Substância foi encontrada em roupas usadas por vítimas de ataques, na zona Sul de Porto Alegre
Por Tiago Medina
Cinco ataques com ácido foram registrados em Porto Alegre | Foto: Arquivo Pessoal / Divulgação / CP
Substância detectada pelo Instituto-Geral de Perícia após análise das roupas utilizadas por vítimas dos ataques da semana passada, o ácido sulfúrico causa danos que podem ser irreversíveis na pele humana. Cinco pessoas foram vítimas de ataques, na zona Sul de Porto Alegre.
“É um ácido de alta densidade e com um ponto de ebulição muito alto. Então, ele se torna bastante corrosivo”, explicou o professor de química na Ufrgs Aloir Antônio Merlo. “É um reagente inorgânico que absorve muito a água.”
O contato do ácido com a pele humana decompõe materiais orgânicos presentes, o que acaba por escurecer a pele. “Primeiro há uma queima, numa reação exotérmica, e, em seguida, potencializa reações em cadeia. O efeito é devastador para a pele”, comentou Merlo.
Em caso de contato, o professor recomenda lavar o local atingido imediatamente com muita água para amenizar o efeito. No entanto, dependendo da quantidade, as consequências podem ser graves, de acordo com o professor. “O material que decompõe não tem como regenerar de modo natural. Será preciso consultar um médico.”
A Polícia Civil investiga os casos de ataque. Diretor da Delegacia de Polícia Regional de Porto Alegre (DPRPA), o delegado Fernando Soares reiterou que qualquer informação sobre o suspeito dos ataques seja repassada, com garantia de anonimato, ao telefone 197 da Polícia Civil e ao (51) 3242-1108 do plantão da 13ª DP, ambos atendendo nas 24 horas.
Correio do Povo
POLÍCIA
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