quarta-feira, 26 de junho de 2019

Alimentos como tomate e o alho sofrem alta no preço

por Marina Cardoso

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O DIA percorreu pelo menos quatro supermercados onde o quilo do tomate chega a R$ 9 e o do alho até R$ 24

Rio - Para as compras de mercado não pesar tanto no bolso do consumidor, o tomate e o alho devem ficar de fora da lista de compras. Isto porque nos últimos meses os dois alimentos inflacionaram e se tornaram o vilão. Os preços aumentaram em várias redes varejistas.

O DIA percorreu pelo menos quatro supermercados onde o quilo do tomate chega a R$ 9 e o do alho até R$ 24.  

De acordo com o economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre-FGV) e coordenador do IPC, André Braz, o alimento que mais tem sofrido com o aumento nas últimas semanas é o alho. "Duas razões que podem explicar esse crescimento são por conta da sazonalidade e do câmbio, já que boa parte do alho que consumimos é internacional e a desvalorização do real tem um peso grande nesse fator", explica o economista.

No mês passado, o item subiu 13,5% e, segundo o economista, ele vai continuar subindo nas próximas semanas. "Nos próximos dias pode aumentar ainda mais, já que foi registrado só na última semana o aumento de 4,8%", afirma.  

Já o tomate o que pode explicar o preço elevado é a safra. Comparado ao mesmo período do ano passado, o aumento foi de 40%. "Nós tivemos um verão rigoroso, com perdas, o que explica esse aumento. Recentemente houve uma queda no preço, mas o item ainda está muito alto e não apaga a inflação dos últimos 12 meses", afirma Braz.  

Os preços devem ficar mantidos por pelo menos dois meses. Enquanto estiver mais caro, o consumidor pode tentar substituir o alimento por outros. O nutrólogo José Alexandre Portinho explica que há outros itens com o mesmo valor nutricional e que estão em baixa no mercado. "A batata doce, chuchu, repolho e mesmo a  abobrinha estão com o valor mais em conta e dão toda a parte nutricional existentes nos alimentos em alta. Vale os consumidores fazerem essa troca", orienta. 

"Para não prejudicar a receita familiar, o morador deve comprar em quantidades menores. O tomate é mais fácil de substituir. Como é um produto perecível, se o consumidor evitar comprá-lo pode ser que o preço caia logo", afirma Braz. 

O estudante Leonardo Pantoja, de 24 anos, precisou cortar os dois alimentos da lista de compras. "Os preços estão muitos altos. Como eu moro sozinho, preciso ter muito atenção aos gastos excessivos. Por isso, estou levando uns dois", explica.  

A aposentada Jurema Peres, de 64, substituiu os alimentos por outros na hora de cozinhar. "É um absurdo pagar tanto pelo tomate e alho. O que fiz foi mudar por um molho refogado e diminui consideravelmente a quantidade de alho nas refeições", explica.

Fonte: O Dia Online - 24/06/2019 e SOS Consumidor


ENSAIO DE PARLAMENTARISMO
XVIII- 175/18 - 25.06.2019

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PARLAMENTARISMO

Entre tantas coisas que a longa tramitação da PEC da NOVA (OU VELHA) PREVIDÊNCIA propiciou, uma delas foi a saudável demonstração do quanto seria vantajoso para o nosso empobrecido Brasil a adoção do SISTEMA PARLAMENTARISTA DE GOVERNO.

FLEXÍVEL

Vejam que, enquanto o SISTEMA PRESIDENCIALISTA impõe, rigidamente, que o presidente cumpra o seu mandato até o fim, independente das crises que venha a enfrentar ao longo de seu mandato, no SISTEMA PARLAMENTARISTA, por ser FLEXÍVEL, o primeiro-ministro (chanceler) pode ser trocado com rapidez e o parlamento pode ser destituído.

TEMA RECORRENTE

A reflexão sobre este recorrente tema é fruto direto da atitude que diversos deputados que integram o chamado CENTRÃO, que resolveram  operar um legítimo PARLAMENTARISMO -BRANCO-, com o claro propósito de assumir o PROTAGONISMO POLÍTICO no que diz respeito às REFORMAS DA PREVIDÊNCIA E TRIBUTÁRIA.

O PODER DA CANETA

Na real, os deputados do CENTRÃO reagiram com esta forma de PARLAMENTARISMO BRANCO depois que o presidente Bolsonaro declarou ter a caneta mais poderosa do que a do presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Em tom de provocação, o CENTRÃO deixou bem claro que quem realmente governa não é o Executivo, mas o Parlamento.

