República Bolivariana da Venezuela
República Bolivariana de Venezuela
República Bolivariana de Venezuela
Lema: Dios y Federación (“Deus e Federação”)
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Localização da Venezuela em verde escuro; área reivindicada pelos venezuelanos no território da Guiana em verde claro.
Cidade mais populosa
Caracas
Caracas
– Água (%)
0,3
0,3
– Densidade
33 hab./km²
33 hab./km²
PIB (nominal)
Estimativa de 2018
Estimativa de 2018
Venezuela (AFI: [be.neˈswe.la]), oficialmente República Bolivariana da Venezuela (em espanhol: República Bolivariana de Venezuela), é um país da América localizado na parte norte da América do Sul, constituída por uma parte continental e um grande número de pequenas ilhas no Mar do Caribe, cuja capital e maior aglomeração urbana é a cidade de Caracas. Possui uma área de 916 445 km², sendo o 32º maior país no mundo em território. Suas fronteiras são delimitadas a norte com o Mar do Caribe, a oeste com a Colômbia, ao sul com o Brasil e ao leste com a Guiana, com quem mantém disputas territoriais. Através das suas zonas marítimas, tem soberania sobre 71.295 km² de mar territorial, 22.224 km² na zona contígua, 471.507 km² do Mar do Caribe e o Oceano Atlântico sob o conceito de zona económica exclusiva, e 99.889 km² de plataforma continental. Esta área marinha faz fronteira com treze estados soberanos, sendo Trinidad e Tobago, Granada, São Vicente e Granadinas, Santa Lúcia e Barbados alguns deles. Sua população é estimada em 31 703 499 habitantes[5] e a capital nacional é Caracas.
O país é amplamente conhecido por suas vastas reservas de petróleo, pela diversidade ambiental do seu território e por seus diversos recursos naturais. É considerada uma nação megadiversa,[12] com uma fauna diversificada e uma grande variedade de habitats protegidos. As cores da bandeira venezuelana são o amarelo, azul e vermelho, nessa ordem: o amarelo representa a riqueza da terra, o azul o mar e o céu do país, e o vermelho o sangue derramado pelos heróis da independência.[13]
O território venezuelano foi colonizado pelo Império Espanhol em 1522, apesar da resistência dos povos nativos. Em 1811, tornou-se uma das primeiras colônias hispano-americana a declarar a independência, mas que apenas foi consolidada em 1830, quando a Venezuela deixou de ser um departamento da Grã-Colômbia. Durante o século XIX, o país sofreu com instabilidade política e autocracia, dominado por caudilhos regionais até meados do século XX. Desde 1958, houve uma série de governos democráticos.
No entanto, choques econômicos nas décadas de 1980 e 1990 culminaram em várias crises políticas, como os motins mortais durante o Caracazo de 1989, duas tentativas de golpe em 1992, além do impeachment do presidente Carlos Andrés Pérez por desvio de fundos públicos em 1993. O colapso da confiança permitiu que Hugo Chávez ganhasse força. Ele criou o conceito de “Revolução Bolivariana” ao aprovar uma nova constituição em 1999. Após a morte de Chávez em 2013, Nicolás Maduro assume o poder após ganhar as eleições presidenciais no mesmo ano. Em maio de 2018, Maduro foi reeleito em uma eleição controversa, não reconhecida pela oposição e por grande parte da comunidade internacional.[14][15] Atualmente, o país enfrenta uma grave crise socioeconômica e política, com hiperinflação, escassez de produtos básicos, alta criminalidade e censura da imprensa.[16][17]
Índice
- 1 Etimologia
- 2 História
- 3 Geografia
- 4 Demografia
- 5 Governo e política
- 6 Divisão administrativa
- 7 Economia
- 8 Infraestrutura
- 9 Cultura
- 10 Notas e referências
- 11 Ver também
- 12 Referências
- 13 Ligações externas
Etimologia
Alonso de Ojeda, Américo Vespúcio e Juan de la Cosa foram os primeiros a explorar a costa da Venezuela em 1499. No dia 24 de Agosto desse ano chegaram ao que é hoje o lago de Maracaibo, onde encontraram nativos cujas casas estavam construídas sobre estacas de madeira fixas no lago (palafitas). Vespúcio, que era italiano, achou aquelas construções semelhantes às da cidade de Veneza e por isso chamou a região de Venezuela, ou seja, “Pequena Veneza”.
Por outro lado, Martín Fernández de Enciso, um geógrafo que acompanhava a expedição, afirma na sua obra Summa de Geografia (1519) que junto ao lago existia uma grande rocha plana, em cima da qual havia um povoado indígena conhecido como Veneciuela. Assim, o nome Venezuela pode ser nativo, e não estrangeiro. No entanto, a primeira versão permanece como a mais divulgada e aceita.
História
Ver artigo principal: História da Venezuela
Primeiros povos e colonização europeia
Antes da chegada dos europeus, a Venezuela era habitada por vários povos dos quais se destacam os índios caribes, os aruaques e os cumanagotos.
Em 1498 Cristóvão Colombo chegou à costa da Venezuela durante a sua terceira viagem ao continente americano. A colonização espanhola iniciou-se em 1520, incidindo nas ilhas e na região costeira. Em 1567 foi fundada a cidade de Caracas, que se tornaria o centro mais importante da região.
O território que é hoje a Venezuela esteve dividido entre o Vice-Reino do Peru e audiência de Santo Domingo até ao estabelecimento do vice-reino de Granada em 1717. Em 1776 a Venezuela tornou-se uma capitania-geral do Império Espanhol.
Grã-Colômbia e independência
Mais informações: Grã-Colômbia
Mapa da antiga Grã-Colômbia.
Com as crises institucionais na Espanha, por volta de 1808, começaram movimentos pela libertação das colônias espanholas nas Américas. Em 19 de abril de 1810, acontece a primeira tentativa de proclamação da independência na Caracas. Uma longa guerra pela independência da Nova Granada liderada principalmente por Simón Bolívar e Francisco de Paula Santander, terminou em 7 de agosto de 1819, após a Batalha de Boyaca. Neste ano, o Congresso de Angostura fundou a República da Grã-Colômbia.
O país era formado no momento por Nova Granada e Venezuela, tendo o Equador sido incorporado posteriormente. Pouco depois, houve falta de consenso entre federalistas e unionistas. Após vitórias dos primeiros, Venezuela e Equador se separam do país e constituem duas repúblicas separadas. As divisões internas, políticas e territoriais levaram à secessão da Venezuela e de Quito (atual Equador) em 1830.
Em 1806 ocorreu a primeira insurreição independentista da Venezuela encabeçada pelo general Francisco de Miranda. A independência foi proclamada em 5 de Julho de 1811, mas Miranda foi preso e foram necessários dez anos de luta contra as forças espanholas até a decisiva Batalha de Carabobo (1821).
A assinatura da Independência da Venezuela, de Martín Tovar y Tovar.
A Venezuela integrou então a República da Grã-Colômbia, junto com a Nova Granada, Equador e Panamá. Após a morte de Simón Bolívar, o grande herói da independência, a Venezuela retirou-se da Grande Colômbia.
Entre 1830 e 1848 o país foi governado por uma oligarquia conservadora até passar para a mão dos ditadores Monagas (1848–1858). A revolução de 1858 encabeçada por Julián Castro conduziu o país a um período de instabilidade, agravado pela guerra civil entre conservadores e liberais que se desenvolveu entre 1866 e 1870, após a introdução no país de uma constituição federalista (1864).
De 1870 a 1888 o liberal Antonio Guzmán Blanco governou a Venezuela de forma autoritária, exercendo uma política de obras públicas, de luta contra o analfabetismo e contra a influência da Igreja Católica. Ao seu governo sucederam-se períodos de pequenas ditaduras militares. Cipriano Castro apoderou-se da presidência em 1899 e pôs em prática uma política externa agressiva que provocou em 1902 o bloqueio e ataque dos portos da Venezuela pela Inglaterra, Alemanha e Itália.
