Conheça um pouco sobre as 12 astronautas da Nasa que têm chances de entrar para a história em 2024
Por A. J. Oliveira
(Edgar D. Mitchell/NASA)
Estamos nos aproximando do aniversário de 50 anos do pouso da Apollo 11 na superfície lunar, que marcou a primeira vez que humanos pisaram na Lua. E, conforme 20 de julho se aproxima, a Nasa se empenha cada vez mais em consolidar o programa Ártemis – que tem a meta de mandar astronautas de volta ao satélite natural em apenas cinco anos. Desta vez, não serão apenas homens que caminharão por lá: a agência prometeu que, pela primeira vez, uma mulher pisará na Lua.
Até o nome do novo programa foi pensado para dar destaque ao fato: Ártemis era a irmã gêmea de Apolo na mitologia grega. Sendo assim, é muito pouco provável que a Nasa dê para trás com os planos. Mas, afinal, quem será a sortuda que fará a viagem até a Lua – e ganhará, de quebra, um lugar garantido nos livros de história ao lado de Neil Armstrong? É impossível dar um palpite certeiro, já que o projeto ainda dá seus primeiros passos. Apesar da incerteza, especialistas arriscam palpites.
É quase certo que a eleita virá do grupo de 12 astronautas mulheres que já estão em atividade na agência. Elas estão na meia-idade, entre seus 40 e 53 anos, e tem carreiras e habilidades bem variadas. Antes de realizarem o sonho de qualquer criança, elas eram pilotas da força aérea, médicas e cientistas. Foram escolhidas em meio a milhares de pessoas que tentaram entrar para o corpo de viajantes espaciais da NASA desde o final dos anos 1990.
De acordo com antigos astronautas e especialistas no assunto ouvidos pela AFP, a experiência deve falar mais alto nessa escolha. Entre uma novata e alguém que já esteve no espaço, a agência deve priorizar a segunda opção, até por que tempo é curto. Por isso as cinco mulheres que entraram para o programa de astronautas na última turma de 2017 têm bem menos chances de estar nessa primeira viagem. Dentre as 12 candidatas, duas se destacam.
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São Anne McClain e Christina Koch, ambas veteranas de voos espaciais. McClain pilotou helicópteros no exército e estará a bordo da ISS – a Estação Espacial Internacional – até o final de junho. Bem-articulada, com olhar convicto, ela evoca algumas das características clássicas dos recrutas da agência. Já Koch, engenheira aficionada por escalar montanhas, está prestes a bater o recorde de mulher com mais tempo em órbita: 11 meses.
As duas ficaram famosas em março após quase terem protagonizado a primeira caminhada espacial totalmente feminina – mas a Nasa deu uma bela gafe: não tinha duas roupas de astronauta nas medidas adequadas e teve de cancelar.
Duas colegas da mesma turma que elas, a de 2013, também devem concluir seus treinamentos em breve e fazer seu primeiro voo para a ISS. Jessica Meir é bióloga marinha especializada em pinguins, e Nicole Mann foi pilota de caça no Iraque a no Afeganistão. Qualificação elas também têm de sobra. Em entrevista de 2016, as quatro declararam estar prontas para ir a Marte caso a oportunidade surgisse. Dificilmente diriam um não na cara da Lua.
Como não existe limite de idade para ir ao espaço, outra grande candidata para a missão é Sunita Williams, que completará 58 anos em 2024 e agora se prepara para seu terceiro voo espacial. Apelidada de Suni, ela já pilotou cerca de 30 aeronaves diferentes em seus tempos de carreira militar. Serena Aunon-Chancellor e Kate Rubins também estiveram em órbita recentemente.
Além dessas sete mulheres, as outras cinco continuam na ativa, mas não voam desde 2010. No final das contas, o processo de escolha é meio turvo e nem sempre é fácil saber o que se passa na cabeça da Nasa nessas horas. É difícil prever quem será a primeira mulher a pisar na Lua em 2024. Mas uma coisa é certa: quem quer que ela seja, jamais será esquecida.
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