SUPERPODERES

Ontem, ao tomar conhecimento de um projeto na Câmara que transferiria a parlamentares o poder de fazer indicações para AGÊNCIAS REGULADORAS, Bolsonaro reagiu:  - Pô, querem me deixar como rainha da Inglaterra? Este é o caminho certo?” E arrematou: o LEGISLATIVO, cada vez mais, passa a ter SUPERPODERES.

PARLAMENTARISMO PRETO NO BRANCO

A propósito, eis o oportuno texto do pensador Vinícius Boeira -  PARLAMENTARISMO PRETO NO BRANCO-:
Muito tem se falado ultimamente em Parlamentarismo “Branco”, que o Congresso estaria impondo derrotas ao Presidente da República, forçando uma administração conjunta entre Executivo e Legislativo. A última questão seria a indicação dos presidentes das Agências Reguladoras por parte da Câmara dos Deputados, como ANEEL, ANATEL e todas as outras.
Vejo que esse é o momento crucial para esclarecer o que é e o que não tem nada de sistema parlamentarista. O Sistema Parlamentarista de Governo não é um monólito; difere em muitos aspectos de um país para outro, sempre consagrando as tradições, os costumes e a cultura política e administrativa dos locais onde é adotado; como ocorre com o Presidencialismo. Basta ver que o Presidencialismo brasileiro é muito diferente do presidencialismo adotado na América do Norte.
Contudo, existem alguns pontos de convergência que são fundamentais na definição e formatação do sistema de governo para que possa ser conhecido como um sistema de Gabinete. O primeiro deles indica que deva existir duas figuras distintas e bem definidas que são a Chefia de Estado e a Chefia de Governo. O Chefe de Estado não pode ter conotação política ideológica, tem que ser um representante do Estado-Nação, de todos, da população como coisa una. Sem pender para nenhum posicionamento que não a defesa dos interesses nacionais, para a mantença do território, do bem estar da população e da continuidade do país.
Já o Chefe de Governo, é mais transitório, possui ideologia, deriva da política, é partidário e representa a maioria momentânea, resultado das últimas eleições. Em verdade, o Chefe de Governo é o líder do partido que fez a maioria nas eleições e que por essa razão tem a preferência para a formação do governo com a coalização de outros partidos, até ter maioria no parlamento; para aprovar as suas teses, projetos de lei e implementar as políticas públicas que se sagraram vitoriosos pelo voto popular. A formação do governo inclui a nomeação de ministros e demais cargos políticos de gestão do governo; não da Administração Pública.
Este é um ponto de inflexão; não se pode confundir a figura de presidente da Câmara dos Deputados com a Chefia de Governo, ou Primeiro Ministro. Até mesmo porque no Brasil o Presidente da Câmara não é o líder do partido com maior número de deputados.
A Administração Pública não integra o governo no Sistema Parlamentarista; é um Poder à parte, totalmente profissionalizada e sem possibilidade de nomeações políticas. São todos os cargos preenchidos com critérios técnicos. Um sistema Parlamentarista moderno possui seis Poderes (Chefia de Estado, Governo, Legislativo, Administração, Judiciário e Tribunal Constitucional). Bem diferente do que temos hoje, com três Poderes e uma concentração de poder no Executivo, que é ao mesmo tempo Chefe de Estado, de Governo, e da Administração.
Para governar e conseguir aprovar suas políticas, o Presidente da República brasileiro necessita conquistar a maioria do parlamento negociando ministérios, cargos na administração direta, nas Agências Reguladoras e nas Estatais; o que não ocorre no Parlamentarismo.
O que se vê atualmente é que o Presidente não está disposto a comprar apoio com cargos e o Congresso ambiciona conquistar estes cargos públicos sem a necessidade de apoiar os projetos de quem venceu a eleição presidencial. Na verdade, o que a Câmara deseja é ter a Administração e seus cargos sem ter o ônus de ser governo. Abocanhar os bônus e deixar para o presidente Bolsonaro os ônus. Penso que Parlamentarismo não tem cor, é preto no branco.


MARKET PLACE

ÓTIMA NOTÍCIA - Foi julgada a ADIN proposta pelo NOVO contra o excesso de regulamentação nos aplicativos de transporte privado de passageiros em Porto Alegre.

O Tribunal de Justiça, acolhendo o pedido do NOVO, decidiu que são inconstitucionais as exigências de:
- Emplacamento dos veículos no Rio Grande do Sul;
- Pagamento de taxa (TGO) pelas empresas;
- Prévia autorização e validação pelo Poder Público;
- Compartilhamento de dados privados dos usuários com o poder público;
- Vistoria anual nos veículos;
- Idade máxima para os veículos;
- Limitações operacionais na interface dos aplicativos.