Século XX
Em 1908 Castro foi deposto por Juan Vicente Gómez, ditador durante os vinte e sete anos seguintes. Foi durante o seu governo, em 1922, que se iniciou a exploração das jazidas de petróleo da Venezuela.
Em 1945, após a queda da ditadura do general Isaías Medina Angarita, Rómulo Betancourt, fundador do partido Acción Democrática, tornou-se presidente provisório até as eleições livres de finais de 1947 que levaram o escritor Rómulo Gallegos à presidência. Uma revolta militar retirou-o do poder; em 1953 instalou-se a ditadura de Pérez Jiménez.
O ditador militar Pérez Jiménez foi forçado a deixar o poder em 23 de janeiro de 1958.[18]Em um esforço para consolidar a jovem democracia, os principais partidos políticos (com a notável exceção do Partido Comunista da Venezuela) assinaram o Pacto de Punto Fijo. O Ação Democrática e o COPEI iriam dominar o cenário político do país por quatro décadas.
Em 1960 houve movimentos guerrilheiros substanciais, como as Forças Armadas de Libertação Nacional e o Movimento da Esquerda Revolucionária, que havia se separado de Ação Democrática em 1960. A maioria desses movimentos depuseram as armas sob a presidência de Rafael Caldera (1969-1974); Caldera tinha ganhado a eleição 1968 pelo COPEI, sendo a primeira vez que um partido diferente do Ação Democrática assumia a presidência através de uma eleição democrática.
A eleição de Carlos Andrés Pérez, em 1973, coincidiu com a crise do petróleo de 1973, que viu a renda da Venezuela explodir quando os preços do petróleo subiram, enquanto as indústrias petrolíferas foram nacionalizados em 1976. Isto levou a aumentos maciços nos gastos públicos, mas também ao aumento da dívida externa, que continuou até a década de 1980, quando o colapso dos preços do petróleo na década de 1980 prejudicou a economia venezuelana. À medida que o governo começou a desvalorizar a moeda em fevereiro de 1983, com o objetivo de cumprir com as suas obrigações financeiras, o nível de vida real dos venezuelanos caiu drasticamente. Uma série de políticas econômicas fracassadas e o aumento da corrupção no governo levaram ao aumento da pobreza e do crime, o agravamento dos indicadores sociais e aumento da instabilidade política.[19]
A crise econômica na década de 1980 e 1990 levou a uma crise política que deixou centenas de mortos nos distúrbios de “Caracazo” em 1989; duas tentativas de golpes de Estado em 1992 e o impeachment do presidente Carlos Andrés Pérez (reeleito em 1988) por corrupção em 1993. O golpista Hugo Chávez foi perdoado em março de 1994 pelo presidente Rafael Caldera, quando seus direitos políticos foram restabelecidos.[20]
Revolução Bolivariana
Ver artigos principais: Revolução Bolivariana e Crise na Venezuela
Hugo Chávez em 2013.
Nicolás Maduro, o atual presidente do país de facto
O colapso da confiança nos partidos existentes acabou ajudando Chávez a se eleger presidente em 1998 e a lançar a subsequente “Revolução Bolivariana“, que começou com uma Assembleia Constituinte de 1999 a escrever uma nova Constituição da Venezuela. Em abril de 2002, Chávez foi brevemente expulso do poder no golpe de 2002, após manifestações populares de seus opositores,[21] mas ele voltou ao poder depois de dois dias como resultado de protestos de seus partidários e ações militares.[22]
Chávez também se manteve no poder depois de uma greve geral nacional, que durou mais de dois meses (de dezembro de 2002 a fevereiro de 2003), além de uma greve na companhia estatal de petróleo Petróleos de Venezuela (PDVSA). Os movimentos grevistas produziram um problema econômico grave, sendo que o PIB do país caiu 27 por cento durante os primeiros quatro meses de 2003 e custou à indústria petrolífera 13,3 bilhões de dólares.[23] A fuga de capitais, antes e durante a greve, levou à reinstituição de controles cambiais (que tinha sido abolida em 1989), gerido pela agência CADIVI. Na década seguinte, o governo foi forçado a várias desvalorizações da moeda.[24][25][26][27][28] Estas desvalorizações têm feito pouco para melhorar a situação do povo venezuelano, que conta com produtos importados ou produtos produzidos localmente mas que dependem de insumos importados, enquanto as vendas de petróleo representam a grande maioria das exportações da Venezuela.[29]
Chávez sobreviveu a vários testes políticos adicionais, incluindo um referendo revogatório em agosto de 2004. Ele foi eleito para um novo mandato em dezembro de 2006 e reeleito para um terceiro mandato em outubro de 2012. No entanto, ele nunca foi empossado para seu terceiro período, devido a complicações médicas. Chávez morreu no dia 5 de março de 2013, depois de uma luta de quase dois anos contra um câncer.[30] A eleição presidencial, que aconteceu em 14 de abril de 2013, foi a primeira vez desde que Chávez assumiu o poder, em 1999, em que o seu nome não aparecia na cédula de votação.[31]
Nicolás Maduro tem ocupado o cargo de presidente da Venezuela desde 14 de abril de 2013, depois de vencer a segunda eleição presidencial após a morte de Chávez, com 50,61% dos votos, contra o candidato da oposição Henrique Capriles Radonski, que teve 49,12% dos votos.[32]
O partido Mesa da Unidade Democrática contestou a sua nomeação como uma violação da constituição. No entanto, o Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela decidiu que, segundo a constituição nacional, Nicolás Maduro é o presidente legítimo e foi investido como tal pelo congresso venezuelano.[33][34]
Em fevereiro de 2014, centenas de milhares de venezuelanos protestaram contra os cada vez mais altos níveis de violência criminal, inflação e pela escassez crônica de produtos básicos devido às políticas do governo federal.[35][36][37][38][39] Manifestações e tumultos deixaram mais de 40 mortes nos distúrbios entre os dois chavistas e manifestantes da oposição,[40] além de terem levado à prisão de líderes da oposição, como Leopoldo López.[40][41]
Em maio de 2018, Maduro foi reeleito em uma eleição controversa, não reconhecida pela oposição e por grande parte da comunidade internacional.[14][15] Atualmente, o país enfrenta uma grave crise socioeconômica e política, com hiperinflação, escassez de produtos básicos, alta criminalidade e censura da imprensa.[42][43]
Geografia
Ver artigo principal: Geografia da Venezuela
Pico Bolívar, o mais alto do país.
A Venezuela é um país localizado no norte da América do Sul, na fronteira com o mar do Caribe. É delimitada ao sul pelo Brasil, a oeste pela Colômbia e a leste pela Guiana. O país tem uma área total de 916 445 km² e uma área terrestre de 882 050 km², cerca do dobro do tamanho do estado da Califórnia, nos Estados Unidos. A forma de seu território se assemelha aproximadamente à de um triângulo invertido e o país tem um total de 2 800 km de litoral.
Com 2 800 km de costa, o país possui uma variedade de paisagens. As extensões da cordilheira dos Andes vão do extremo nordeste até o noroeste da Venezuela e continuam ao longo da costa norte do Caribe. O Pico Bolívar, o ponto mais alto da nação com 4 979 m de altura, encontra-se nesta região. O centro do país é caracterizado pelos llanos, que são extensas planícies que se estendem desde a fronteira colombiana ao extremo oeste do delta do rio Orinoco, no leste.
Salto Ángel, a mais alta queda de água do planeta.
No sul, a região Guayana contém a região norte da Bacia Amazônica e o Salto Ángel, a maior cachoeira (queda de água, em Portugal). O Orinoco, com seus ricos solos aluviais, se liga ao maior e mais importantes sistema de rios, que se origina em uma das maiores bacias hidrográficas da América Latina. O Caroni e o Apure são outros grandes rios.
