Líder do governo não deu detalhes das mudanças que serão apresentadas
Joice não deu detalhes das mudanças que serão apresentadas, mas adiantou que alguns pleitos de categorias policiais | Foto: Pablo Valadares / Câmara dos Deputados / CP
A líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP), afirmou nesta segunda-feira que as mudanças previstas para o relatório da reforma da Previdência, que deve ser votado pela comissão especial da Câmara nesta semana, aumentarão em "alguns bilhões" a economia esperada para a proposta. "Já houve um acréscimo de alguns bilhões à economia estimada no relatório apresentado em relação ao que será votado. Estamos com uma expectativa boa porque estamos muito perto de uma economia de R$ 1,1 trilhão", disse. O valor mencionado pela deputada corresponde ao total que havia sido previsto pela equipe econômica do governo quando a reforma foi encaminhada para o Congresso.
Joice não deu detalhes das mudanças que serão apresentadas, mas adiantou que alguns pleitos de categorias policiais - como a pensão integral por morte - e o pagamento do Benefício de Prestação Continuada para pessoas portadoras de doenças raras foram contemplados. A deputada afirmou que o porta-voz da Presidência, general Otávio Rêgo Barros, anunciará as alterações nesta segunda ou terça-feira. Há a previsão de que ele conceda uma coletiva à imprensa no fim desta tarde.
Em relação à reinclusão dos Estados e municípios na reforma, a parlamentar explicou que isso só deverá acontecer na discussão em plenário e se os governadores conseguirem entregar os votos de suas bancadas. "Temos que pensar em Brasil, queremos que todos coloquem a sua digital na proposta", disse. Questionada sobre se o governo já estima que tem votos suficientes para aprovar a reforma na Câmara, Hasselmann afirmou que não iria confirmar um placar.
"Existe um mapeamento, não é de hoje, sobre os votos para a Previdência e atualizamos dia a dia, porque o Congresso Nacional tem o humor muito sensível e a gente pode ganhar ou perder votos numa movimentação pequena. Mas não vou cometer a ingenuidade de cravar os votos aqui. Estamos em busca de mais votos e queremos ainda aperfeiçoar o texto que será votado", disse.
"Queremos ter de 10% a 15% mais (votos) do que o que a gente precisa. Em sua maioria, os líderes estão de acordo com esse texto e isso ajuda demais. Estamos trabalhando com um número maior do que o necessário para ter volume para aprovar", acrescentou. De acordo com a deputada, a expectativa é de que a reforma previdenciária possa ser analisada pelos deputados no plenário da Casa na primeira semana de julho para que, se houver necessidade, a votação seja concluída na segunda semana, antes do início do recesso parlamentar.
Agência Brasil
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