segunda-feira, 10 de junho de 2019

Senadores buscam votar restrição de venda de armas dos EUA para Arábia Saudita

Democrata e republicano se uniram para preparar texto no congresso norte-americano

Políticos acreditam que administração Trump extrapolou limites na política internacional de armas

Políticos acreditam que administração Trump extrapolou limites na política internacional de armas | Foto: Alex Wong / Getty Images / AFP / CP

O senador democrata Chris Murphy (Connecticut) e o republicano Todd Young (Indiana) vão tentar forçar uma votação no Senado dos Estados Unidos contra a venda de armas norte-americanas para a Arábia Saudita, em um sinal de descontentamento por parte do Congresso de alguns pontos sobre a política de venda de armas do governo de Donald Trump. Neste domingo, os dois disseram que introduziriam uma manobra legislativa que poderia resultar em uma votação sobre "encerrar ou restringir a assistência de segurança" à Arábia Saudita, incluindo futuras vendas de armas.

"Este governo deu um cheque em branco aos sauditas. O congresso precisa mudar a forma como fazemos negócios com o reino", disse Murphy em um comunicado. O novo esforço é parte de uma disputa sobre a postura dos EUA em relação aos sauditas. Há meses, os congressistas americanos pedem por mais cautela no relacionamento entre os dois países, ao citarem a morte de civis durante a guerra dos sauditas no Iêmen e o assassinato do jornalista Jamal Khashoggi. Em abril, o presidente Donald Trump vetou a legislação que pretendia acabar com a ajuda militar para o conflito no Iêmen.

De acordo com os senadores, a resolução a ser apresentada na segunda-feira vai citar a Lei de Assistência ao Exterior, de 1961. O projeto pedirá ao Departamento de Estado que informe dentro de 30 dias sobre as práticas de direitos humanos da Arábia Saudita. Com base nesse relatório, o congresso poderia votar novamente para bloquear as vendas de armas e outras formas de assistência de segurança dos EUA, criando potencialmente outro confronto com Trump. O departamento e a embaixada dos EUA na Arábia Saudita não responderam a e-mails solicitando comentários.


AFP  Correio do Povo

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