A Região Insular inclui todas as ilhas da Venezuela: Nueva Esparta e as várias Dependências Federais. Do sistema deltaico, que forma um triângulo cobrindo o Delta Amacuro, projeta-se para o nordeste em direção ao Oceano Atlântico.
O país pode ainda ser dividido em dez zonas geográficas, correspondentes a algumas regiões climáticas e biogeográficas. No norte são os Andes venezuelanos e a região Coro, uma área montanhosa no noroeste, tem vários vales e serras. No leste estão as planícies adjacentes ao lago de Maracaibo e ao golfo da Venezuela. A Cordilheira Central é paralela à costa e inclui as colinas que rodeiam Caracas, a Cordilheira Oriental, separada da Cordilheira Central pelo golfo de Cariaco, abrange o Sucre e o norte de Monagas.
Clima
Venezuela de acordo com a classificação climática de Köppen.
Embora a Venezuela esteja inteiramente situada nos trópicos, o clima varia de planícies úmidas de baixa altitude, onde as temperaturas médias anuais variam de tão elevados como 28 °C, às geleiras e regiões montanhosas com uma temperatura média anual de 8 °C. A precipitação anual varia entre 430 mm na porção semiárida do nordeste até 1 000 mm no delta do rio Orinoco do extremo oriente do país. A maioria das quedas de precipitação entre junho e outubro (época das chuvas ou “inverno“); o restante mais seco e mais quente do ano é conhecido como “verão“, embora a variação da temperatura ao longo do ano não seja tão pronunciada como em latitudes temperadas.[44]
O país divide-se em quatro zonas de temperatura horizontais baseadas principalmente na elevação, tendo os climas tropical, seco, temperado com invernos secos e polar (tundra alpina), entre outros.[45][46][47] Na zona tropical as temperaturas são quentes, com médias anuais variando entre 26 e 28 °C. A zona temperada, onde se localizam muitas das cidades da Venezuela, incluindo a capital, varia entre 800 e 2 000 m de altura, com médias de 12–25 °C. As condições mais frias com temperaturas de 9–11 °C são encontrados na zona fria entre 2 000 e 3 000 m de altura, especialmente nos Andes venezuelanos, onde há pastagem e campo de neve permanentes com médias anuais abaixo de 8 °C.
Panorama dos tepuis Kukenán e Roraima vistos a partir do acampamento do rio Tëk (rio visível na imagem), em Gran Sabana. O tepui Roraima é, na verdade, 100 metros maior que o Kukenan, mas, devido à perspectiva da fotografia, ele parece menor.
Biodiversidade
Mapa das regiões naturais do país.
A Venezuela se encontra dentro da região neotropical, e grandes porções do país são originalmente cobertas por florestas úmidas de folhagem larga. Isso classifica a Venezuela como um dos dezessete países megadiversos.[48][49][50] No país, os habitats vão desde as montanhas dos Andes até o oeste da Bacia Amazônica, através de extensas planícies e a costa do Caribe, no centro e no delta do rio Orinoco, no leste. Estes incluem cerrados no extremo noroeste e litoral e florestas de mangue no nordeste.[51] Suas florestas de baixa altitude e tropicais são particularmente ricas.[52]
A fauna da Venezuela é diversa e inclui espécies pouco conhecidas como o peixe-boi, preguiça de três dedos, preguiça-de-coleira, boto-cor-de-rosa e crocodilo-do-orinoco, que podem atingir até 6,6 metros de comprimento. A Venezuela abriga um total de 1.417 espécies de aves, 48 das quais são endémicas.[53] Aves importantes incluem o íbis, diversos tipos de águias, maçaricos e o turpial, a ave nacional da Venezuela.[52] Os mamíferos mais notáveis são o tamanduá-bandeira, onça-pintada e a capivara, o maior roedor do mundo.[54] Mais de metade das espécies de aves e mamíferos venezuelanos são encontradas nas florestas da Amazônia e ao sul do rio Orinoco.[55]
Sobre a flora presente na Venezuela, mais de 25.000 espécies de orquídeas são encontradas nas florestas do país e nos ecossistemas da floresta de várzea.[52] Estas incluem a flor de mayo (Cattleya mossiae), que é tida como a flor nacional venezuelana. A árvore nacional da Venezuela é o Ipê amarelo (ou araguaney, como é chamado no país) cuja característica exuberante após o período chuvoso levou o romancista Rómulo Gallegos a nomeá-la de “a primavera de oro de los araguaneyes” (a primavera de ouro dos araguaneyes).[54]
Vista aérea do delta do rio Orinoco.
Se tratando de fungos, uma conta foi fornecida por R.W.G. Dennis, sendo digitalizada e os registros disponibilizados online como parte do banco de dados do Cybertruffle Robigalia.[56][57] Este banco de dados inclui cerca de 3.900 espécies de fungos registrados na Venezuela, mas está longe de ser completa, e é provável que o número total de espécies de fungos já conhecidos no país seja maior, dada a estimativa geralmente aceita de que apenas 7% de todos os fungos em todo o mundo foram descobertos, catalogados e estudados até o momento.[58]
O país está entre os vinte melhores em termos de endemismo.[54] Entre os seus animais, 23% dos répteis e 50% das espécies de anfíbios são endémicas.[54] Embora a quantidade de informação disponível ainda é muito pequena, um primeiro esforço foi feito para estimar o número de espécies de fungos endêmicos para a Venezuela: Aproximadamente 1.334 espécies de fungos foram identificados como possíveis endemias do país. Cerca de 38% dos mais de 21 mil espécies de plantas conhecidas da Venezuela são exclusivas do país.[54]A Venezuela é atualmente o lar de uma reserva da biosfera, o Alto Orinoco-Casiquiare, que faz parte da Rede Mundial de Reservas da Biosfera, além de cinco zonas úmidas que estão registradas nos termos da Convenção de Ramsar. Em 2003, 70% das terras do país estavam sob a gestão da conservação em mais de 200 áreas protegidas, incluindo 43 parques nacionais. Nas últimas décadas, a exploração madeireira, mineração, agricultura itinerante e outras atividades humanas têm servido como ameaça para a biodiversidade venezuelana. Entre 1990 e 2000, 0,40% da cobertura florestal foi desmatada anualmente. No mesmo período, foram implementadas medidas de proteções federais, como a proteção de 20% a 33% da área florestal venezuelana.[54]
Visa panorâmica da ilha de Margarita, no mar do Caribe.
Demografia
Ver artigo principal: Demografia da Venezuela
Densidade populacional da Venezuela em 2001.
A Venezuela está entre os países mais urbanizados da América Latina.[59][60] Cerca de 85% da população vive em áreas urbanas na parte norte do país, especialmente na capital Caracas, que é também a maior cidade do país. Outras cidades importantes incluem Maracaibo, Valência, Maracay, Barquisimeto, Mérida, Barcelona–Puerto La Cruz e Ciudad Guayana.
Apesar de metade da área terrestre da Venezuela se situar ao sul do rio Orinoco, esta região contém apenas 5% da população. A língua nacional e oficial é o espanhol, mas existem também numerosas línguas indígenas e as línguas introduzidas pelos imigrantes.
