarcada para EUA e Canadá
Grupo obrigou funcionários a carregarem ouro em caminhonete | Foto: Reprodução CP
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A Polícia Civil prendeu quatro suspeitos de participar do roubo de 720 quilos de ouro no Aeroporto Internacional de Guarulhos, Cumbica, na última quinta. Um dos detidos é um funcionário do aeroporto que havia dito aos investigadores ter sido refém da quadrilha na véspera do crime. Os outros presos são um conhecido do funcionário e dois homens que seriam donos do estacionamento em que as caminhonetes usadas para a fuga da quadrilha foram encontrados. O bando usou esses veículos após sair do aeroporto em falsos carros da Polícia Federal. O estacionamento fica perto do Jardim Pantanal, na zona leste.
O funcionário trabalha há sete anos como encarregado de despacho no aeroporto, na Grande São Paulo. Entre 2014 e 2016, ele chegou a integrar o Conselho de Administração da Concessionária de Cumbica, instância que tem acesso a documentos e planos referentes ao terminal. Ricardo Sampaio Gonçalves, advogado do funcionário de Cumbica, disse que ele não confessou ter participado no crime, mas afirmou ter sido vítima de sequestro pelos ladrões. No primeiro depoimento à polícia, disse que havia saído de casa com a mulher, na zona leste, quando foi abordado por um homem armado, em uma ambulância.
Em nota, os delegados Pedro Ivo Correa dos Santos e João Hueb, da 5.ª Delegacia Patrimônio (Investigações sobre Roubo a Banco), informaram que o procedimento visa a "preservar a investigação e evitar desvios na linha de trabalho". Em nota, a GRU Airport, concessionária responsável por Cumbica, disse cumprir todas as normas internacionais e práticas de segurança . Ressaltou ainda que todas as informações referentes ao crime estão sendo repassadas à polícia.
A polícia acredita que pelo menos oito pessoas tenham se envolvido diretamente no crime. Os bandidos portavam fuzis, pistolas e carabinas. O transporte de ouro é considerado rotina da transportadora no aeroporto. A carga roubada tinha valor de aproximadamente R$ 100 milhões.
Estadão Conteúdo e Correio do Povo
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