quarta-feira, 26 de junho de 2019

Lucro da Caixa cresce 6% no 1º trimestre, para R$ 3,9 bilhões

por Danielle Brant

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Companhia registrou aumento na receita com serviços e diminuiu provisão para calotes

O lucro recorrente da Caixa Econômica Federal cresceu 6% no primeiro trimestre do ano, para R$ 3,87 bilhões, com aumento da receita de prestação de serviços, redução na provisão para calote e apesar de uma queda de 2% na carteira de crédito do banco.

O lucro recorrente exclui efeitos extraordinários de receita ou despesa. Já o lucro contábil cresceu 23%, para R$ 3,9 bilhões, também em comparação com o primeiro trimestre de 2018.

Segundo o presidente do banco,  Pedro Guimarães, a recuperação judicial da Odebrecht não impactou o resultado do trimestre. Para ele, "era óbvio que a recuperação judicial da Odebrecht era iminente" e, por isso, 95% do provisionamento para as perdas já foi feito no balanço referente a dezembro de 2018.

"Já teve perda com a recuperação judicial, mas no balanço não haverá, ou haverá residual. Só haverá se as garantias de terrenos forem a zero."

Ele afirmou ainda estar tranquilo com o nível de provisionamento do banco para calote de empresas do tipo --de acordo com o presidente da Caixa, há pelo menos mais dez empresas perto de entrar em recuperação judicial. "Estamos muito tranquilos com relação a muitas empresas que não têm condições."

De janeiro a março, as receitas com prestação de serviços aumentaram 2,3%, para R$ 6,5 bilhões –nos 12 meses até março, a inflação acumulada medida pelo IPCA (índice oficial de preços) foi de 4,58%. A elevação ocorreu pela alta de 19,8% na receita de serviços com fundos de investimento, com a migração de clientes que antes aplicavam em títulos de renda fixa, e pelo aumento de 8,5% nas receitas de convênios e cobrança bancária.

A inadimplência no primeiro trimestre recuou para 2,47% em relação aos três primeiros meses do ano passado. A melhora do calote ajudou o banco a reduzir em 24,4% a provisão para devedores duvidosos, que caiu para R$ 2,8 bilhões.  Na comparação trimestral, no entanto, houve alta: no quarto trimestre de 2018, o índice estava em 2,18%. ?

Segundo a Caixa, a queda reflete a diminuição de R$ 14,4 bilhões na carteira de crédito e a mudança na composição dessa carteira, agora concentrada em empréstimos de risco baixo.

A carteira de crédito do banco recuou 2% em um ano, para R$ 685,8 bilhões, impactado pela queda de 18% nos empréstimos para pessoas físicas e jurídicas. Em relação ao quarto trimestre, a queda foi de 1,3%.

O lucro do banco também foi influenciado pela redução das despesas administrativas na comparação com o quarto trimestre, com um programa de demissão voluntária e devolução de prédios comerciais no país. A Caixa estima que o PDV deve gerar uma economia anual de R$ 716,1 milhões. Na base anual, entretanto, as despesas com pessoal subiram 10,6%, para R$ 5,7 bilhões.

Em junho, a Caixa lançou programa de renegociação de dívidas imobiliárias em atraso e cortou juros no financiamento habitacional.

O banco quer recuperar R$ 1 bilhão com a regularização, de um universo de R$ 10,1 bilhões de dívidas em atraso de 5,2 milhões de contratos ativos --entre eles, do programa Minha Casa, Minha Vida, embora o banco não detalhe o número total desses imóveis na renegociação.

Em maio, a Caixa anunciou um programa de renegociação que deixava de fora débitos com garantia, como crédito habitacional. O banco também exige que o cliente tenha em mãos o dinheiro para pagar o valor acertado com o banco. A ideia é recuperar R$ 1 bilhão.
Até agora, segundo o presidente, foram recuperados R$ 200 milhões, que serão contabilizados no resultado do banco no segundo trimestre. “Todas as dívidas valiam zero no balanço, então qualquer entrada é 100% resultado, receita.”