O povo venezuelano inclui uma rica combinação de heranças. Com o processo de colonização espanhola, houve uma miscigenação entre ameríndios, africanos e europeus (principalmente espanhóis). A maioria da população hoje tem ascendência em um ou mais grupos citados anteriormente.[61] A população se identifica da seguinte forma: 49,9 %: multirracial (de qualquer tipo); 42,2% como descendentes de europeus; 3,5% como descendentes de africanos; e 2,7% como ameríndios.[62]
De acordo com um estudo genético de DNA (ADN, em Portugal) autossômico, realizado em 2008, pela Universidade de Brasília (UnB) a composição da população da Venezuela é a seguinte: 60,60% de contribuição europeia, 23% de contribuição indígena e 16,30% de contribuição africana.[63]
Historicamente o catolicismo romano é a religião predominante na Venezuela, situação que se mantém, uma vez que 85,7% da população identifica-se pelo menos nominalmente com esta denominação. A liberdade religiosa está consagrada na constituição da Venezuela, sendo o país tolerante face a outras religiões. A seguir ao catolicismo, destacam-se várias igrejas protestantes (12%) e pequenos grupos de judeus (sobretudo em Caracas e Maracaibo) e muçulmanos. Alguns índios ainda praticam as suas religiões ancestrais.[64] À semelhança do que acontece em outros países da América Latina praticam-se na Venezuela cultos sincrétios que são uma fusão de elementos das religiões indígenas, da religião dos descendentes dos escravos africanos e do catolicismo, como o culto de María Lionza.
Cidades mais populosas
Criminalidade
A Venezuela está entre os países com as maiores taxas de violência urbana do mundo. Estima-se que um venezuelano seja assassinado a cada 21 minutos.[66] Crimes violentos têm sido tão prevalentes na Venezuela que o governo não mais divulga estatísticas sobre crimes ocorridos.[67] Em 2013, a taxa de homicídios era de aproximadamente 79 por 100.000 habitantes, uma das mais altas do mundo, tendo quadruplicado nos últimos 15 anos, com mais de 200.000 pessoas assassinadas.[68] O número de vítimas nas últimas décadas e semelhante aos da guerra do Iraque, e em algumas instâncias, teve mais civis mortos ainda que o país vive em época de paz.[69]
A capital Caracas tem uma das maiores taxas de homicídios entre as grandes cidades do mundo, com 122 homicídios por 100.000 habitantes.[70] Em 2008, pesquisas indicaram que a violência era a maior preocupação de eleitores venezuelanos.[71]
Governo e política
Nicolás Maduro, o atual presidente da Venezuela, que assumiu o cargo após a morte de Hugo Chávez em 2013.
Imagem aérea da sede da Assembleia Nacional da Venezuela.
Ver artigo principal: Política da Venezuela
Ver também: Plebiscito sobre Reforma Constitucional na Venezuela em 2007 e Referendo constitucional na Venezuela em 2009
A Venezuela é uma república federal e presidencialista governada pela Constituição de 1999. Esta constituição consagrou a existência de cinco poderes: executivo, legislativo, judiciário, cidadão e eleitoral.
O poder executivo recai sobre o presidente da República, eleito por sufrágio universal para um mandato de seis anos, podendo ser reeleito infinitamente, depois de referendada a emenda constitucional, por voto popular. Ele é simultaneamente chefe de Estado e chefe de governo. É também o Comandante Supremo das Forças Armadas. Nomeia o vice-presidente da República (cargo ocupado desde janeiro de 2007 por Jorge Rodríguez Gómez) e os ministros.
O poder legislativo reside na Asamblea Nacional (Assembleia Nacional), parlamento unicameral composto por 167 membros, 3 dos quais representantes dos povos indígenas. Os membros da assembleia são eleitos para um período de 5 anos, podendo ser reeleitos para mais dois mandatos. Entre as funções da Assembleia Nacional encontram-se para aprovar as leis e o orçamento e designar os embaixadores. Antes da aprovação da constituição de 1999 a Venezuela tinha um parlamento bicameral, composto pelo Senado e pela Câmara dos Deputados. As últimas eleições para a Assembleia Nacional tiveram lugar em Dezembro de 2015.
O Supremo Tribunal de Justiça, órgão máximo do poder judiciário, é constituído por 36 membros eleitos para um mandato único de doze anos, sendo designados pela Assembleia Nacional.
Cada estado possui um governador (eleito para um período de quatro anos) e um Conselho Legislativo; o Distrito Capital tem um governador (eleito para um período de quatro anos). O alcalde (prefeito, presidente da Câmara Municipal), é a principal figura do poder municipal, sendo eleito também para um mandato de quatro anos.
Os principais partidos políticos venezuelanos são a Acción Democrática (AD, fundado em 1941 por Rómulo Gallegos e Rómulo Betancourt), o Partido Social Cristiano (COPEI, fundado em 1946 por Rafael Caldera), o Partido Socialista Unido de Venezuela(PSUV, liderado desde a sua fundação por Hugo Chávez), Un Nuevo Tiempo, (fundado em 2000 por Manuel Rosales), Primero Justicia, (fundado em 2000 por Julio Borges), Moviemento al Socialismo (MAS) e Convergencia (fundado em 1993). Em 2007 Hugo Chavez criou o Partido Socialista Unificado Venezuelano (PSUV), o qual conquistou mais de 5 milhões de inscritos em poucos meses, tornando-se o principal partido.
A população venezuelana atua diretamente na política através dos conselhos comunais. Estes conselhos são comunidades de aproximadamente 200 famílias que moram próximos e possuem laços em comum. Através de assembleias populares os cidadãos decidem quais obras deverão ser executadas naquela comunidade. Estes grupos participam da política chegando a propor e aprovar leis, como por exemplo, a Lei de Terras, leis contra o açambarcamento em supermercados e a própria lei dos conselhos comunais.
Segundo a ONU, o país se encontra em ‘estado de exceção‘, com o governo sendo acusado de ameaçar e torturar opositores. Em contrapartida, José Rangel Avalos, vice-ministro do Interior, afirma que: “A tortura não faz parte da realidade política da Venezuela” e que a população tem a garantia de seus direitos.[72][73]
Relações internacionais
Ver artigo principal: Relações internacionais da Venezuela
Encontro de presidentes sul-americanos no Brasil em 2009. Lula da Silva está no centro, enquanto Hugo Chávez está à direita.
Durante a maior parte do século XX, a Venezuela manteve relações amistosas com os países latino-americanos e ocidentais. As relações entre a Venezuela e o governo dos Estados Unidos pioraram após o golpe de Estado na Venezuela de 2002, durante a qual o governo estadunidense reconheceu a presidência interina de Pedro Carmona. Do mesmo modo, laços com vários países da América Latina e do Oriente Médio que não são aliados dos Estados Unidos foram fortalecidos.
A Venezuela busca alternativas de integração hemisférica, através de propostas como a Aliança Bolivariana para as Américas e a recém-lançada rede de televisão pan-latino-americana, TeleSUR. A Venezuela é uma das quatro nações no mundo, juntamente com a Rússia, a Nicarágua e Nauru, que reconheceu a independência da Abecásia e da Ossétia do Sul. A Venezuela foi um defensor da decisão da Organização dos Estados Americanos para adotar a sua Convenção Anti-Corrupção e está trabalhando ativamente no Mercosul para pressionar o aumento do comércio e da integração energética. Globalmente, buscando a formação de um mundo “multipolar“, baseado no fortalecimento dos laços diplomáticos entre os países do Terceiro Mundo.
Desde março de 2015, o governo norte-americano durante a gestão de Barack Obama declarou o governo venezuelano como ameaça a segurança nacional de seu governo.[74]Posteriormente, em Junho de 2015, oito senadores brasileiros foram até a Venezuela para promoverem um ato pela libertação dos presos políticos do país. Os oito senadores da comitiva foram recebidos pelas mulheres dos presos políticos, opositores do governo de Nicolás Maduro, que eles iriam visitar num presídio. Mas a rodovia estava bloqueada. Segundo a polícia, por causa de um acidente de trânsito. Foi então que dezenas de simpatizantes do governo cercaram o micro-ônibus e começaram a bater nos vidros. Os senadores tiveram que voltar.[75] A Câmara Federal do Brasil, aprovou uma moção de repúdio ao ato contra os senadores. A Venezuela negou obstáculos a visita dos senadores.
