domingo, 31 de março de 2019

AS COLINAS DE GOLÃ SÃO DE ISRAEL–Rogério Mendelski | Clic Noticias



O presidente dos EUA, Donald Trump, reconheceu, oficialmente, as Colinas de Golã como território de Israel, conquistadas da Síria, na Guerra dos Seis Dias, em junho de 1967. As Colinas de Golã ficam à nordeste do país e por sua posição estratégica na fronteira sírio israelense “vigiam” o Mar da Galileia (também conhecido com Lago Tiberíades ou Lago de Genesaré) – o único “mar” do planeta formado por água doce e potável.
Dessas colinas, a Síria mantinha, até 1967, baterias de artilharia as quais atingiam os assentamentos judeus da região quando, então, foram neutralizadas e destruídas pelas tropas israelenses que também venceram os soldados sírios. Foi, provavelmente, a mais importante conquista territorial de Israel na Guerra dos Seis Dias, considerando-se a importância estratégica na região. A Síria, logo após Israel construir aquedutos para o seu abastecimento (nos anos 1950-1960) tentou desviar as águas de rios afluentes do Rio Jordão, alimentadores do Mar da Galileia, prejudicando todo o sistema hídrico israelense, principalmente destinado às terras irrigadas no deserto.
Atingir Israel sempre foi uma proposta do mundo árabe e naqueles tempos de Guerra Fria, a União Soviética também não aceitava um pequeno país democrático apoiado pelos EUA desenvolver o capitalismo no Oriente Médio, uma reserva mundial de petróleo. Daí o apoio soviético à Síria e ao Egito e o incentivo para a formação da República Árabe Unida (durou pouco a união desses países) com uma proposta bélica de destruir Israel. Cortar e prejudicar o abastecimento de água a partir do Mar da Galileia ficou sob a responsabilidade da Síria que só não se efetivou pela conquista das Colinas de Golã, em junho de 1967.
No entanto, seis anos depois, em outubro de 1973, a Síria e o Egito invadiram Israel e teve inicio a Guerra do Yom Kippur, na tentativa de recuperação dos territórios conquistados pelos judeus na Guerra dos Seis Dias.
E, mais uma vez, Israel combateu os dois países derrotando-os num espaço de 20 dias, mantendo as Colinas de Golã e o Deserto do Sinai. Em 1981, Israel anexou formalmente Golã e dificilmente o país abrirá mão desta conquista territorial, apesar dos constantes protestos internacionais de países inimigos de Israel, com apoio da ONU.
Donald Trump conhece os motivos estratégicos de Israel para manter as Colinas de Golã sob seu controle territorial e apenas formalizou como presidente dos EUA aquilo que pensa também como cidadão. Entregar as Colinas de Golã para a Síria, nos dias de hoje e de conflito permanente na região, é como dar para o MST o Ministério da Agricultura.
Rogério Mendelski

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