sexta-feira, 28 de junho de 2019

Conselho Monetário Nacional define meta de 3,5% para inflação em 2022

Índice segue planejamento dos últimos anos de redução escalonada de 0,25 ponto percentual

Paulo Guedes liderou reunião que definiu novo índice

Paulo Guedes liderou reunião que definiu novo índice | Foto: Cleia Viana / Agência Câmara / CP

O governo fixou, nesta quinta-feira, em 3,5% a meta de inflação a ser perseguida pelo Banco Central em 2022. A margem de tolerância para o cumprimento da meta será de 1,5 ponto porcentual para mais ou para menos. Desta forma, a inflação de 2022 será considerada formalmente cumprida se ficar entre 2% e 5%. Entre 2005 e 2018, a meta foi mantida em 4,5%. Nos anos seguintes, foi reduzida em 0,25 ponto porcentual a cada ano, passando de 4,25% em 2019 para 3,75% em 2021.

A decisão foi tomada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), órgão que reúne o ministro da Economia, Paulo Guedes, o secretário especial da Fazenda, Waldery Rodrigues, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. A projeção para 2022 está abaixo da projeção feita pelo mercado até aqui. De acordo com o último relatório Focus (pesquisa semanal do BC com instituições financeiras), a expectativa é de um avanço de preços de 3,75%.

O principal instrumento usado pelo Banco Central para cumprir a meta de inflação é a taxa básica de juros da economia, a Selic, definida a cada 45 dias pelo Comitê de Política Monetária (Copom). A Selic serve como referência para os juros de toda a economia. Ao reduzir ou elevar a taxa, o BC busca influenciar nas taxas cobradas pelos bancos, na disposição de consumo e investimento das famílias e na quantidade de dinheiro em circulação no mercado. Caso a inflação fique fora do intervalo de tolerância da meta, o presidente do BC precisa divulgar uma carta aberta à sociedade, explicando por que a instituição falhou.


Estadão Conteúdo e Correio do Povo



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