Sem um “não definitivo”, categoria vê espaço para manter diálogo e buscar soluções
Governo do Estado se reuniu com Cpers nesta segunda-feira | Foto: Guilherme Almeida
A pretendida recomposição das perdas inflacionárias, de 28,78%, referentes a quatro anos de salários congelados do magistério público estadual, não será concedida brevemente. Este foi o recado que o governador Eduardo Leite deu à categoria nesta segunda-feira, em reunião que participou, acompanhado de secretários de governo, com a direção do Cpers/Sindicato, no Centro Administrativo do RS, na Capital.
O governador disse que a prioridade é colocar os vencimentos em dia, antes de falar em reajuste. Segundo ele, a reivindicação representará custo superior a R$ 3 bilhões. “Um impacto grande nas contas do Estado, que está lutando para colocar o salário dos servidores em dia.” Entre as estratégias para cumprir essa meta estão: privatizações, e revisão de carreiras e previdência dos servidores estaduais, que “devem dar condições de acesso ao regime de recuperação fiscal e de obter crédito e financiamentos para colocar o fluxo de caixa em dia”.
Para a presidente do Cpers, Helenir Schürer, “apesar da crise, o governador não disse ‘não’, definitivamente, a um reajuste; como também não disse ‘sim’ a nossos pedidos”. De acordo com a dirigente, nesta primeira reunião era fundamental “que o governo não fechasse a porta”. Para Helenir, ao contrário do governo José Ivo Sartori, que não manteve diálogo com os educadores, o atual momento é mais aberto: “Acho que a reunião foi positiva, no momento em que vem todo o primeiro escalão do governo, e onde eles não dizem, de forma definitiva, que não terá reposição”.
Uma nova reunião foi marcada para 13 de maio, quando serão apresentados dados técnicos sobre a situação financeira do Estado e possibilidades para atender às demandas. Além da reposição e do pagamento em dia, o Cpers cobra a realização de concursos públicos. Mas o governador deixou claro que, agora, esta possibilidade está descartada, explicando que o trabalho é para que todos os professores estejam em sala de aula, o que se dará por meio de contratos emergenciais.
Para o Cpers, a negociação é importante, mas a paralisação, no dia 2 de maio, foi mantida e a greve é instrumento não descartado.
Correio do Povo
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