Proprietário da Havan afirmou que para seguir abrindo lojas, a Reforma da Previdência precisa ser aprovada.
A 7ª Feira Brasileira do Varejo recebeu, na abertura do Congresso Brasileiro do Varejo, Luciano Hang, proprietário da loja Havan. O empresário ministrou a palestra Acredite, tudo é possível. A Havan está em 17 estados brasileiros, com 125 lojas, sendo duas no Rio Grande do Sul, em Passo Fundo e Caxias do Sul. Nos próximos meses estão previstas unidades em Rio Grande, Ijuí, Pelotas e Viamão. Em 2018, a loja de departamento faturou R$ 7,3 bilhões e a previsão deste ano é de R$ 12 bi.
Durante a manhã, Hang contou sua trajetória pessoal e profissional, motivando os empreendedores a estarem sempre pensando em mudanças, e reiterou suas já conhecidas críticas aos governos de esquerda e à imprensa. “Chega de populismo, de pessoas falando o que os outros querem escutar. Nós precisamos mudar o Brasil e cada um que está aqui deve fazer sua parte”, afirmou o empresário. Para mudar, Hang apontou que é necessário sair da zona de conforto e não ter medo de arriscar. “Empreendedor é aquele que assume o risco. Não tenham medo do que você vai falar ou se está certo ou errado, execute a ideia, se não deu certo, volte para trás e faça de novo”.
“Não adianta reclamar que os impostos estão altos e a burocracia terrível. Tem que ir atrás e resolver os problemas. Todo mundo paga os mesmos impostos e passa pelas mesmas burocracias”, destacou Hang. O empresário conta que o sucesso da Havan se dá por ele não trabalhar pensando no dinheiro, mas, sim, por ver o dinheiro como um retorno do trabalho que é bem feito.
Já sobre os períodos de crise, Hang considera que são uma oportunidade de crescimento para os negócios. “Sou louco pela crise, pois faz você pensar, ser diferente e melhor. A crise nos ajuda a sair da zona de conforto”, disse o empresário, afirmando que o Brasil ainda vive os efeitos colaterais da crise iniciada em 2015. Atualmente, Hang se considera um empresário de sucesso, pois gera empregos, o que, segundo ele, é o que o país mais precisa atualmente. A Havan conta com mais de 16 mil colaboradores e o objetivo é terminar o ano com cerca de 20 mil. Neste ano, a empresa cresceu 65%, contou o empresário.
Sobre o futuro do varejo e a transformação digital, Hang afirma que a tecnologia auxiliará a vender mais, a incentivar o empreendedor a pensar e a fazer de maneira diferente e oferecerá um atendimento melhor ao cliente. Entretanto, o Brasil não está atrás dos países de primeiro mundo, disse ele. “A tecnologia não virá na velocidade de tsunami como estamos vendo. Ainda acredito no varejo tradicional e que ainda temos muito a crescer, por isso sigo abrindo lojas”, apontou. Mas, Hang afirma que para seguir em ascensão, é necessário aprovar as reformas pautadas pelo Executivo, como a da Previdência.
O empresário afirmou que pretende abrir ainda mais lojas no Estado. “Vou encher o Rio Grande do Sul de Havan. Não vim aqui para dividir, vim para somar. Agora vocês tem um parceiro do lado de vocês, para tirar o RS da crise”, finalizou.
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