Fonte: Folha Online - 24/06/2019 e SOS Consumidor


CONTAGEM REGRESSIVA
XVIII- 174/18 - 24.06.2019

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PENÚLTIMA ETAPA

Tudo indica que acontece nesta semana, na Comissão Especial, a votação do relatório da importante REFORMA DA PREVIDÊNCIA. Vencida esta etapa, a rumorosa e necessária PEC estará, enfim, pronta para ser apreciada e votada, em plenário, a partir da primeira semana de julho, segundo admite o presidente da Câmara, Rodrigo Maia.

NOVA ERA ECONÔMICA

Pois, dependendo daquilo que resultar do projeto original, a aprovação da REFORMA DA PREVIDÊNCIA se oferece como a grande oportunidade para que o nosso empobrecido Brasil ingresse numa NOVA ERA ECONÔMICA, dando, quem sabe, por encerrado o longo período de VACAS MAGRAS ordenadas cuidadosamente pelo fatídico governo petista.

NOVA MATRIZ ECONÔMICA BOLIVARIANA

Aliás, neste aspecto é sempre bom lembrar que ao longo dos mandatos de Lula e Dilma, a economia brasileira iniciou, de forma intencional, uma decisiva e muito bem estudada caminhada em direção ao abismo. A pá de cal, que levou os mais resistentes a se conscientizar da crucial rota do fracasso, foi a adoção da NOVA MATRIZ ECONÔMICA BOLIVARIANA, que liquidou por completo com o tripé que sustentava o Plano Real.

ENDIVIDAMENTO

As DESTRUIDORAS MEDIDAS ECONÔMICAS, como se sabe, não apenas acabaram  por completo com os VOOS DE GALINHA, que até então era a característica do arrastado desempenho das atividades produtivas do País, como elevaram brutalmente o ENDIVIDAMENTO DO TESOURO: o percentual sobre o PIB, que em 2014 estava em 51,5% pulou para 78,8% no final de 2018.

EFEITOS IMEDIATOS

A adoção da MATRIZ ECONÔMICA BOLIVARIANA produziu efeitos imediatos: o PIB do biênio 2015/2016 recuou 7%, elevando significativamente a TAXA DE DESEMPREGO, que atinge mais de 13 milhões de brasileiros. Mais: reduziu a TAXA DE INVESTIMENTO para pouco mais de 15%, dificultando sobremaneira a recuperação no curto e médio prazo.

CORTE DAS DESPESAS DISCRICIONÁRIAS ESGOTADO

Como não há a menor possibilidade de cortar DESPESAS OBRIGATÓRIAS, e o corte das DESPESAS DISCRICIONÁRIAS se encontra totalmente ESGOTADO, o pouco que ainda sobrava da terrível e impactante CARGA TRIBUTÁRIA levou a zero a TAXA DE INVESTIMENTO DO SETOR PÚBLICO.

E tem gente que ainda não admite a REFORMA DA PREVIDÊNCIA. Pode?


MARKET PLACE

CONTAGEM REGRESSIVA DA REFORMA DA PREVIDÊNCIA -
- Rodrigo Maia disse que tem expectativa de votar o relatório da Previdência até quinta-feira e, assim, a proposta fica pronta para plenário na 1ª ou 2ª semana de julho;
- Ministro chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disse que o governo deve superar os 330 votos para aprovar a reforma da Previdência no plenário da Câmara.
FOCUS- Os economistas ouvidos pelo Banco Central - Boletim Focus-reduziram a estimativa para o crescimento do PIB para 2019 pela 17ª vez seguida, de 0,93% para 0,87%. 

Já a projeção mediana para o IPCA ao final de 2020 apresentou redução de 4,00% para 3,95%, enquanto as expectativas para 2021 e 2022 ficaram estáveis em 3,75%.

