domingo, 30 de junho de 2019

Glenn Greenwald publica supostas mensagens da Lava Jato com “erro de edição” e datas incorretas


Reprodução | Kaitlyn Flannagan | Observer

Nesta sexta-feira, o The Intercept divulgou novos conteúdos sobre supostas conversas atribuídas a procuradores do Ministério Público Federal a respeito do então juiz da Lava Jato Sergio Moro, que atualmente ocupa a função de ministro da Justiça e Segurança Pública.

Em seu Twitter, Glenn publicou uma prévia das próximas mensagens que seriam divulgadas pelo Intercept.

No entanto, no print publicado em sua página (confira o arquivo salvo aqui), uma frase é atribuída ao procurador Ângelo Goulart Vilella, representante do MPF que chegou a ser preso em 2017.

Algum tempo depois, Glenn excluiu a publicação e fez um novo tweet alterando o nome do procurador para Ângelo Augusto Costa.

Questionado pelos seguidores, Glenn declarou que a alteração nos nomes “foi um erro de edição apanhado pela checagem de fatos antes da publicação”.

Além disso, na matéria do Intercept também existiam diálogos com datas incorretas.

No site, há até uma mensagem vinda do futuro – 28 de outubro de 2019, que em seguida foi corrigida para 28 de outubro de 2018.

BREVE ANÁLISE DO CASO

Integrantes do The Intercept alegam que as conversas são transcritas a partir de uma fonte original.

Contudo, ações assim deixam evidente que qualquer material pode ser inserido/editado/tirado de ordem ou contexto.

O tal ‘erro de edição’ relatado por Glenn deixa muito claro para o público que é fácil tirar conversas de contexto, omitir vírgulas, mudar nomes, etc.

A ausência de zelo ao tratar o material e a pressa para divulgar os matérias, evidência a vulnerabilidade dessas acusações.

Além disso, os conteúdos divulgados pelo site mostram que os procuradores demonstram total respeito por Moro, que na suposta ocasião apenas demonstraram preocupação com a imagem de isenção que poderia ser arranhada perante a opinião pública, como bem pontuou o Leandro Ruschel.

De qualquer maneira, se os diálogos veiculados de fato aconteceram, o The Intercept entrou em contradição, pois acabou revelando que não havia conluio entre Moro e procuradores.

Isso prova claramente que eles não formavam um time.


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