A história da Venezuela no Mercosul iniciou em 16 de dezembro de 2003, durante reunião de cúpula do Mercosul realizada em Montevidéu, quando foi assinado o Acordo de Complementação Econômica Mercosul, Colômbia, Equador e Venezuela. Neste acordo foi estabelecido um cronograma para a criação de uma zona de livre comércio entre os Estados signatários e os membros plenos do Mercosul, com gradual redução de tarifas. Desta maneira, estes países obtiveram sucesso nas negociações para a formação de uma zona de livre comércio com o Mercosul, uma vez que, um acordo de complementação econômica, com o cumprimento integral de seu cronograma, é o item exigido para ascensão de um novo associado No entanto, em 8 de julho de 2004, a Venezuela foi elevada ao status de membro associado, sem ao menos concluir o cronograma firmado com o Conselho do Mercado Comum. No ano seguinte, o bloco a reconheceu como uma nação associada em processo de adesão, o que na prática significava que o Estado possuía voz, mas não voto.[76] A expulsão da Venezuela foi oficializada em 1º de dezembro de 2016. A decisão foi unanime por parte de: Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai; Ainda que para o governo de Montevidéu seria prudente acionar a clausula democrática do bloco, da mesma forma que foi feita com o Paraguai. Após a Venezuela não aderir o tratado de Assunção sobre a promoção e proteção dos direitos humanos, o acordo sobre residência que permite que moradores de outros países do bloco tenham moradia no país e, também, o Acordo de complementação econômica 18, que é considerado um dos principais pilares do bloco.[77][78] O governo Venezuelano aderiu apenas 80 por cento das 1.224 técnicas exigidas, e 25 por cento do tratado necessário.[79][80]
Forças armadas
Caça Sukhoi Su-30 da Força Aérea da Venezuela.
A Força Armada Nacional da República Bolivariana da Venezuela (Fuerza Armada Nacional, FAN) são as forças armadas da Venezuela. Ela inclui mais de 129 150 homens e mulheres, nos termos do artigo 328 da Constituição, em cinco componentes de terra, mar e ar. Os componentes das Forças Armadas Nacionais são: o Exército venezuelano, a Marinha venezuelana, a Força Aérea venezuelana, a Milicia Nacional Bolivariana da Venezuela e a Milícia Nacional da Venezuela.
Em 2008, cerca de 600 000 soldados foram incorporados em um novo ramo, conhecido como Reserva Armada. O presidente da Venezuela é o comandante-em-chefe das forças armadas do país. As principais funções das forças armadas são defender o território nacional soberano da Venezuela, o espaço aéreo, as ilhas, a luta contra o narcotráfico, busca e salvamento e, no caso de um desastre natural, a proteção civil. Todos os homens que são cidadãos da Venezuela têm o dever constitucional de se inscrever nas forças armadas na idade de 18 anos, que é a idade de maioridade na Venezuela.
Disputas territoriais
Toda a região a oeste do rio Essequibo (quase 60% do território da Guiana) é reivindicada pela Venezuela como sendo parte de seu território subtraído no século–XIX pela Inglaterra, então potência colonial que administrava a antiga Guiana Britânica. A disputa está em moratória. A região é denominada pela Venezuela de Guiana Essequiba.
Em 1895, após anos de tentativas diplomáticas para resolver a disputa fronteiriça na Venezuela, a disputa sobre a fronteira do rio Essequibo deflagrou-se e então foi submetida a uma comissão supostamente neutra (composta por representantes do Reino Unido, Estados Unidos e da Rússia e sem representante direto da Venezuela) que, em 1899, decidiu-se contra a reivindicação territorial da Venezuela.[81]
Divisão administrativa
Estados
Ver artigo principal: Subdivisões da Venezuela
A Venezuela é uma república federal dividida em 23 estados, um Distrito Capital (que compreende a cidade de Caracas e a sua área metropolitana), as Dependências Federais (formada por 72 ilhas e ilhotas na sua maioria sem população humana) e um território em reivindicação com a Guiana (Guayana Esequiba).
Os 23 estados da Venezuela são os seguintes (entre parênteses figura o nome da capital de cada estado):
- Amazonas (Puerto Ayacucho)
- Anzoátegui (Barcelona)
- Apure (San Fernando de Apure)
- Aragua (Maracay)
- Barinas (Barinas)
- Bolívar (Ciudad Bolívar)
- Carabobo (Valencia)
- Cojedes (San Carlos)
- Delta Amacuro (Tucupita)
- Falcón (Coro)
- Guárico (San Juan de Los Morros)
- Lara (Barquisimeto)
- Mérida (Mérida)
- Miranda (Los Teques)
- Monagas (Maturín)
- Nueva Esparta (La Asunción)
- Portuguesa (Guanare)
- Sucre (Cumaná)
- Táchira (San Cristóbal)
- Trujillo (Trujillo)
- Yaracuy (San Felipe)
- Vargas (La Guaira)
- Zulia (Maracaibo)
- A Guiana Essequiba, território da Guiana reivindicado pela Venezuela, está destacado.
Regiões
Os estados da Venezuela encontram-se agrupados em nove regiões administrativas, que foram criadas a partir de um decreto presidencial de 1980. As regiões e os estados que as compõem são as seguintes:
Nome
Estados
Estados
Economia
Ver artigo principal: Economia da Venezuela
Gráfico das principais exportações do país (em inglês).
O Banco Central da Venezuela é responsável pelo desenvolvimento da política monetária para o bolívar venezuelano, que é usado como moeda. A moeda é impresso principalmente em papel e distribuídos por todo o país. O presidente do Banco Central da Venezuela é atualmente Eudomar Tovar, que também atua como representante do país no Fundo Monetário Internacional. De acordo com a Heritage Foundation e o The Wall Street Journal, a Venezuela tem os direitos de propriedade mais fracos do mundo, marcando apenas 5,0 em uma escala de 100; a expropriação sem indenização não é algo incomum no país. A Venezuela tem uma economia mista baseada no mercado dominado pelo setor do petróleo, que responde por cerca de um terço do PIB, cerca de 80% das exportações e mais da metade do orçamento do governo. O PIB per capita em 2009 foi de 13 mil dólares, ocupando o 85º lugar no mundo.[18] A Venezuela tem a gasolina mais barata do mundo, porque o preço ao consumidor é fortemente subsidiado pelo governo.
Mais de 60% das reservas internacionais da Venezuela estão em ouro, oito vezes mais do que a média para os países da região. A maioria do ouro da Venezuela detido no exterior está localizado em Londres. Em 25 de novembro de 2011, a primeira das barras de ouro de 11 bilhões de dólares foi repatriada e chegou em Caracas; Chávez chamou a repatriação do ouro um passo “soberano”, que irá ajudar a proteger as reservas internacionais do país da turbulência nos Estados Unidos e a Europa.[82] No entanto as políticas governamentais rapidamente gastaram este ouro e em 2013, o governo foi forçado a adicionar o reservas em dólar de empresas estatais que os do banco nacional, a fim de tranquilizar o mercado internacional de títulos.[83]
Complexo Parque Central Torre, na cidade de Caracas.
Favela em Caracas.
