Munições da época da Segunda Guerra Mundial podem agravar destruição na Pomerânia
Bombeiros de várias localidades foram mobilizados para enfrentar as chamas | Foto: Jens Buttner / AFP / CP
Cerca de 400 bombeiros e soldados das Forças Armadas da Alemanha trabalham para combater um dos maiores incêndios florestais já registrados no estado de Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental, no leste do país. Até a noite desta segunda-feira, o incêndio já havia atingido 430 hectares de floresta a cerca de 50 quilômetros a sudoeste da cidade de Schwerin. As autoridades temem que as chamas invadam uma área militar onde estão enterradas toneladas de antigas munições, muitas delas da época da Segunda Guerra Mundial.
O secretário do Meio Ambiente de Mecklemburgo, Till Backhaus, afirmou que serviços de emergência estão lutando para controlar o incêndio por causa das munições não detonadas no solo. As autoridades estimam que 45 toneladas de explosivos e munições ainda estejam enterradas na área, que abrigou um antigo paiol da Kriegsmarine (marinha de guerra da Alemanha nazista) até 1945.
Veículos especiais e helicópteros do Exército dão apoio aos bombeiros, que estão sendo obrigados a ficar a um quilômetro de distância das chamas perto da antiga área militar por causa do risco de explosões. Cerca de 650 pessoas de três cidades e 100 crianças que estavam em um acampamento de férias perto das chamas foram retiradas da região pelos bombeiros.
A escala do incêndio levou a fumaça a se deslocar para os estados vizinhos de Brandemburgo, Berlim e Saxônia. As autoridades pediram aos moradores que fechem suas janelas e portas. O cheiro podia ser facilmente sentido na capital alemã, que fica a 200 quilômetros, nesta segunda-feira. "O cheiro é irritante, mas não perigoso", escreveu o serviço de bombeiros de Berlim no Twitter.
As autoridades suspeitam que a origem do incêndio é criminosa e acreditam que ele foi iniciado deliberadamente em três locais diferentes. Os primeiros registros de chamas ocorreram na sexta-feira, mas as autoridades informaram pouco depois que elas haviam sido extintas. No domingo, contudo, a região voltou a ser atingida por um incêndio em outro ponto.
Agência Brasil e Correio do Povo
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