Dois desenhos, uma ideologia. A página oficial do projeto Escola Sem Partido publicou na tarde desta quarta-feira (27) uma denúncia envolvendo suposta doutrinação em uma escola de Indaiatuba, São Paulo. Duas imagens “enfeitam” uma das paredes da Escola Estadual Antônio de Pádua Prado: a de Marielle Franco (PSOL), ex-vereadora do Rio de Janeiro, morta no ano passado, e da pintora comunista e símbolo do feminismo, Frida Khalo.
As duas personalidades faziam pregações ideológicas voltadas para a esquerda. A pintora mexicana, inclusive, chegou a ter um caso amoroso com o “camarada” de Vladmir Lênin, Leon Trótski. Khalo ingressou aos 21 anos no Partido Comunista Mexicano, era comunista declarada, e mostrou isso em muitos de seus quadros, como O marxismo dará saúde aos doentes (1954).
Marielle Franco também levantava bandeiras de esquerda dentro do seu mandato de vereadora no Rio de Janeiro. Após a sua morte, seu rosto se tornou símbolo “de resistência” para militantes feministas.
A VERSÃO DA ESCOLA
Por telefone, a coordenadora da Escola Estadual Antônio de Pádua Prado, me disse que até o momento da ligação não sabia da existência dos desenhos. Após procurar o Grêmio, responsável pelas artes, ela afirmou que a escola não incentivou os alunos nesse sentido.
Também por telefone, o responsável pelo Grêmio Estudantil, Rodrigo, confirmou que as imagens estavam na escola, mas afirmou que o intuito era de “conscientizar as alunas a não sujarem o banheiro”. Quando questionei a relação da vereadora carioca com o tema, Rodrigo explicou que a aluna do Grêmio que fez os desenhos “é homossexual e tem Marielle como ídola”.
Terça Livre
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