Cláudio R Garciaclaudiorgarcia
“Roberto Alvim, proprietário do teatro, em uma entrevista exclusiva, conta sua trajetória e conta as perseguições e os ataques agressivos que sua família vem sofrendo após declarar apoio ao presidente Jair Bolsonaro e admiração pelo professor Olavo de Carvalho e resultaram no boicote ao seu teatro.”
O teatro Club Noir, que está situado na Rua Augusta em São Paulo desde 2008, vem sofrendo ataques diretos após o proprietário Roberto Alvim, manifestar publicamente apoio ao presidente Bolsonaro nas eleições de 2018. Os ataques envolvem xingamentos e falsas acusações, palavras conhecidas para quem já foi perseguido pela esquerda que grita por democracia: fascistas, reacionários e falas de baixo calão, típico da classe que os profere.
A guerra cultural, começou com o massacre da classe artística, quase toda, que está promovendo uma campanha para assassinato de reputação, títulos como homofóbicos, racistas, nazistas e fascistas fazem parte dos ataques direcionados ao casal Roberto Alvim e Juliana Galdino.
Roberto relata que após a promoção negativa da classe artística os cursos, que eram lotados, esvaziaram, os alunos desapareceram. A última turma, que contou com dez alunos, desistiram do curso no primeiro dia devido às acusações de racismo direcionado a Juliana. Alunos que estudaram teatro com o casal relatam estarem sob pressão da classe teatral. Os ataques tomaram conta das redes sociais. Roberto desabafa que após tanto prejuízo moral está impossível manter o teatro e avisa em suas redes sociais: no dia 25 fecharemos as portas.
O Club Noir tem o custo de 13 mil reais mensais que incluem despesas básicas de aluguel, água, luz, IPTU; e era custeado pelas aulas ministradas. Ele relata “imensas dificuldades mas com alegria e perseverança”. Roberto completa: “Não me arrependo nem por um instante desse apoio, embora saiba que as consequências de nosso amor pela verdade sejam duras.”
A dois meses atrás o Sesc Mariana, em São Paulo, cancelou a estreia peça “Aurora”, a peça tinha estreia programada para o dia 26 de julho e tinha patrocínio da instituição. O acordo firmado, consta em e-mails e ligações trocados com a gerência geral e teve início em dezembro de 2018. Os atores e demais técnicos já estavam convocados e o ensaio já tinha data de início.
Roberto relatou, por meio da rede social, que um funcionário do Sesc havia escrito uma declaração na mesma rede para criticá-lo pelo apoio ao Bolsonaro e sua admiração pelo professor Olavo de Carvalho, afirmando na declaração que Roberto promovia discursos de ódio contra mulheres, gays, classe teatral e minorias. Outros funcionários do Sesc e artistas manifestaram apoio à declaração mal intencionada e propuseram uma defenestração. Roberto mantém todos os prints salvos.
Apesar das ligações de Roberto, o funcionário não respondeu, Roberto tentou contato pelo whatsapp onde afirmou que se tratava de uma propagação mentirosa e rompeu relações pessoais com o mesmo.
O superintendente de comunicação do Sesc, Ivan Giannini tentou colocar panos quentes no caso e declarou que “O comunicado enviado à Alvim foi no sentido de modificar eventualmente uma agenda. Foi cancelado no período que estava proposto, mas não de forma definitiva”. A peça não foi remarcada!
O único diretor brasileiro que, desde de 2018, manifesta apoio ao Bolsonaro, se declara publicamente cristão, conservador e nacionalista e acumula um currículo espetacular:
Roberto Alvim é professor de Artes Cênicas a 19 anos, lecionou em diversas instituições e universidades no Brasil, na Argentina, no México, na Bélgica e na Alemanha.
Em 29 anos de carreira, encenou em mais de 100 espetáculos em diversos países que incluem Brasil, Alemanha, Bélgica, Suíça, México, França e Argentina.
Foi indicado diversas vezes e ganhou todos mais importantes prêmios do teatro brasileiro como APCA, BRAVO, SHELL, QUESTÃO DE CRÍTICA, GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO, APLAUSO, dentre outros.
Nos últimos dez anos atingiu um mérito não igualado por outro encenador: foi eleito três vezes como o melhor diretor do ano nos jornais O Globo, Folha de São Paulo e Estadão.