A indústria contribuiu com 17% do PIB em 2006. As fábricas e exportadores do país produzem produtos como aço, alumínio e cimento, com a produção concentrada em torno de Ciudad Guayana, perto da Hidrelétrica de Guri, um dos maiores do mundo e o provedor de cerca de três quartos da eletricidade da Venezuela. Outras indústrias notáveis incluem eletrônicos e automóveis, bem como bebidas e alimentos. A agricultura responde por cerca de 3% do PIB, 10% da força de trabalho e pelo menos um quarto da área terrestre do país. A Venezuela exporta arroz, milho, peixe, frutas tropicais, café, carne bovina e carne de porco. O país não é autossuficiente na maioria dos setores agrícolas. Em 2012, o consumo total de alimentos foi de mais de 26 milhões de toneladas, um aumento de 94,8% em relação a 2003.[84]
Desde a descoberta de petróleo no início do século XX, a Venezuela tem sido um dos principais exportadores mundiais do produto e é um membro fundador da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP). Anteriormente um exportador subdesenvolvido de commodities agrícolas, como o café e o cacau, o petróleo rapidamente passou a dominar as exportações e as receitas do governo. A superabundância de petróleo dos anos 1980 levou a uma crise da dívida externa e a uma crise econômica de longa duração, que viu pico da inflação em 100% em 1996 e as taxas de pobreza subirem para 66% em 1995[85] Em 1998 o PIB per capita caiu para o mesmo nível de 1963, uma queda de um terço de seu pico de 1978.[86] A década de 1990 também viu a Venezuela experimentar uma grande crise bancária em 1994. A recuperação dos preços do petróleo a partir de 2001 impulsionou a economia venezuelana e facilitou os gastos sociais. Em 2003, o governo de Hugo Chávez implementou controles cambiais após a fuga de capitais que levou a uma desvalorização da moeda. Isto levou ao desenvolvimento de um mercado paralelo de dólares nos anos seguintes, com a taxa de câmbio oficial a menos de um sexto do valor do mercado negro. As consequências da crise financeira global de 2008 aprofundaram a desaceleração econômica.
Com os programas sociais, como as missões bolivarianas, a Venezuela fez progressos no desenvolvimento social na década de 2000, particularmente em áreas como saúde, educação e pobreza. Muitas das políticas sociais prosseguidos por Chávez e seu governo foram tiradas dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, oito metas que a Venezuela e 188 outras nações concordaram em cumprir perante as Nações Unidas em setembro de 2000.[87]
No início de 2013, a Venezuela desvalorizou sua moeda, devido à falta crônica de produtos básicos no país,[88] como papel higiênico, leite e farinha.[89] O pânico subiu a níveis tão altos devido à escassez de papel higiênico que o governo ocupou uma fábrica de papel higiênico.[90] Os bônus da Venezuela também diminuíram várias vezes em 2013 devido a decisões do presidente Nicolás Maduro. Uma de suas decisões foi a de forçar lojas e seus armazéns a vender todos os seus produtos, o que podia levar a uma escassez ainda maior no futuro.[91] A classificação de crédito da Venezuela também foi considerada negativa pela maioria das agências de classificação.[92]
Petróleo e outros recursos
A Venezuela tem as maiores reservas de petróleo e gás natural do mundo, além de ser classificada consistentemente entre os dez maiores produtores mundiais de petróleo.[93]Em comparação com o ano anterior, outros 40,4% em reservas de petróleo bruto foram comprovados em 2010, permitindo que a Venezuela superasse a Arábia Saudita como o país com as maiores reservas desse tipo.[94] As principais jazidas de petróleo do país estão localizadas em torno e abaixo do lago Maracaibo, no Golfo da Venezuela (ambos em Zulia) e na bacia do rio Orinoco (Venezuela leste), onde maior reserva do país está localizada. Além das maiores reservas de petróleo convencional e a segunda maior reserva de gás natural do Hemisfério Ocidental,[95] o país também possui depósitos não convencionais de petróleo (óleo bruto extra-pesado, betume e areias betuminosas) aproximadamente iguais às reservas mundiais de petróleo convencional.[96] O sistema elétrico na Venezuela é um dos poucos a usar principalmente a energia hidrelétrica, e inclui a Hidrelétrica de Guri, uma dos maiores do mundo.
Vista de parte do Complexo de Paraguaná, da estatal Petróleos de Venezuela (PDVSA), uma das maiores refinarias do mundo.
Na primeira metade do século XX, as empresas de petróleo dos Estados Unidos estiveram fortemente envolvidas na Venezuela, inicialmente interessadas apenas em comprar concessões.[97] Em 1943, um novo governo introduziu uma divisão 50/50 nos lucros entre o governo e a indústria do petróleo. Em 1960, com um governo democrático recém-instalado, o ministro de hidrocarbonetos, Juan Pablo Pérez Alfonso, liderou a criação da OPEP, o consórcio de países produtores de petróleo com o objetivo de apoiar o preço do petróleo.[98]
Em 1973, a Venezuela votou a nacionalizar sua indústria petrolífera, a partir de 1 janeiro de 1976, com a Petróleos de Venezuela (PDVSA) assumido e presidindo uma série de empresas subsidiárias; nos anos seguintes, o país construiu um vasto sistema de refino e comercialização na Europa e nos Estados Unidos.[99] Na década de 1990, a PDVSA tornou-se mais independente do governo e presidiu uma abertura, na qual convidou em investimentos estrangeiros. No governo de Hugo Chávez, uma lei de 2001 estabeleceu limites ao investimento estrangeiro.
A empresa estatal de petróleo, a PDVSA, desempenhou um papel fundamental em dezembro de 2002, durante a greve nacional que terminou em fevereiro de 2003, e que buscava a renúncia do presidente Chávez. Gestores e técnicos qualificados bem pagos da PDVSA fecharam as plantas e deixaram os seus postos e, de acordo com alguns relatos, sabotaram equipamentos, fazendo com que a produção e o refino de petróleo PDVSA quase parasse. As atividades foram lentamente reiniciadas e os trabalhadores do petróleo substituídos. Como resultado da greve, cerca de 40% da força de trabalho da empresa (cerca de 18 mil trabalhadores) foram demitidos por “abandono do dever” durante a greve.[100][101]
De acordo com o Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), a pobreza, passado de 58.6% em 2002 para 32.1% em 2013, aumenta desde então com um ritmo anual de 2% a 5% por causa da crise econômica e política.[102]
Infraestrutura
Educação
Ver artigo principal: Educação na Venezuela
Cidade Universitária de Caracas declarada Patrimônio Mundial da Humanidade pela UNESCO em 2000.[103]
A educação na Venezuela está estruturada em quatro níveis: pré-escolar, primário, secundário e superior. É regulamentado pela Lei Orgânica de Educação, que dá a ela um caráter obrigatório e gratuito do pré-escolar ao nível secundário (6 a 15 anos) e nas universidades administradas diretamente pelo Estado ao nível de graduação.[104] Em este assunto o Estado tem o poder de criar os serviços relevantes para facilitar e manter o acesso a todos os tipos de educação.[105]
De acordo com dados oficiais, entre 2005 e 2006 um total de 1 010 946 crianças foram matriculadas na educação pré-escolar. A educação primária e secundária teve um registro de 4 885 779 matrículas no mesmo período, enquanto no níveis superior e técnico haviam 671 140 estudantes registrados. O país detinha 25.835 escolas e unidades educacionais para estes três níveis.[106] A taxa líquida de matrícula na escola primária era de 91% em 2005, enquanto a taxa líquida de escolarização secundária estava em 63% em 2005.[107] A Venezuela também tem várias universidades, das quais a mais prestigiosa são da Universidade Central da Venezuela (UCV), fundada em Caracas em 1721, a Universidade de Zulia (LUZ), fundada em 1891, a Universidade dos Andes (ULA), fundada no estado de Mérida, em 1810, e a Universidade Simón Bolívar (USB), fundada no estado de Miranda, em 1967.[107]
A evolução da alfabetização tem vindo a aumentar rapidamente durante o período 1950-2005. A taxa de alfabetização na população acima de 10 anos aumentou de 51,2% em 1950 para 95,7% em 2008.[107][108] Em 2005, a Venezuela foi declarada como um território livre do analfabetismo, mas a declaração é, no entanto, contrariada pelas estatísticas oficiais e projeções sobre o assunto.[109]
Atualmente, um grande número de graduados venezuelanos procuram um futuro em outro lugar devido a economia conturbada e a taxa de criminalidade pesada no país. Em um estudo intitulado “Comunidade Venezuelana no Exterior”, da Universidade Central da Venezuela, mais de 1,35 milhão de graduados universitários venezuelanos deixaram o país desde o início da Revolução Bolivariana.[110][111] Acredita-se que quase 12% dos venezuelanos vivem no exterior, sendo que a Irlanda tem se tornando um destino popular para os estudantes.[112] De acordo com Claudio Bifano, presidente da Academia Venezuelana de Física, Matemática e Ciências Naturais, mais da metade dos médicos formados em 2013 havia deixado o país.[113]
O número de crianças na escola passou de 6 milhões em 1998 para 13 milhões em 2011[114]. O número de estudantes passou de 895.000 em 2000 para 2,3 milhões em 2011, com a criação de novas universidades[114].