Quem ganha é a sociedade, que terá mais concorrência, preços mais baixos e maior possibilidade de escolha!

ESPAÇO PENSAR+

Eis o texto do pensador Diego Casagrande - POR QUE AS PESSOAS PREFEREM MENTIRAS?

A verdade, por mais cristalina que seja, sempre sofre diante da mentira. A mentira é um inimigo poderoso. Não raro, a mentira é tão envolvente que as pessoas ficam cegas e não veem o óbvio. O ser humano tende, para não se machucar, a acreditar mais em mentiras do quem em verdades.

O psicólogo Leon Festinger já explicou isso com a sua teoria da Dissonância Cognitiva. Segundo ele, há uma necessidade nos seres humanos de procurar uma coerência entre suas cognições – leia-se opiniões, crenças ou conhecimento. Quando há uma incoerência entre as atitudes ou comportamentos que acreditam ser o certo com o que é realmente praticado, ocorre a dissonância. A primeira fase é a negação. Negar a realidade é o mais comum. Na segunda fase muita gente consegue de desvencilhar e encarar a verdade, por mais dolorosa que seja. Mas há uma parcela substancial que vai negar a verdade para sempre. Estes preferirão sempre as mentiras.

Quer maior exemplo do que o golpe do bilhete?

Ainda hoje todos os dias pessoas caem no golpe mais mequetrefe e antigo do país. E por quê? Por que a mentira do ganho fácil, sem esforço, como em um passe de mágica, é simplesmente apaixonante. Se introjeta nas mentes e transforma cidadãos comuns, trabalhadores honestos, em verdadeiros idiotas nas mãos de vendedores de mentiras. Enquanto isso, a dura verdade de que não existe dinheiro fácil, de que dinheiro não dá em árvore e de que viver não é um paraíso, será sempre dolorosa. Uns aceitam, outros não.

A verdade é que não existe almoço grátis, como bem ensinou Milton Friedman. Nada vem sem esforço. A refeição do almoço só chegou ali pelo esforço de muita gente. E se você a tem é porque também se esforçou para isso. Ou seja, para colher é preciso plantar. Então qual a razão de tanta gente atribuir aos outros suas falhas, seus tropeços, suas infelicidades?

Metaforicamente falando, a mentira, não raro, é um delicioso rocambole trufado. Já a verdade muitas vezes é como um limão amargo, de arrepiar até os ossos.

As pessoas, talvez até a maioria, não gostam de ouvir verdades. Verdades tiram da acomodação. É triste constatar que muitos seres humanos são movidos mais a mentiras do que a verdades.

Isso vale para os indivíduos, para as famílias e para os povos de muitas nações, como é o caso do Brasil.

Em nosso país a mentira já foi alçada ao status de cultura. É cultural. O povo prefere acreditar na mentira de que o Estado é capaz de lhe prover tudo, inclusive a felicidade. E por mais que isso seja desmentido todos os dias pela realidade, a maioria prefere negar. É a zona de conforto a qual me referi.

Isso explica porquê os políticos mais mentirosos são sistematicamente eleitos e os que falam verdades inconvenientes se elegerão apenas como exceção. Antes de querer mudar a cabeça dos políticos é preciso mudar a cabeça do povo que os elege.

As pessoas correm como o diabo da cruz de verdades que as desacomodem. Por isso muitas vezes constroem seus castelos em alicerces de mentira. E isso é triste.

O Brasil com déficit anual e crescente de mais de R$ 100 bilhões está quebrado. Meu estado, o Rio Grande do Sul, já tem 1,63 funcionário inativo/pensionista para cada servidor ativo. Lá, o déficit projetado este ano é de mais de R$ 7 bilhões.

Diante da verdade cristalina e inegável de que um colapso está próximo, tem muita gente querendo desidratar a reforma da Previdência, que por si só não resolve o problema. O correto mesmo seria também passar a tesoura em privilégios vergonhosos alcançados ao longo do tempo e marotamente apelidados de direitos adquiridos.

É a turma que não aceita a verdade pois ela dói. O problema é que quando estes abraçam a mentira fazem com que a dor seja sentida por todos, principalmente os mais pobres. É o quadro atual de nosso país, onde a mentira torna-se ainda mais perversa.

De qualquer forma, uma coisa é certa: a verdade pode ser inconveniente mas será sempre verdade. E cedo ou tarde aparece. Não há como fugir dela.

FRASE DO DIA
Aprende melhor quem aprende com os erros dos outros.

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