Jogo do Grêmio no Centenário foi marcado por brigas nas arquibancadas
Torcedor lançou rojão contra área destinada para a torcida do Fortaleza | Foto: Reprodução / Twitter / CP
O jogo entre Grêmio e Fortaleza foi marcado por confusão nas arquibancadas no estádio Centenário na noite deste sábado. Durante os 34 minutos do primeiro tempo, torcedores do Grêmio foram até a área destinada para a torcida do Fortaleza, separada por grade apenas de em um lado, e houve um princípio de confusão. A Brigada Militar entrou em ação e os afastou, usando, inclusive, jatos de água.
Minutos mais tarde, a confusão se deu do lado gradeado. Enquando algumas pessoas subiam a estrutura metálica para geitar ofensas, um torcedor se aproximou, acendeu e lançou um foguete em direção à torcida adversária. Usando um boné, tentou cobrir o rosto e fugir pelo meio da torcida, mas foi identificado e imobilizado até a chegada dos policias, que o levaram para o Juizado Especial Criminal (Jecrim) do estádio, junto a outros dois homens detidos na confusão. O repórter do Correio do Povo Eric Raupp, que estava no local, gravou as cenas.
Não há nenhum tipo de divisória física entre as torcidas. Grupo de torcedores do Grêmio chegou correndo para iniciar uma briga. Polícia se aproximou, formou cordão de isolamento e afastou com jatos de água. #Brasileirão2019 #GRExFOR pic.twitter.com/j4qB9ID1Ev
— Eric Raupp (@EricRaupp) 8 de junho de 2019
Durante a confusão, o jogo ficou parado por cerca de quatro minutos. Posteriormente, na metade do segundo tempo, o jornalista entregou as imagens às autoridades, que indentificaram o homem. Ele será indiciado. Cabe, então, ao Ministério Público apresentar denúncia ou não. Esta poderá se dar, inclusive, por tentativa de homicídio.
Momento em que homem lançou um rojão contra os torcedores do Fortaleza e tentou fugir para o meio da torcida gremista. Foi barrado pelos torcedores e levado pela BM. pic.twitter.com/4xXHfVeQS5
— Eric Raupp (@EricRaupp) 8 de junho de 2019
Esta não é a primeira vez que um jogo do Grêmio registra confusão em Caxias do Sul no ano de 2019. Pelo Campeonato Gaúcho, um torcedor foi baleado em duelo contra o Juventude, no Alfredo Jaconi.
Momento em que torcedor foi levado pela BM após jogar um rojão contra a torcida do Fortaleza. pic.twitter.com/j1Wp3vVmCu
— Eric Raupp (@EricRaupp) 8 de junho de 2019
Agressão a torcedores
No fim do primeiro tempo, houve, ainda, registro de agressão na arquibancada do Estádio Centenário. Após o torcedor ser preso, um outro homem foi para a grade de separação e trocou ofensas com os adpetos do time cearense. Ao se afastar do local, disse que "buscaria uma bomba caseira para jogar nos caras" e foi momentanemante vaiado por muita gente. "Saí daqui, não vem arrumar confusão", disse o pai do repórter, o empresário Arno Raupp Filho, de 53 anos, morador de Canoas, encaminhando colocando a mão sobre o ombro do jovem para levá-lo para longe.
Neste momento, dois homens se aproximaram e empurraram Arno, dando-lhe um soco no rosto. Ele, que tem problemas na coluna e estava acompanhado da mulher, de 54 anos, e dos filhos, uma menina de 14 anos e Eric, caiu no chão. Neste momento, o filho se aproximou para levantá-lo e tentou uma abordagem pacífica, mas foi atingido por um chute no rosto.
O filho ainda conseguiu agarrar a perna do agressor e jogou o homem arquibanda abaixo, sendo levado junto. Enquanto isso, mais pessoas se aproximaram para tentar intervir, mas os responsáveis por iniciar os ataques fugiram pelo meio da torcida. Após o caso, Arno, sócio do Grêmio desde 1998, ficou com cortes na boca e na orelha, além de hematomas nas costas. Já Eric sofreu um corte na boca e dedos e lesões na perna e pé direitos após a queda.
Isso na minha camisa é sangue. Um dito torcedor do Grêmio agrediu meu pai, de 53 anos, após ele xingá-lo por dizer que ia buscar uma bomba caseira para atirar contra a torcida do Fortezela. Deu um chute no rosto dele. Fui tentar acalmar por vias diplomáticas e acabei apanhando. pic.twitter.com/geefjdmgye
— Eric Raupp (@EricRaupp) 8 de junho de 2019
"Lamento que isso tenha ocorrido, porque é inadmissível que indivíduos usem o esporte para perpetuar atos de violência. Mesmo que a torcida do Fortaleza tenha provocado, não sei o que falaram, tentamos intervir naquela loucura que ele tinha dito de jogar uma bomba. É mais grave ainda porque havia crianças do outro lado da cerca", sustentou o jornalista.
Correio do Povo
GRÊMIO
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