Saúde
Ver artigo principal: Saúde na Venezuela
Hospital Central Dr. Urquinaona, em Maracaibo.
A mortalidade infantil na Venezuela estava em 16 mortes a cada 1 000 nascimentos em 2004, muito mais baixo do que a média da América do Sul.[115][116] Má nutrição de crianças atinge 17%, com Delta Amacuro e Amazonas tendo os piores índices.[117] De acordo com as Nações Unidas, 32% dos venezuelanos não possuem saneamento adequado, principalmente aqueles vivendo em áreas rurais.[118] As doenças variam desde febre tifoide, febre amarela, cólera, hepatite A, hepatite B e hepatite D, presentes em todo o país.[119]Apenas 3% dos doentes são tratados; a maioria das grandes cidades não tem instalações de tratamento suficientes.[120] 17% dos venezuelanos não possuem acesso a água potável.[121]
Turistas que vão para a Venezuela são avisados para obterem vacinação para as várias doenças do país.[119] Em uma epidemia de cólera nos anos de 1992 e 1993 no delta do Orinoco, os líderes políticos da Venezuela foram acusados de colocar a culpa na raça dos doentes (como se alguma característica da raça tenha feito eles ficarem doentes) para retirar a culpa das instituições do país, e assim agravando a epidemia.[122]
Vinte e cinco mil médicos cubanos estão atuando na Venezuela. Estes muitas vezes moram e atendem em comunidades carentes. Além dos atendimentos, estes médicos estão dando formações em saúde para pessoas destas comunidades. O programa Barrio Adentro construiu diversos hospitais e postos de saúde em comunidades carentes da Venezuela.
Transportes
A Venezuela está ligada ao mundo principalmente por via aérea (os aeroportos venezuelanos incluem o Aeroporto Internacional Simón Bolívar em Maiquetía, perto de Caracas, e Aeroporto Internacional de La Chinita, perto de Maracaibo) e pelo mar (com os principais portos marítimos em La Guaira, Maracaibo e Puerto Cabello). No sul e no leste, na região da floresta amazônica, o transporte transfronteiriço é limitado; no oeste, há uma fronteira montanhosa de mais de 2.213 quilômetros compartilhada com a Colômbia. O rio Orinoco é navegável por navios de até 400 km no interior do país e se conecta a principal cidade industrial de Ciudad Guayana no Oceano Atlântico.
A Venezuela tem um sistema ferroviário nacional limitado, que não tem ligações ferroviárias ativas para outros países. O governo de Hugo Chávez tentou investir na expansão, mas o projeto ferroviário da Venezuela está em espera devido ao país não ser capaz de pagar os 7,5 bilhões de dólares devidos a China Railway.[125] Várias grandes cidades têm sistemas de metrô; o Metrô de Caracas está em funcionamento desde 1983; o Metrô de Maracaibo e de Valencia foram abertos mais recentemente. O país tem uma rede rodoviária de cerca de 100 mil quilômetros de extensão, a 45ª maior rede do mundo,[126]sendo que cerca de um terço das estradas são pavimentadas.
Energia
Em torno de 68,13% da energia elétrica é produzida em instalações hidrelétricas. A estatal Corporación Venezolana de Guayana/Electrificación del Caroni desenvolve em Bolívar a Hidrelétrica de Guri, sendo esta a maior do país, contribuindo com mais de 70% da produção de energia elétrica nacional nos últimos anos. A empresa estatal Compañía Anónima de Administración y Fomento Eléctrico vem operando o Complexo Uribante Caparo desde a década de 1970. De acordo com dados do Instituto Nacional de Estatísticas da Venezuela (INE), em 2005 foram gerados 99,2 milhões de KWh de eletricidade no país.[127] Conforme dados de 2011, da CIA World Factbook , o consumo de eletricidade na Venezuela naquele ano foi de 85,05 bilhões kW.[128]
Cultura
Ver artigo principal: Cultura da Venezuela
A cultura da Venezuela é uma mistura que inclui, essencialmente, três famílias diferentes: os ameríndios, os africanos e os espanhóis. As duas primeiras culturas eram, por sua vez, diferenciadas de acordo com as tribos. A aculturação e assimilação, típica de um sincretismo cultural, causou impacto na cultura venezuelana atual, similar em muitos aspectos ao resto da América Latina, embora haja diferenças importantes.
A influência indígena é limitado a algumas palavras de vocabulário e gastronomia e a muitos nomes de lugares. A influência africano da mesma forma, além de instrumentos musicais como o tambor. A influência espanhola foi predominante (devido ao processo de colonização e da estrutura sócio-econômica que foi criada) e, em particular, das regiões de Andaluzia e Extremadura, os locais de origem da maioria dos colonos no Caribe durante a era colonial. Um exemplo disso inclui edifícios, música, a religião católica e o idioma espanhol.
Esportes
O beisebol é o esporte mais popular da Venezuela, sendo que a Liga Venezuelana de Beisebol Profissional existe desde 1945.[129] Além do beisebol, outros esportes populares no país são o basquete e o futebol.[130] Venezuela sediou o Mundial Pré-Olímpico de Basquete de 2012 e a Copa América de Basquetebol Masculinode 2013, que aconteceu no Poliedro de Caracas. O futebol, liderado pela Seleção Venezuelana de Futebol está ganhando popularidade também.
Venezuela também é o lar de piloto de Fórmula 1, Pastor Maldonado. No Grande Prêmio da Espanha de 2012, ele conquistou sua primeira vitória e se tornou o primeiro e único venezuelano ter feito isso em toda a história da Fórmula 1. Maldonado tem aumentado a popularidade da Fórmula 1 na Venezuela e agora está inspirando milhares de jovens crianças venezuelanas a seguir carreira no esporte.
Nos Jogos Olímpicos de Verão de 2012, venezuelano Rubén Limardo conquistou o ouro na esgrima.
Feriados
Data
Nome local
Nome em português
Notas
Nome local
Nome em português
Notas
24 de Junho
Batalla de Carabobo
Batalha de Carabobo
Conquista da independência. Também se comemora o Dia do Exército.
Batalla de Carabobo
Batalha de Carabobo
Conquista da independência. Também se comemora o Dia do Exército.
12 de Outubro
Día de la Resistencia Indígena
Dia da Resistência Indígena
Anteriormente este dia era chamado “Día de la Raza” e celebrava a chegada de Cristóvão Colombo à América
Día de la Resistencia Indígena
Dia da Resistência Indígena
Anteriormente este dia era chamado “Día de la Raza” e celebrava a chegada de Cristóvão Colombo à América
17 — 19 de Novembro
Feria de la Chinita
Féria de La Chinita
Apenas na região de Zulia; celebra o milagre de Nossa Senhora do Rosario de Chiquinquirá.
Feria de la Chinita
Féria de La Chinita
Apenas na região de Zulia; celebra o milagre de Nossa Senhora do Rosario de Chiquinquirá.
Notas e referências
Notas
- Entra em vigor nesta segunda-feira (20) o pacote de medidas do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, para tentar conter a inflação prevista para 1.000.000% neste ano no país. A principal mudança do chamado “Madurazo” será o corte de cinco zeros da moeda local, que passa a se chamar bolívar soberano, e o novo câmbio, que prevê 96% de desvalorização da moeda do país..