Em 12 anos do Club Noir encenou obras clássicas de autores como Ésquilo, Harold Pinter, Kafka, Jean Genet, Ibsen, Nelson Rodrigues, Samuel Beckett, Lorca, Shakespeare, dentre outros. Além de autores contemporâneos como Richard Maxwell, Herta Muller, Gregory Motton e dezenas de novos dramaturgos brasileiros. A ópera A Voz Humana, com libreto de Jean Cocteau, já foi encenada lá.
O Club Noir foi inaugurado com a peça O Quarto – do prêmio Nobel Harold Pinter – essa peça os levou ao Prêmio Bravo! de melhor espetáculo do ano. Um grupo de críticos da Folha de São Paulo, elegeu o Club como Melhor Espetáculo de Teatro em 2010: Triptico Richard Maxwell, e em 2012: Peep Classic Ésquilo, ambas sob direção de Roberto. O diretor cita que Peep Classic venceu o Prêmio APCA e o Prêmio Governador do Estado.
No ano de 2014, o teatro foi considerado Patrimônio Cultural da Cidade de São Paulo. Sediou dezenas de oficinas de dramaturgia, atuação, história da arte e história do teatro. Formaram centenas de artistas nessas oficinas, que resultaram montagens que entravam em cartaz no projeto Paralela Noir.
Por diversos anos o foyer do espaço recebeu bandas de jazz, rock e MPB, exposições de artes plásticas e fotografias, lançamentos de livros e uma coleção de dramaturgia brasileira contemporânea que produziram junto a editora 7 Letras.
Entre inúmeras ofensas, encontramos elogios emocionantes que pedem a continuidade do teatro, atribuem a carreira ao ensinamento adquirido com o casal, falam da importância do teatro para cultura paulistana e para cultura artística brasileira. Um diretor, mesmo se considerando esquerdista, repudia os ataques da esquerda e afirma que a existência da dupla é essencial. Um ex aluno diz em anonimato que sofreu retaliações da academia em 2017, afirma ter grande dificuldade em encontrar orientação para o seu trabalho.
Roberto agradece a quem esteve envolvido com o Club Noir e conta que tentou buscar ajuda buscando patrocinadores, pediu que custeassem apenas as despesas básicas (aluguel e contas) para apenas manter o espaço aberto e que em troca ele ofereceria à população gratuitamente todas as atividades do Club, incluindo espetáculos e oficinas; mas não houve interesse de notórios empresários.
E-mails de haters tomam sua caixa, um diz “Acompanhei pelo Facebook sua conversão de artista niilista arrogante, porém reconhecido por seu talento, em olavete nacionalista cristão e conservador.” Cita o Ministro Paulo Guedes, o pastor Silas Malafaia e o professor Olavo de Carvalho e profere inúmeras palavras escrúpulas.”
Ex admiradores, hoje fazem comentários imbuídos no ódio ideológico. Vejam as frases: “Roberto Alvim e Juliana Galdino estão mortos para a cultura brasileira”. “Eles nada são, e para o nada irão”. “Vcs não estão entendendo? Roberto Alvim JÁ perdeu tudo!”
O casal que tem sido massacrado, que têm visto toda uma vida, pelo posicionamento a favor do atual presidente Jair Bolsonaro, ser devastada pelo ódio da ideologia destrutiva dos opositores.
Deixamos aqui um apelo público aos nobres políticos, aos grandes empresários que já se posicionaram politicamente e sabem o peso dessa perseguição perversa, que vejam esse grito de socorro emitido por uma família que está sendo consumida pelo ódio da esquerda brasileira, visando que a capacidade profissional não está sendo levada em conta, está sendo visto única e exclusivamente um ódio que tem promovido um assassinato de reputação.
Como uma pessoa que é um excelente profissional e tem tamanha capacidade, pode do dia para noite ser devastado por grupos ideológicos militantes que controlam a mídia?
Hoje o teatro, as leis audiovisuais e todo mundo artístico tem sido controlado pela esquerda brasileira dentro do projeto gramsciano de divulgação e controle midiático.
Que as autoridades e os empresários possam escutar o apelo; vejam, o mesmo caminho que a esquerda usa para dominar o meio cultural, precisa usar-se do mesmo caminho para repreendê-los. Os líderes, empresários, homens de poder, devem entender o quanto a arte e a cultura influencia a vida de um povo, o quão é importante termos pessoas do gabarito do Roberto – e outros artistas – que precisam de incentivo no meio cultural para que façam uma frente de batalha contra o que está instituído hoje.
William Shakespeare citou: “A arte é o espelho e a crônica da sua época.” – Acrescento: Se não houver uma arte imparcial e justa, qual será a crônica da nossa época?
Terça Livre
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