Na Capital, o índice de nascimentos de bebês prematuros é de 12,6%, no Brasil é de 12,4%
Dados foram apresentados no lançamento da Frente Parlamentar | Foto: Guilherme Testa
Porto Alegre possui uma taxa de prematuridade de 12,6% acima da média do Brasil e do Rio Grande do Sul. O nascimento de bebês prematuros no país corresponde a 12,4% – o índice é o dobro dos países da Europa – e no Estado chega a 12%. Nascem no país um total de 931 prematuros por dia, o equivalente a 40 por hora, de acordo com o Ministério da Saúde.
Os dados foram apresentados nessa sexta-feira pela diretora executiva da Associação Brasileira de Pais, Familiares, Amigos e Cuidadores de Bebês Prematuros, Denise Suguitani, que participou do lançamento da Frente Parlamentar da Prematuridade realizada na Câmara de Vereadores.
Prevenção
O ciclo completo de uma gestação dura cerca de 40 semanas e o bebê que nasce com menos de 37 semanas é considerado prematuro e pode apresentar características como baixo peso, pele fina, brilhante e rosada, cabelo bem ralo e orelhas finas e moles. A cabeça é desproporcionalmente maior do que o corpo e a criança tem poucos reflexos de sucção (mamar) e deglutição (engolir).
Segundo Denise, a prematuridade tem que ser trabalhada desde a prevenção, e a temática deve ser inserida no cuidado pré-natal. Ela defendeu ainda uma discussão com relação à licença maternidade estendida às mães de bebês prematuros. “É importante a capacitação das equipes de UTI Neonatal dos hospitais para um melhor atendimento dos bebês prematuros”, completou.
O vereador Mendes Ribeiro (MDB), proponente da Frente, afirmou que a prematuridade de bebês está ligada a 53% dos óbitos no primeiro ano de vida, respondendo por, pelo menos, 12 mil mortos por complicações logo após o parto. “Este é um tema que precisa ser tratado com atenção por todas as esferas da administração pública”, frisou.
Conforme o parlamentar, os prematuros são propensos a doenças graves ou morte durante o período intraparto e neonatal. Com o tratamento e os cuidados adequados, os riscos e possíveis deficiências podem ser reduzidos”, acrescentou Mendes Ribeiro.
Correio do Povo
RIO DE JANEIRO
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