Referências
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(ajuda)- World’s Most Popular Sports – Most Popular Sports in Venezuela Acessado em 20 de janeiro de 2013
Ver também
- América do Sul
- América Latina
- Lista de Estados soberanos
- Lista de Estados soberanos e territórios dependentes da América
- Missões diplomáticas da Venezuela
- OPEP
- Morte de Hugo Chávez
Referências
Ligações externas
História • Política • Forças Armadas • Subdivisões • Geografia • Economia • Demografia • Cultura • Turismo • Portal • Imagens
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Venezuela
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Temas
Estados-parte
Estados associados
Órgãos
- Comissão de Comércio
- Conselho do Mercado Comum
- Foro Consultivo Econômico-Social
- Grupo Mercado Comum
- Parlasul
- Presidência Rotativa Pro-tempore
- Secretaria
- Tribunal Administrativo-Laboral
- Tribunal Permanente de Revisão
- Assunção
- Brasília
- Iguaçu
- Integração, Cooperação e Desenvolvimento
- Olivos
- Ouro Preto
- Parlamento
- San Luis
- Sociolaboral
- Ushuaia
- Associação Mercosul de Normalização
- Cidadania
- Nomenclatura Comum
- Placas de identificação de veículos
- Sistema de Pagamentos em Moeda Local
- Foro Empresarial União Europeia-Mercosul
- Mercocidades
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Países
Antígua e Barbuda • Argentina • Brasil • Chile • Baamas • Barbados • Belize • Bolívia • Peru • Canadá • Colômbia • Venezuela • Costa Rica • Estados Unidos • Dominica • Equador • Granada • Guatemala • Guiana • Haiti • Honduras • Jamaica • México • Nicarágua • Panamá • Paraguai • República Dominicana • Salvador • Santa Lúcia • São Cristóvão e Neves • São Vicente e Granadinas • Trindade e Tobago • Uruguai
Antígua e Barbuda • Argentina • Brasil • Chile • Baamas • Barbados • Belize • Bolívia • Peru • Canadá • Colômbia • Venezuela • Costa Rica • Estados Unidos • Dominica • Equador • Granada • Guatemala • Guiana • Haiti • Honduras • Jamaica • México • Nicarágua • Panamá • Paraguai • República Dominicana • Salvador • Santa Lúcia • São Cristóvão e Neves • São Vicente e Granadinas • Trindade e Tobago • Uruguai
Territórios dependentes
Anguilha • Aruba • Porto Rico • Antilhas Neerlandesas • Bermudas • Groenlândia • Guadalupe • Guiana Francesa • Ilhas Caimão • Ilhas Geórgia do Sul e Sanduíche do Sul • Ilhas Malvinas • Ilhas Virgens Britânicas • Ilhas Virgens dos Estados Unidos • Martinica • Monserrate • São Pedro e Miquelão • Turcos e Caicos
Anguilha • Aruba • Porto Rico • Antilhas Neerlandesas • Bermudas • Groenlândia • Guadalupe • Guiana Francesa • Ilhas Caimão • Ilhas Geórgia do Sul e Sanduíche do Sul • Ilhas Malvinas • Ilhas Virgens Britânicas • Ilhas Virgens dos Estados Unidos • Martinica • Monserrate • São Pedro e Miquelão • Turcos e Caicos
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Membros
Antígua e Barbuda • Argentina • Bahamas • Barbados • Belize • Bolívia • Brasil • Canadá • Chile • Colômbia • Costa Rica • Cuba • Dominica • República Dominicana • Equador • El Salvador • Granada • Guatemala • Guiana • Haiti • Honduras • Jamaica • México • Nicarágua • Panamá • Paraguai • Peru • Santa Lúcia • São Vicente e Granadinas • São Cristóvão e Nevis • Suriname • Trinidad e Tobago • Estados Unidos • Uruguai • Venezuela
Antígua e Barbuda • Argentina • Bahamas • Barbados • Belize • Bolívia • Brasil • Canadá • Chile • Colômbia • Costa Rica • Cuba • Dominica • República Dominicana • Equador • El Salvador • Granada • Guatemala • Guiana • Haiti • Honduras • Jamaica • México • Nicarágua • Panamá • Paraguai • Peru • Santa Lúcia • São Vicente e Granadinas • São Cristóvão e Nevis • Suriname • Trinidad e Tobago • Estados Unidos • Uruguai • Venezuela
Estrutura
Assembleia Geral • Secretaria-geral • Organização Pan-Americana da Saúde • Junta Interamericana de Defesa • Tratado Interamericano de Assistência Recíproca • Sistema Interamericano de Proteção aos Direitos Humanos (Convenção • Comissão • Corte) • Instituto Interamericano da Criança
Assembleia Geral • Secretaria-geral • Organização Pan-Americana da Saúde • Junta Interamericana de Defesa • Tratado Interamericano de Assistência Recíproca • Sistema Interamericano de Proteção aos Direitos Humanos (Convenção • Comissão • Corte) • Instituto Interamericano da Criança
Ver também
Cúpula das Américas • Banco Interamericano de Desenvolvimento • Capital Americana da Cultura • Pan-americanismo
Cúpula das Américas • Banco Interamericano de Desenvolvimento • Capital Americana da Cultura • Pan-americanismo
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União de Nações Sul-Americanas (UNASUL)
Órgãos
- Banco do Sul
- Conselho de Defesa
- Conselho de Desenvolvimento Social
- Conselho de Economia e Finanças
- Conselho de Educação, Cultura, Ciência, Tecnologia e Inovação
- Conselho Energético
- Conselho de Infraestrutura e Planejamento
- Conselho de Luta contra o Narcotráfico
- Conselho de Saúde
- Parlamento
- Presidência
- Secretaria-Geral
Documentos
- Cusco 2004
- Margarida 2007
- Constitutivo 2008
- Energético futuro
Conferências
diplomáticas
diplomáticas
- Santiago 2008
- Quito 2009
- Bariloche 2009
- Georgetown 2010
- Assunção 2011
- Lima 2012
- Paramaribo 2013
- Guaiaquil 2014
- Quito 2016
Setoriais
Inter-regionais
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SAI
Comissão • Conselho de Ministros das Relações Exteriores • Conselho Consultivo Empresarial • Conselho Consultivo Laboral • Conselho Presidencial • Convênio Simón Rodríguez • CAF • FLAR • Organismo de Saúde • Parlamento • Secretaria Geral • Tribunal Constitucional da Glória • Tribunal de Justiça • Universidade Andina Simón Bolívar
Comissão • Conselho de Ministros das Relações Exteriores • Conselho Consultivo Empresarial • Conselho Consultivo Laboral • Conselho Presidencial • Convênio Simón Rodríguez • CAF • FLAR • Organismo de Saúde • Parlamento • Secretaria Geral • Tribunal Constitucional da Glória • Tribunal de Justiça • Universidade Andina Simón Bolívar
[Esconder]
Membros
Andorra • Argentina • Bolívia • Brasil • Chile • Colômbia • Costa Rica • Cuba • El Salvador • Equador • Espanha • Guatemala • Honduras • México • Nicarágua • Panamá • Paraguai • Peru • Portugal • República Dominicana • Uruguai • Venezuela
Andorra • Argentina • Bolívia • Brasil • Chile • Colômbia • Costa Rica • Cuba • El Salvador • Equador • Espanha • Guatemala • Honduras • México • Nicarágua • Panamá • Paraguai • Peru • Portugal • República Dominicana • Uruguai • Venezuela
Organismos
associados
SEGIB (SECIB†) • ABINIA • CAACI • CCI • CIMF • CIN • Espaço Cultural • Fundo Indígena • OEI • OIJ • CID • CISS • UCCI • Capital da Cultura
associados
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