ESPAÇO PENSAR+

Eis o texto do pensador Percival Puggina - OS COMUNISTAS E AS CRIANCINHAS -:
Em fins de 2016, num surto de invasões de escolas, estudantes secundaristas passaram o cadeado em milhares delas. Protestavam contra tudo e todos: Temer, o governador do Estado, o diretor do colégio, o preço do chicabom. Ainda que as articulações fossem levadas a débito das uniões estudantis secundaristas, seria ingenuidade supor que, por trás, não agissem militantes dos partidos políticos fazedores de cabeças nas salas de aula do país.
Uma foto de jornal ficou-me na memória como representação dessa realidade. Ela foi tirada no pátio de uma escola invadida (o número de invasores era sempre ínfimo em relação ao total de estudantes, mas, como em tudo, a minoria impunha sua vontade às lenientes autoridades). A imagem mostrava um grupo de adolescentes atentos a um adulto que lhes falava. Poderia não ser um professor? Estaria ele convencendo os alunos a desocuparem a escola? Aproveitava ele o tempo para transmitir aos seus pupilos os encantos da matemática ou da análise sintática? Três vezes não. Há uma voracidade dos professores de esquerda em relação à captura e domínio da mente dos alunos.
          No meu tempo de estudante, a expansão do comunismo e a Guerra Fria mantinham o mundo em sobressalto. O pouco que vazava para o mundo livre sobre os bastidores da Cortina de Ferro era suficiente para que o Ocidente se enchesse de receios. Minha geração viveu intensa e longamente essa realidade. Houve um momento, nos anos 60 do século passado, período da disputa tecnológica espacial e de multiplicação das armas nucleares, no qual muitos creram ser inevitável a vitória do comunismo, a ele aderindo para estar com os vencedores. Uma parte da esquerda brasileira foi formada nesse adesismo. O regime vermelho era organizado, centralizado, totalitário, agia com objetividade, não dava espaço para divergências nem perdia tempo com discussões. Não contabilizava vítimas e tudo que servisse à causa era eticamente bom. Brecht não tinha dúvida alguma.
No entanto, nem mesmo o terror e o genocídio de uma centena de milhões deram consistência e sustentaram um sistema intrinsecamente mau e incompetente. A partir dos anos setenta, o gigante começou a expor a argila mole sob seus pés. E foi por essa época que a esquerda ocidental, visando amainar com falsa ironia os temores que durante tanto tempo havia causado, passou a usar uma expressão que, de tão repetida, se tornou famosa: “Comunistas, não comem criancinhas”.
Por serem comunistas, não. Mas a fome que produziram nos primeiros anos da década de 20 do século passado (fome de Povolzhye), com a estatização da produção de grãos, levou ao comércio de cadáveres e não parou por aí. Os relatos são tão tenebrosos que prefiro saltar essa parte. Ademais, como não enfrentavam pessoas, mas classes e grupos sociais, na URSS, na China, na Coréia do Norte, no Vietnã, lotadas as prisões e os sanatórios políticos, os governos comunistas dizimaram populações inteiras, criancinhas aí incluídas.
          A frase, porém, foi trabalhada para se constituir num atestado de boa conduta: os comunistas não comem criancinhas. Eles diziam e as pessoas riam. Mas o que faziam os comunistas com as criancinhas? Bem, aí é importante saber que o processo de doutrinação começava por elas, com a eliminação do ensino privado, com a supressão de todo o pluralismo e com a uniformização pedagógica. Em suas escolas só se ensinava uma doutrina, se reverenciava um só grupo de líderes e se insuflava o ódio e a delação contra os inimigos externos e internos do regime (incluídos nestes os próprios pais, se fosse o caso). Ao ministrar uma doutrina intrinsecamente materialista e má, furtavam a alma e envenenavam as mentes.
          Exceção feita à delação de familiares, as coisas ainda são basicamente assim em Cuba. Na maior parte do Ocidente, porém, as estratégias evoluíram muito com os ensinos de Luckás, Gramsci, Foucault, Althusser, Adorno, Marcuse, Habermas e a correspondente ocultação dos que deles divergem, como Voegelin, Scruton, Aron, Russel Kirk, Revel e tantos outros. Ora são sutilezas paulofreirianas, ora é a manipulação do material didático, ora são os esforços em aplicar a ideologia de gênero. Chega-se, assim, à universidade dita pública, mas privatizada, levada de modo permanente àquela condição das escolas secundaristas tomadas pelos estudantes e seus apoiadores. É o magistério da revolta e da pretensa superioridade moral da tolice acadêmica. A universidade pública brasileira foi canibalizada. E eu não preciso dizer por quem.

FRASE DO DIA
A ausência da evidência não significa a evidência da ausência.

Carl Sagan

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